sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O dilema é Aimar, não Cardozo...

Mais do que a dúvida de Jesus sobre quem vai acompanhar Lima no ataque ao Braga, amanhã à noite no Axa, o verdadeiro dilema do treinador está na estrutura do meio-campo. A questão central na estratégia do Benfica passa por saber se Pablo Aimar joga ou não de início. E se isso, neste momento, ainda é uma incógnita, na cabeça de Jesus a opção está tomada - se estiver em condições físicas para ser convocado, Pablo Aimar vai entrar de início no jogo da Pedreira.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

1 ou 2 portugas na Luz?

A pouco mais de uma semana do fecho do mercado de Inverno, é tempo para analisar as movimentações de Benfica e Fcporto no que diz respeito a entradas e saídas de jogadores. Aparentemente, parece haver uma estratégia completamente oposta. Enquanto o Benfica está disponível para deixar sair jogadores que ou não cabem na espinha dorsal da equipa, casos de Bruno César e Nolito, ou padecem de enfermidades crónicas, caso de Aimar, o Fcporto aposta no reforço do plantel com as contratações de Izmailov e Liedson.
Acontece que a pressa costuma ser má conselheira, para os negócios e as análises. Dito isto, garantem-me que o Benfica vai contratar um (ou dois) jogador(es) português(es) de características polivalentes, passíveis de fazerem vários lugares na equipa. Podem começar a puxar pela cabeça. Quem serão?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Rui Santos e este blogue: a mesma fonte?

Ontem, no Tempo Extra, da SIC Notícias, Rui Santos (ver link a partir do minuto 70.20) comentava as declarações de Jorge Jesus ao lançar o jogo com o Moreirense de hoje à noite. Quando JJ disse que quanto a saídas e entradas de jogadores era ele que decidia no Benfica, Rui Santos interpretou estas palavras como um sinal de que o actual treinador do Benfica pode assumir (ou acumular) outras funções no Benfica, a médio prazo.
O curioso é que no meu anterior post neste blogue, escrito em 17 de janeiro, termino assim: "Mas, estou certo que o tempo de Jorge Jesus ainda não acabou no Benfica. E, nos próximos anos, até pode vir a ocupar funções um pouco diferentes. A ver vamos…


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

10 razões a favor de JJ


Jorge Jesus deve e vai ficar no Benfica, porque:
1 – Vai ser campeão este ano;
2 – Tem uma autoridade natural sobre o plantel, condição essencial para o sucesso;
3 – É um treinador trabalhador e disciplinador;
4 – Controla o balneário e os egos dos jogadores como ninguém;
5 – Com ele, a estrutura que apoia o futebol está sempre em “alerta vermelho”;
6 – Consegue retirar o máximo das qualidades dos jogadores;
7 – Impôs uma ideia de jogo que vai deixar raízes no futuro, em clara oposição ao tiki taka barcelonista;
8 – Consegue rentabilizar em pouco tempo os produtos da formação, estratégia que face à crise vai ser reforçada;
9 – É um treinador carismático e sempre “on fire”, e isso também é especial;
10 – Perfeita sintonia com o Presidente é aspecto a ter em conta.

Jorge Jesus não é homem de emigrar. Logo, tendo atingido o topo em Portugal, a tendência será para se manter no topo. É certo que os resultados comandam muitas vezes as decisões, mas o mundo mudou, e o mundo do futebol também. Fui o primeiro a escrever, aqui neste blog, que Jorge Jesus vai ser o Alex Ferguson do Benfica. Depois de mim, outros manifestaram a mesma opinião. Eu sei que no futebol português tudo é volátil e o que hoje é verdade, amanhã é mentira. Mas, estou certo que o tempo de Jorge Jesus ainda não acabou no Benfica. E, nos próximos anos, até pode vir a ocupar funções um pouco diferentes. A ver vamos…

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O Benfica contra uma espécie de mini-barcelona

O problema do facebook é que os seus utilizadores mais radicais fazem dele ferramenta para atirarem ao ar umas pequenas frases mais ou menos compostas, umas ideias simplistas e básicas, tipo ao correr da pena, sem muita reflexão. O que vale é a rapidez para ver que descarrega a primeira mensagem. A estupidez é a norma.
O blog, pelo contrário, obriga a uma abordagem mais pensada e mais organizada. Dito isto, não foi para falar de redes sociais que estou a escrever este post, mas não podia deixar de fazer esta introdução face aquilo que tenho lido no facebook sobre o Benfica - Porto de ontem à noite. Na maior parte das vezes, palermices.
O que eu penso: 1 - O empate é altamente lisonjeiro para o Porto. Porquê?; 2 - Porque o Porto consegue 2 golos em 2 falhanços individuais incríveis de jogadores do Benfica; 3 - É certo que o 2º golo do Benfica também resulta de erros grosseiros de jogadores do Porto, mas a jogada que o antecedeu foi uma maravilha de técnica e talento; 4 - O Porto marca um golo de bola parada, e outro em lapso monumental, antes e depois, nada que se visse, nem oportunidades de golo, nem defesas de Artur, nem jogadas com cabeça, tronco e membros; 5 - O Porto controlou o meio campo, em trocas de bola sucessivas e que serviram para congelar o jogo; 6 - O Porto não quis jogar, quis que o Benfica não jogasse; 7 - O Benfica podia e devia ter sido mais pressionante, mas esperou em demasia pelo Porto; 8 - No tipo de jogo que o Porto apresentou, o James não fez falta nenhuma, pelo contrário, face ao desenrolar do encontro, a ausência do Rodrigo foi fatal; 9 - O Benfica esteve sempre mais perto de vencer, como o comprova o lance de Cardozo; 10 - O Porto desde o início que tentou perder tempo, sinal de que o empate era uma grande vitória, o Benfica assumiu o jogo para ganhar mas as circunstâncias foram adversas; 11 - O Porto está a tentar ser um mini-Barcelona, o Benfica está a tentar recuperar a hegemonia do futebol nacional e está cada vez mais perto de o conseguir.

