terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Os melhores de 2013

Luís Filipe Vieira – Num ano em que o futebol profissional do Benfica esteve “quase” a ganhar tudo, é obrigatória uma argumentação fundamentada para colocar o Presidente do Benfica como uma das figuras do ano.
É isso que vou tentar provar a seguir. Podia falar dos vários títulos das modalidades, dos títulos da formação no futebol, da final da Liga Europa, pela 1ª vez depois de quase um quarto de século sem ir a uma final europeia.
Vieira teve durante o ano de 2013 muitos pontos altos, como líder da Luz, mas há três coisas tornam este ano especial (mesmo apesar do que aconteceu no futebol: a inauguração do Museu Cosme Damião; os direitos televisivos concentrados na Benfica TV, após a não renovação com a Olivedesportos; a estratégia de continuar a investir no futebol, mesmo em contraciclo, que só pode dar bons resultados, mas que mostram um líder confiante, optimista e com nervos de aço (a mesma estratégia nas modalidades está a dar os espantosos resultados que se conhecem).

Hóquei em Patins – O fim do ciclo portista, com a conquista do título, mais o título europeu no recinto do FCPorto, bastava para fazer desta equipa uma das marcas deste ano, mas ela ainda juntou a Supertaça e a Intercontinental;

Basquetebol – Bi-campeões e com mais 5 títulos, no total, que FCPorto e SCP.

Voleibol – Campeão nacional.

Futebol Júnior – Campeão nacional.

Formação do Benfica - Os jovens dos escalões de formação do Benfica "inundaram" com sucesso as várias selecções nacionais de futebol. As notícias mais recentes dão nota de uma fornada de craques que vai chegar rápido à equipa principal e dar corpo ao sonho de Luís Filipe Vieira de um Benfica mais português e espinha dorsal da Selecção A.


Certamente haverá muitas mais personalidades, muitas mais equipas do Benfica, muitos mais acontecimentos à Benfica que podiam e deveriam estar aqui. Mas, assim, ao correr da pena, são estes de que me lembro, desejando a todos um fantástico 2014 e o Benfica Sempre Campeão.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Coisas que faltavam dizer

No dia em que o FC Porto cai aos pés de um Atlético de Madrid secundário, e com as bancadas do mítico Vicente Caldéron às moscas (triste jogo que em nada abona a Liga Milionária), suscitou-me um paralelismo com o nosso Benfica, que também fica fora da Champions.
Não vou falar no dobro dos pontos que o Benfica teve em comparação com o FC Porto (10 para 5), nem dizer que enquanto o Atlético de Madrid ambiciona um boa "Champions" (chegar aos quartos-fe-final), o PSG ambiciona a final.
Vou falar em algo a que, surpreendentemente, se deu pouca importância nos órgãos de comunicação social, mas que quero realçar aqui. Nas últimas semanas, os líderes históricos de Benfica e FC Porto, respectivamente, Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa, tiveram problemas de saúde.
É irrelevante, para o caso, saber qual o problema de saúde mais grave. Não sou médico e, por isso, não vou por aí. Ora, enquanto que o problema de saúde de Pinto da Costa suscitou uma onda de notícias e comentários sobre a sua sucessão e sobre a fragilidade do FC Porto no pós-PC, no caso do Benfica e de Luís Filipe Vieira, o assunto foi tratado como deve ser, sem ondas nem especulações.
Isto leva-me a concluir que o Benfica - ao contrário do FC Porto - tem uma liderança forte e estável, uma organização sólida e estruturada e o futuro do clube assenta numa estratégia pensada, planificada e imune a qualquer tipo de situações mais ou menos imprevisíveis.
O Benfica - e aqui o mérito cabe em larga escala a Luís Filipe Vieira - não está dependente de A, B ou C, nem dos humores de D, E ou F. O nosso clube tem o glorioso futuro à sua frente, independentemente dos imponderáveis, porque nos últimos anos foi construída uma estratégia que pensou unicamente no futuro sustentado do Benfica e não nas vaidades pessoais deste ou daquele. E isso vai fazer toda a diferença.

Post-Scriptum: Também não vi nenhum comentário sobre o facto de Luís Filipe Vieira ter escolhido o centro de estágio do Seixal para tratar-se e recuperar da sua doença. E esta opção merecia ter sido realçada. Ao agir assim, Vieira mostrou a confiança que tem na eficácia e na qualidade das instalações e equipamentos do Benfica e nos recursos humanos do clube, nomeadamente os ligados à parte médica. E isso faz toda a diferença num líder...

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O que é que o Cardozo tem?

Quando se fala na iminente contratação de um jovem avançado polaco, Piotr Parzyszesk, que joga no Den Graafschap, da II divisão holandesa, e que fala, em simultâneo, na possibilidade de Óscar Cardozo interessar ao Bétis de Sevilha, que luta para não descer na Liga espanhola, algo parece não bater certo.
E menos certo parece bater quando o jornal "A Bola" traz na sua capa de hoje Rodrigo e Lima lado a lado, como que a promover uma dupla mais que perfeita.
Aqui chegados, há que lançar uns pequenos números para a mesa: Cardozo tem 187 golos em 252 jogos pelo Benfica; é o melhor marcador estrangeiro de sempre do clube e é o sexto melhor marcador de sempre do Sport Lisboa e Benfica.
Se isto não chega para evitar, a todo o transe, que Cardozo sai do Benfica, então o que é preciso? E acrescento que o jogador paraguaio tem vindo a tornar também temível no último passe, como que a demonstrar que aqueles que dizem ser parado ou lento e que não aparece no jogo colectivo, não sabem do que falam. Espero que não tenhamos saudades do Cardozo, um dia...

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dois pesos e duas medidas


O castigo a Jorge Jesus por causa dos incidentes em Guimarães, é uma daquelas decisões bem à portuguesa. Depois das pressões, de todos os lados, para tornarem este um caso exemplar, a federação portuguesa de futebol ficou sem qualquer margem de manobra.
Olhando para trás, e vendo o rasto que impunidade que percorreu o futebol português nos últimos 30 anos, o castigo a Jorge Jesus aceita-se por parte de quem quer continuar a lutar pela verdade desportiva e pela transparência do fenómeno desportivo.
Fez bem, por isso, o Benfica em não recorrer da decisão de punir Jorge Jesus com 30 dias de suspensão de actividade, o que o impede de estar no banco a liderar a equipa nos jogos contra o Braga, já sábado, na Luz, Rio Ave, em Vila do Conde, Arouca, Luz, e Olhanense, Algarve.
Mas, do ponto de vista jurídico e da racionalidade dos processos, parece-me algo absurdo que os juízes que decidiram a medida disciplinar a Jorge Jesus não tenham tido em conta vários factores: JJ não agrediu ninguém, evitou males maiores, tentou proteger um adepto inofensivo, pediu desculpas pelo excesso de zelo, esteve sempre disponível para colaborar com as autoridades judiciais.
Tudo junto, não daria mais para uma repreensão por escrito. Mas as leis são o que são. O problema é que elas podem servir os mais estranhos fins. No futebol português, tal é uma evidência. Vi Jorge Jesus deslocar-se ao Campus da Justiça para prestar declarações sobre este incidente, de que foi protagonista. Vou continuar a esperar sentado para ver os cavalheiros do FC Porto que alegadamente tiveram comportamentos menos dignos para com Nuno Lobo, o presidente da AF Lisboa, a terem que ir aos locais próprios defenderem-se. Mas não, este segundo "incidente" foi arquivado. São assim os caminhos tortuosos da Justiça em Portugal

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O calimero


O sporting conseguiu, nos últimos largos anos, ganhar o epíteto de "calimero" do futebol português. É impressionante como um clube de gente que se tem em alta conta, faz figura de "queixinhas" quando se julga maltratada.
O sporting não precisa de um novo presidente, nem de novos jogadores, nem de novo treinador. Precisa de passar uma larga temporada no divã do psiquiatra. Há cerca de 15 anos, fizeram uma jornada de luto pelas supostas arbitragens negativas.
Daí para cá, tem sido um fartote. Não há no clube quem perceba que já ninguém leva a sério o sporting? Não há ninguém no clube que diga a Bruno de Carvalho que se deixe de imitar Pinto da Costa, com as suas "ironias"? - já não é só a cópia pior que o original, já estamos a falar de um simples rascunho.
O sporting já faz chorar de tanto rir. É bem verdade que está a fazer um campeonato acima das suas possibilidades. Por isso, na actual situação, o sporting fazia melhor em ter mais humildade e menos soberba. Mas já se percebeu que isso é coisa difícil de se pedir à aristocracia. Pobrezinhos, mas alegretes???