Moral da história: O Porto ganhou o ano passado na Luz com um golo em flagrante fora-de-jogo; ontem empatou com um bambúrrio de sorte. Não sei se as caminhadas a Fátima de Pinto da Costa e Vítor Pereira têm alguma coisa a ver com isto...!!!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Pequenos pormenores que dão títulos

A memória das pessoas é curta, muita curta... Corria o jogo Benfica - D. Aves para o fim quando num penálti a assinalar falta sobre Lima, na área do Aves, um pequeno desentendimento sobre quem marcar o penálti ameaça a "paz de balneário", que Jesus tão bem tem sabido manter e preservar.
Atento, sempre "on fire", Jesus percebeu de imediato que aquele pequeno incidente podia ganhar proporções gigantescas por responsabilidade de uma comunicação social ávida de pretextos. Isto a poucos dias do jogo com o FC Porto.
Um técnico distraído, desprevenido, inseguro e negligente teria encolhido os ombros e pensado para os seus botões, "eles que se entendam". Mas não foi assim: Jesus usou a sua autoridade natural sobre os jogadores e impôs a sua decisão, vista e ouvida no país inteiro: "É o Lima"!
Nolito, pretendente a marcar o penálti, é avisado por Rodrigo, outro dos marcadores de serviço, da decisão de Jesus, a gesticular junto à linha lateral, e logo o espanhol se afasta do lance. Lima encarrega-se da marcação, faz golo, e quem é o primeiro a abraçá-lo? Nolito, pois então! É nestes pormenores que os campeonatos e outros títulos também se ganham.
Há quase um ano, em jogo para a Taça da Liga contra o Moreirense, e com o resultado em 1-1, o Sporting tem um penálti a seu favor, perto do final do jogo. Matias Fernandes, o habitual marcador dos leões, avança para a bola, quando, para espanto do estádio, Bojinov aparece, dá um empurrão no chileno, agarra na bola e marca o penálti. Falha. No banco, Domingos Paciência, sim ele mesmo, olha e encolhe os ombros. E depois, admiram-se...!!!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Para durar


A usual entrevista de Luís Filipe Vieira ao jornal “A Bola” no início de cada ano foi, desta vez, pródiga em novidades. O homem que ocupa a cadeira do poder na Luz há quase 10 anos mostra-se num registo diferente de anos anteriores.
Desde logo, Vieira evita lançar promessas vãs no que a futebol dizia respeito, como era normal no passado. Não que não acredite nos títulos que hão de chegar, se tudo correr como previsto, mas porque já percebeu que essa estratégia não dá frutos. E ele também já não tem necessidade de correr atrás dos votos.
Luís Filipe Vieira tem muitas qualidades de liderança. Uma, nem mais nem menos importante que as outras, é que aprende depressa. A entrevista mostra isso mesmo. Vieira aprendeu a não mais lançar foguetes para o ar e depois, muitas das vezes, a ter que apanhar as canas.
Mas aprendeu mais. O homem das boas contas, do equilíbrio financeiro e da credibilidade, fala com muita propriedade de todos os dossiers do futebol, jogador a jogador, caso a caso, dentro da máxima “o segredo é a alma do negócio”.
É então um Luís Filipe Vieira diferente aquele que hoje se mostra nas páginas de “A Bola”? Não, é um Luís Filipe Vieira igual a ele próprio mas num registo diferente, para muito melhor. Onde se percebe, no entanto, que Vieira é ele mesmo é quando fala com a emoção que as palavras induzem, no museu, nos novos projectos, e na solidariedade que nunca falta no seu discurso: antes era a Fundação Benfica, hoje é a ajuda e o apoio que o Benfica deve dar aos seus sócios e adeptos mais sacrificados com a crise. E também às suas glórias passadas.
Depois de tudo, o que fica é uma ideia: Luís Filipe Vieira está para durar no Benfica. No fim do caminho, que se deseja longo, vai-se contabilizar os títulos e os troféus e, num tempo mais transparente e com mais ética desportiva, ver-se-á que lugar ocupará Vieira no galarim mundial dos presidentes de clubes de futebol. 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...