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

10 anos de Vieira

Hoje faz 10 anos que Luís Filipe Vieira assumiu a Presidência do Benfica. Parece incrível como tanto se fez em 10 anos… De Luís Filipe Vieira podem dizer-se muitas coisas, umas boas, outras nem tanto.
Uma coisa não se pode dizer, que ele não transformou o Benfica. Fê-lo, para melhor. Com trabalho, dedicação e coragem. Mas com uma qualidade muito importante: com visão. Visão estratégica e visão de futuro.
Luís Filipe Vieira esteve sempre um passo à frente dos outros. Dos outros clubes e dos outros presidentes. Quando os outros viam, ele já tinha visto. Quando os outros decidiam, ele já tinha decidido. Quando os outros projectavam, ele já tinha projectado.
Quando a obra por ele vista, decidida e projectada, ficava concluída, os outros ainda estavam na fase dos caboucos. Vieira esteve sempre um passo à frente; foi o novo estádio, a Benfica TV, o Museu, a Fundação Benfica.
Nestes 10 anos, diz-se que 2 títulos de campeão foi pouco. Perdoai Senhor àqueles que têm memória curta. Luís Filipe Vieira pegou num clube na bancarrota, no caos organizativo, com credibilidade zero.
Os primeiros anos, o trabalho foi dedicado a salvar o clube. Apesar disso, pouco tempo depois foi campeão com Trappatoni. Querem um exemplo: vamos ver quantos anos o Sporting, no estado em que está, vai ficar sem ser campeão…
Depois, Vieira deparou-se com a maior fraude do futebol português, uma das maiores a nível mundial: o Apito Dourado. Dedicou muito do seu esforço a denunciar este estado de coisas – para bem do Benfica e do futebol português.
Dois títulos de campeão em 10 anos, nesta conjuntura, foi algo que não deve ser depreciado por ninguém, até porque a somar a isso vieram mais títulos nacionais e centenas de títulos nas modalidades.
Agora o futuro. Sou de opinião que Luís Filipe Vieira ainda tem muito caminho para fazer no Benfica. Ele ainda tem muitos projectos a germinar na sua cabeça. O Benfica, por seu lado, precisa de um líder que tenha no mundo financeiro e da banca a credibilidade de Vieira, o que não é coisa pouca, nos dias que correm.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Contas e outros fados

Ciclicamente, as contas do Benfica são tema de debate nas redes sociais.
Ou porque não foram aprovadas.
Ou porque foram aprovadas.
Ou porque aconteceu isto.
Ou porque aconteceu aquilo.
Não vejo tanto entusiasmo juvenil sobre este assunto nos outros grandes clubes portugueses.
Porque será?
Será porque o Benfica é o único grande clube português que apresenta e discute as suas contas em assembleias gerais de sócios, enquanto nos outros o relatório e contas é assinado em gabinetes longe do escrutínio dos associados?
Será porque no Benfica as contas são tão transparentes que se dá a oportunidade a todos os sócios de publicamente e perante a comunicação social dizerem de sua justiça?
É extraordinário que alguns poucos sócios se deêm ao trabalho de manifestarem a sua "preocupação" sobre as contas do Benfica, quando elas são auditadas, escrutinadas, aprovadas em assembleias gerais.
Na verdade, causa espanto como é que um clube assim, de contas tão "preocupantes" pode manter todas as suas jóias, quando seria natural ter realizado uma verba próxima dos 100 milhões de euros com a venda de alguns jogadores.
Causa espanto que essas contas "preocupantes" não evitaram que o Benfica continue a aumentar o seu património, com a construção do Museu (mais um projecto pioneiro) e a ampliação do Centro de Estágio (pago pelo Benfica).
Mas importa questionar esses críticos, que quando se vendeu Witsel e Javi Garcia, o ano passado, por 70 milhões de euros, ai Jesus que o desastre desportivo estava à porta. Agora, ai Jesus que não se vendeu ninguém...!!! Em que ficamos?
Lamento profundamente que alguns benfiquistas embarquem em críticas serôdias que apenas servem para dar trunfos aos nossos adversários.
Lamento que esses benfiquistas se focalizem em atacar o Benfica e não a elogiar a sua estratégia e a sua gestão.
Porque há muitos e bons motivos para elogiar o que se tem feito no Benfica nos últimos anos.
Mas vamos a duas coisas muito recentes.
Nunca ouvi esses críticos elogiarem a formação do Benfica, que dá cartas nas selecções mais jovens.
Nunca ouvi esses críticos elogiarem o Benfica por ter conseguido trazer a final da Champions para o Estádio da Luz. Uma vitória que não é só do Benfica, mas de todos os portugueses, que hoje têm poucos motivos para se orgulhar do seu País.
Ainda recentemente, vi a loucura que se apoderou dos japoneses por Tóquio ter sido eleita a cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2020. Pois a final da Champions na Luz devia ter sido festejada da mesma maneira.
Mas nós somos portugueses, temos o fado na alma, somos assim e, se calhar, não há nada a fazer. 
Isto não quer dizer que não se deve criticar. O que quero dizer é que não vejo, nem leio críticas construtivas, daquelas que ajudam a crescer e a fazer melhor.
Apenas vejo, ouço e leio críticas destrutivas e que em nada ajudam o Benfica. O que vale é que são poucos aqueles que acham que tudo está mal. 
A esmagadora maioria dos benfiquistas sabe bem o que se fez de bom nestes últimos anos. E tem sufragado essa obra, essa estratégia e esse projecto nas urnas.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O exemplo que vem de cima

Uma vitória suada, 3 pontos preciosos, 20 dias de interregno. No campo da "besta negra" do último campeonato, bastou jogar qb, uma arbitragem imparcialmente medíocre, e uma eficácia em serviços mínimos.
Lá para Maio, quando se fizer a história deste campeonato, pode ser que o Estoril fique assinalado como o local onde se ultrapassaram equívocos, desavenças, tensões, lesões, fantasmas, aparições e bruxedos.
Não será pedir muito, se aqueles que têm a honra de envergar a camisola do Benfica olharem para o exemplo de Luís Filipe Vieira.
No Estoril, não foram as dores nas costas, a obrigar a cuidados médicos, a impedir o Presidente do Benfica de estar junto da equipa. 
Aos jogadores exige-se que respeitem o sacrifício de um líder que lhe dá todas as condições de trabalho. Para além do mais, estes 20 dias podem e devem servir para reflexão.



terça-feira, 24 de setembro de 2013

Jesus Christ Superstar

Ainda estou baralhado. Então o Jorge Jesus fez o quê? Agrediu, ameaçou, coagiu, disse palavrões. E fez tudo isto, a acreditar numa comunicação social que os próprios jornalistas dizem que está descredibilizada.
Eu olho para as imagens, mil vezes repetidas e, se calhar, estou, como Paulo Fonseca, treinador do FC Porto, a precisar de mudar de oftalmologista. É que não consigo ver ali nem agressões, nem ameaças, nem coacção (quanto aos palavrões, só se Jorge Jesus tivesse microfone na lapela).
O que vejo é um homem “on fire”, como se diz na NBA. Mas não é Jorge Jesus sempre assim? E não é por ser sempre assim que gostamos dele e o transformamos num ícone? Jesus afastou, eventualmente empurrou, alguns agentes da polícia para tentar libertar o adepto do Benfica que, esse sim, parecia estar a ser sovado e pisado pelos agentes da autoridade.
Aliás, deixem-me dar este pormenor: se aquilo que Jorge Jesus fez, para alguns jornais e comentadores, foi agredir, então os jogos em Portugal acabavam sem jogadores no relvado. Empurrão? Agressão e expulsão. Safanão? Agressão e expulsão. Etc, etc, etc…

Como diz a canção do Jorge Palma, “deixem-me rir”. Os moralistas do costume gostam sempre de vir a terreiro nestas alturas. Mas, por muito que tentem, nunca podem apagar um passado e uma história de telhados de vidro, e todos quebrados…

terça-feira, 10 de setembro de 2013

E pluribus unum

Que sorte têm os críticos que o Benfica seja um clube democrático.

Chamo-lhes críticos, porque sou tolerante e benevolente.

Noutras paragens, a sua alegre, irresponsável e leviana "irreverência", seria tratada de forma bem musculada.

Bastaram 3 jornadas e é vê-los passear ditos e opiniões com a mesma irresponsabilidade e incompetência com que, alguns, geriram o Benfica e o seu futebol enquanto lá estiveram.

Têm outra vez sorte, porque a memória dos adeptos é curta.

Isto quer dizer que os responsáveis do Benfica, seja direcção, sejam treinador e equipa técnica, seja estrutura, sejam jogadores, é imune à crítica?

Claro que não.

O Benfica, repito, é um clube democrático.

Mas a crítica de que o Benfica precisa quase nunca vem em frases publicadas nos jornais, nas redes sociais ou emitidas nas rádios e televisões.

O Benfica precisa de união e de solidariedade.

O Benfica precisa que os benfiquistas apoiem e ajudem quem levantou o que outros destruíram.

O Benfica precisa de quem continue a obra e não daqueles que só se lembram de deitar abaixo.

Como benfiquista, lamento que alguns dos meus consócios só se exprimam para atacar o Benfica e não canalizem a sua inteligência e tempo para atacar os nossos adversários.

O Benfica não precisa de adversários nem de inimigos dentro das suas fileiras.

O Benfica é dos sócios e eles já expressaram inequívoca e claramente quem queriam a liderar o Benfica.

A campanha eleitoral já terminou há muito.

O Benfica precisa que todos remem para o mesmo lado.

Só assim podemos atingir os objectivos a que nos propomos.

Viva o Benfica!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Para memória futura

E pronto, o campeonato acabou... 
Ontem, após o fim oficioso do campeonato, lembrei-me de Nolito. Lembram-se? O azougado espanhol que esteve duas épocas na Luz e até deixou saudades, quando partiu. Ora, o bom do espanhol está a jogar no seu país, no Celta de Vigo - e a fazer boa figura.
Na pré-época, veio a Portugal com o Celta ao jogo de apresentação do fcporto, no dragão. O Celta, sabe-se, luta para não descer, mas no dragão fez a vida difícil ao fcporto. A coisa só lá foi com um golo 4 quilómetros fora-de-jogo. Mas isso nem foi o mais importante.
Perto do fim do jogo, o nosso Nolito passou como um bólide por um jogador do fcporto, que não fez por menos, afinfou-lhe 4 patadas e, surpresa, nem um amarelo recebeu. No final, Nolito disse que esteve fora de Portugal 1 ano, mas que no que respeita às arbitragens, estava tudo igual.
O Nolito tem razão. Vejamos: 1ª jornada: Marítimo - Benfica: Lima é rasteirado dentro da área - árbitro nada marcou; Setúbal - FCPorto: JMartinez tropeça dentro da área - penálti contra o Setúbal, após o qual Kiesczek envolve-se com Josué, do FCPorto - árbitro apenas expulsa o guarda-redes do Setúbal.
2ª jornada: FCPorto - Marítimo: um dos golos do porto obtido através de uma grande penalidade após falta fora da grande área.
3ª jornada: Sporting - Benfica: golo do sporting em fora-de-jogo, pénalti por assinalar contra o sporting por falta sobre Cardozo; Paços de Ferreira - FCPorto: golo do fcporto obtido de forma irregular. 
E pronto, a conclusão só pode ser uma: o Nolito é que tem razão, em Portugal, no que respeita às arbitragens, a tradição ainda é o que era.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Primeiras impressões

A poucos dias da apresentação oficial, na Eusébio Cup, contra o São Paulo, já é possível tirar algumas ilações sustentadas sobre a equipa do Benfica para a época 2013/2014. O 1º ponto parece-me evidente: o Benfica tem melhor equipa que no ano passado.
Não há, para já, qualquer revolução ou renovação no plantel. E quem entrou, nomeadamente os sérvios, com Markovic e Djuiricic à cabeça, parecem ser jogadores de nível superior. Ou seja, a equipa é mais equilibrada e tem mais soluções.
Para além disso, face a uma pré-época a um nível mediano, as baixas expectativas que estão criadas são um bom presságio. De euforias precoces estamos nós cheios. Caso a caso: na baliza parece-me estar o principal problema. Artur não está a dar a segurança necessária. É um bom guarda-redes, mas não é excepcional. E o Benfica precisa de um guarda-redes de outra dimensão.
Na lateral-direita, Maxi e Sílvio, chegam para as encomendas, e ainda há João Cancelo; na lateral-esquerda, Bruno Cortez e Luisinho (ou Sílvio, ou André Almeida), são suficientes; nas centrais, Luisão, Garay, Steven Vitória, Lisandro Lopez e Mitrovic, dão garantias, mas a eventual venda de Garay obriga a ir buscar um jogador da mesma igualha); no meio campo, a fartura em número e qualidade é imensa, ao contrário do ano passado, Matic não está sozinho, porque tem agora Ruben Amorim e um André Gomes mais entrosado; nas alas, mais fartura e mais qualidade, com o reforço Suleimani; no ataque, a ausência de Cardozo tem de ser rapidamente compensada, e vai sê-lo.
Mas, onde eu vejo um "upgrade" em relação à época passada é mais na existência de Djuricic do que na de Markovic. O "10" sérvio é um novo Rui Costa, que vai fazer a ligação perfeita com os homens mais à frente e filtrar todo o jogo, algo que não existia desde que Aimar começou a perder gás, e começou muito cedo.
Quanto a dispensas, não há que enganar: Roderick, Carlos Martins, Urreta, para além dos que já partiram, Melga, Sidnei, Cardozo (quase), Pizzi (não chegou a entrar); depois os que vão para a B, os irmãos de Matic e Markovic, mais Rojas. Não falo das eventuais vendas, porque são isso mesmo, eventuais e, mais umas que outras, invenções dos jornais.

PS1: Na morte de Fernando Martins, apenas quero dizer que o ex.presidente do Benfica ficou conhecido por 4 coisas: o fecho do Terceiro Anel, a venda de Chalana ao Bordéus, a contratação de Eriksson e a amizade com Pinto da Costa. É justo? É injusto? A História o dirá...

terça-feira, 23 de julho de 2013

Conflito de interesses

Poucos dias após a Benfica TV ter anunciado um acréscimo de mais de 80 mil assinantes, em poucos dias, o que pressupõe um ataque total e credível à hegemonia da Sport TV, e que levou esta a criar um canal low-cost, o presidente do FC Porto veio a terreiro falar de conflito de interesses.
Qual conflito de interesses? No facto da Benfica TV passar a transmitir jogos do Farense. Ora, o Farense, que bem-vindo seja, ainda está a jogar na II liga – a III divisão, na verdade. Onde é que está o conflito de interesses?
Mas se vamos falar de conflito de interesses, então não podemos deixar de questionar se há ou não conflito de interesses quando ex-jogadores, ex-técnicos, ex-funcionários do FC Porto passam a integrar estruturas de clubes que disputam a mesma divisão.
Eu quero acreditar nas pessoas, mas não posso deixar de desconfiar, às vezes, de certos privilégios que o FC Porto tem quando estão em causa clubes nos quais trabalham pessoas muito ligadas ao FC Porto. E não me refiro, apenas, ao resultado dos jogos mas a questões como castigos, adiamento de jogos, horário de jogos, etc…

Há dias, alguém me chamava a atenção para o facto de um ex-membro da estrutura do FC Porto, e ainda muito ligado a este clube, estar em posição de destaque na estrutura do Paços de Ferreira. Estou a referir-me ao Prof. José Neto. Como se costuma dizer, não acredito em bruxas, “pero que las hay las hay”.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Cardozo tratado de forma exemplar

É com tristeza que, como tudo indica, vejo Cardozo partir. É de golos que vive o futebol e é com golos que o Benfica alcança vitórias e títulos. E o paraguaio fazia golos como quem bebe copos de água.
Era mal-amado? Era. Como eram Nené e Manniche, por exemplo. Nunca me preocupei muito em tentar perceber as reacções emotivas dos adeptos. Eu sei, por experiência própria, que as emoções no futebol são irracionais.
O que já me custa perceber são as opiniões de quem gosta de colocar muita racionalidade nas coisas, até no futebol. Para muitos opinadores de ocasião e circunstância, Cardozo passou a o romance do defeso.
Defendem que o Benfica devia ter logo agido após o final da Taça, que o Presidente do Benfica devia ter falado no assunto, que devia ter sido logo posto a andar, que uma humilhação pública é que era, etc., etc., etc.,
Para estes comentadores, o Benfica tem uma estrutura amadora e, por isso, o caso Cardozo foi tratado com leviandade; o fcporto é que é, são todos grandes profissionais. Pois eu, aqui afirmo que o “caso” Cardozo foi tratado exemplarmente pelo Benfica.
Durante estes quase 2 meses após a final da Taça, não ouvi uma afirmação deslocada, uma divergência pública, uma polémica alimentada nos jornais por causa de Cardozo. As partes, todas as partes, mantiveram-se, e bem, no mais absoluto silêncio.
Ao agirem assim, garantiram que o Benfica vai fazer, como tudo indica, o negócio que tinha previamente estipulado. E o Presidente do Benfica, ao manter a serenidade, o sangue frio e os nervos de aço, imune a tudo o que se foi dizendo, consegue, mais uma vez, que os superiores interesses do Benfica sejam defendidos.

Quanto ao fcporto, e a sua estrutura profissional, só quem tem a memória curta, ou já se esqueceram das dezenas de polémicas com jogadores a treinar com juniores, como forma de castigo, ou a serem escorraçados a preço de saldo? Podia enunciar aqui dezenas de nomes, mas fico-me por um: Fernando Gomes, lembram-se?

quarta-feira, 12 de junho de 2013

À procura de um "antero"

Fechado o dossier Jorge Jesus, fechadas algumas contratações sérvias que vão fazer a diferença na próxima época, Luís Filipe Vieira, tirando Cardozo, tem sobre a secretário um assunto deveras intrincado: quem vai fazer a mediação entre o treinador e o presidente?
Perguntam os meus leitores: porquê mediação? O treinador não teve sempre linha directa com o presidente? Eu julgo que a nova estrutura do futebol que Luís Filipe Vieira está a moldar visa criar um posto que, ao mesmo tempo que torna o grupo de trabalho mais coeso e mais protegido, possa libertar Vieira das coisas mais comezinhas do dia-a-dia da equipa de futebol principal do Benfica.
Perguntam os meus leitores: mas não eram essas as responsabilidade de António Carraça? De certa forma, sim. O problema é que a época começou mal para Carraça, com o episódio "Luisão", na pré-época, na Alemanha.
Depois da má gestão que fez do incidente, o ex-presidente do Sindicato dos Jogadores nunca se recompôs e a partir daí também passou a ser olhado com desconfiança por Jorge Jesus. Os resultados estão à vista. Vieira não gosta de "deixar cair" ninguém. Mas o "caso" Carraça obriga a uma reformulação da estrutura.
Para Vieira, um "antero henrique" despido de intenções presidenciais é uma escolha obrigatória e delicada para a próxima época. O presidente do Benfica não pode estar tão próximo da "fogueira" do balneário.

terça-feira, 28 de maio de 2013

JJ: prós & contras


Prós:
1 – Dedicação obsessiva ao trabalho;
2 – Capacidade para exponenciar as qualidades dos jogadores;
3 – Capacidade para valorizar os jogadores;
4 – Modelo de jogo atractivo.
Contras:
1 – Incapaz de emitir uma mensagem inteligível;
2 – Personalidade conflituosa;
3 – Incapaz de resistir à pressão dos momentos decisivos;
4 – Incapaz de planificar bem a época;
5 – Ausência de resultados;
6 – Discurso egocêntrico e arrogante.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Sujinho ou espectacular?


Por uma vez, estou de acordo com Vítor Pereira: este campeonato foi “sujinho, sujinho”. Em dois lances capitais, de dois jogos capitais, os árbitros erraram contra o Benfica: jogo do Estoril, na Luz, em fora-de-jogo; 1º golo do Porto, irregular, mais expulsão do jogador do Paços – melhor era impossível para facilitar a vida aos azuis.
Mas também o carácter de Vítor Pereira, tão endeusado por alguma comunicação social, em detrimento do de Jorge Jesus, fica posto em causa. O Vítor “Mr. Hyde” Pereira classificou o campeonato de “sujinho, sujinho”; já o Vítor “Dr. Jekyll” Pereira acha que este foi o “campeonato mais espectacular dos últimos anos”.
O treinador do Porto é um homem de múltiplas personalidades, está visto. No Benfica, o balanço será feito no domingo, após o final da Taça de Portugal. Mas já se podem adiantar alguns factos: 1 – uma final europeia ao fim de 23 anos; 2 – uma final da taça de Portugal ao fim de 8 anos; 3 – um campeonato perdido injustamente pela melhor equipa; 4 – uma equipa de tracção à frente que deu espectáculo na Europa e em Portugal; 5 – os adeptos fizeram renascer a mística benfiquista.
A partir destes factos, o futuro só pode ser cada vez mais risonho e ganhador. Mas, no Benfica, Luís Filipe Vieira ainda tem muito trabalho pela frente. É certo que a “estrutura” da Luz é hoje muito mais eficaz, muito mais organizada, muito mais capaz de actuar e reagir de imediato, quando as circunstâncias o exigem.
Mas, ela, a “estrutura”, ainda está muito dependente da voz de comando do Presidente. E esta é a “má notícia” para Luís Filipe Vieira. Onde o líder da Luz vê uma “estrutura” com autonomia para tomar as melhores decisões, os factos demonstram que os níveis de eficácia dependem da presença ou da ausência de Vieira.
Se o líder da Luz está presente, as coisas tendem a correr sobre rodas; na sua ausência, os lapsos às vezes tornam-se fatais. O “caso” do Estoril é um exemplo paradigmático disto, que apanhou mesmo Luís Filipe Vieira de surpresa.
Recusando fazer dos árbitros “bodes expiatórios” para o fatídico desenlace do campeonato, Luís Filipe Vieira vai, nos próximos tempos, virar-se para dentro para corrigir o que tem de ser corrigido. A sua voz de comando é fundamental para a conquista da Taça de Portugal.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Não há duas sem três...




Há dias, uma troca de piropos despropositada entre Diamantino e Jorge Jesus, levou-me a reflectir sobre o que esteve na base desta pequena altercação entre uma nossa antiga glória e o nosso actual treinador.
Para Diamantino, o passado deve ser respeitado e recordado; para Jorge Jesus, o presente é mais importante. Na verdade, um e outro têm razão. O passado do Benfica é de tal dimensão gloriosa que só pode ser respeitado e recordado. Mas no presente é importante ganhar para continuar a respeitar esse passado.
Aqui chegados, lembrei-me de dois episódios do passado, não muito distante, do Benfica. O primeiro mete ambulâncias, balneários imundos, jogadores a equiparem-se no corredor, árbitros a viajarem de comboio(?). E lembrei-me do protagonista deste episódio: César Brito.
O segundo episódio mete o estádio nacional, mais a federação, mais a taça de Portugal, mais o quintal do pinto da costa, mais o bóbi e o tareco. O protagonista deste segundo episódio foi: Carlos Manuel.
Os benfiquistas sabem bem de que jogos eu estou a falar. O 1º decidiu o campeonato nas antas, com uma vitória por 0-2, com golos de César Brito. O 2º deu-nos a Taça de Portugal, também nas antas, com um golo de Carlos Manuel.
Num caso como no outro, o fcp tudo tentou, tudo manobrou, tudo controlou para chamar a si a vitória nestes dois jogos. O Benfica apenas jogou dentro das 4 linhas e, sempre que isso só se resolve dentro das 4 linhas, o Benfica ganha, como ganhou. Contra tudo e contra todos…
Sábado, também será assim. Contra tudo e contra todos. Venham as ambulâncias e o cheiro nauseabundo; venham as manobras rasteiras e as ameaças veladas; venha o bóbi e o tareco. Depois de César Brito e de Carlos Manuel, o Benfica volta a decidir um título nas antas/dragão. E não há duas sem três!

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Levantado do chão


O Benfica está a um passo de conquistar a sua 3ª taça europeia. Com a final de Amesterdão, o Benfica é a 7ª equipa europeia com mais finais disputadas em toda a História. Estes resultados devem orgulhar não só os benfiquistas espalhados pelo Mundo, mas os portugueses.
O Benfica é verdadeiramente o maior símbolo de Portugal, um país pobre e sem grandes motivos de alegria. Não somos a Inglaterra, nem a Alemanha, nem a Itália, nem a Holanda, nem sequer a Espanha. Mas somos Benfica,  igual aos melhores da Europa.
Esta História centenária tem muitos nomes, muitos heróis. Seria fastidioso enumera-los. A história que hoje se escreve também tem muitos nomes e muitos heróis. Mas ninguém de boa fé pode ignorar que o que ontem aconteceu só foi possível porque o Benfica, na última década, foi levantado do chão, como o título do livro de José Saramago.
Isso mesmo, “Levantado do chão”. Ontem, os jogadores e a equipa técnica deram uma volta de honra ao Estádio da Luz. Mereceram. Mereceram os aplausos e o apoio de um público em delírio.
Mas lá em cima, na tribunal presidencial, sereno por fora mas em ebulição por dentro, estava um homem que finalmente vê chegada a hora de colocar a cereja em cima do bolo. O Presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, está no limiar da História.
Porque foi ele que levantou o Benfica do chão, quando entrou na Luz pela mão de Manuel Vilarinho. Porque teve a coragem de construir o novo estádio, contra ventos e marés, porque teve a visão estratégica de perceber que, naquela altura, a prioridade não era conquistar títulos mas recuperar as finanças e a credibilidade do clube.
Hoje, no limiar de uma época de sonho, verificamos que a visão estratégica de Luís Filipe Vieira estava correcta. E o seu lugar na História será ao lado de outros vultos, como Joaquim Ferreira Bogalho, Maurício Vieira de Brito ou Borges Coutinho.
Como as vitórias desportivas são a alma de um clube como o Benfica, quando esta época terminar, Luís Filipe Vieira tem tudo para ser consagrado como o melhor Presidente de sempre do Benfica. 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O jogo do ano


O Benfica vai disputar na segunda-feira o seu “jogo do ano” contra o Marítimo, no Funchal. Uma vitória significará o título. Face a este cenário, as decisões de Jorge Jesus, no jogo de ontem em Istambul, percebem-se perfeitamente.
Utilizando a expressão de Jesus, pode dizer-se que o Benfica vai meter toda a carne no assador no jogo da Madeira. O Marítimo não é uma equipa qualquer e no seu estádio costuma ser capaz de fazer “coisas bonitas” como diria Artur Jorge. Que o diga o FC Porto e mesmo o Sporting.
Com Lima, Enzo Pérez e, tudo indica, Luisão, o Benfica tem tudo para garantir os 3 pontos e olhar para o que fica a faltar de campeonato com alguma tranquilidade. E é aqui que bate o ponto.
Jesus percebeu que em Istambul a estratégia era de controlo de danos. E a verdade é que correu bem. Podia ter corrido melhor? Podia. Com o jogo nos últimos 15 minutos e com 0-0 no marcador, era expectável que nada de muito significativo acontecesse.
Seja como for, o 1-0 abre um caminho esperançoso para a final. Se os 3 pontos forem conseguidos na Madeira, o Benfica entra na Luz, na próxima 5ª feira, com a força anímica em níveis elevados.
É por isso que é decisivo ganhar ao Marítimo, pelo que isso significará para o campeonato e para a confiança com que a equipa vai disputar o jogo da 2ª mão na Luz com o Fenerbahçe. Não há dúvidas, o jogo na Madeira é o jogo do ano.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Maio, mês da decisão

Apontem aí no calendário: no início de Maio, fica formalmente fechado o processo de renovação de Jorge Jesus. Depois de atingida a final da Taça de Portugal, a disputar a 26 de Maio; garantidas 2 vitórias nos próximos 2 jogos da Liga, com o Sporting e o Marítimo, a 21 e 28 de Abril, respectivamente; com a passagem à final da Liga Europa concretizada a 2 de Maio, data da 2ª mão da meia-final com o Fernebahçe – fica completo o caminho para fechar o acordo verbal e de princípio com o actual treinador do Benfica.
É claro que, tirando a final da Taça, o resto ainda está por concretizar, apesar da grande probabilidade de isso acontecer. É claro que o futebol é um jogo e ninguém consegue controlar todas as incidências desse jogo, dentro e fora das quatro linhas.
Mas também se sabe que Luís Filipe Vieira é um homem muito experimentado nas estratégias negociais e deixar tudo em aberto até ao fim seria um erro clamoroso. Como já o escrevemos, Vieira não o fez, em 1º lugar por defesa dos superiores interesses do Benfica; em 2º lugar porque não quer andar a reboque de ninguém, nem de Jorge Jesus.
Um acordo deste tipo, mesmo verbal e pormenorizado, como está, tem muitas escapatórias, para não deixar ninguém sem margem de manobra. Uma, desde já, está acertada: Jesus, em Portugal, só no Benfica.

Post-Scriptum: Não fica bem ignorar as fontes. No dia 10 deste mês, ou seja, há uma semana atrás, escrevi aqui que Jorge Jesus tinha acordo com Vieira para os próximos 2 anos. Nos dias seguintes, vários órgãos de comunicação social reproduziram a notícia, mas não citaram a fonte. Não fica bem, pois não?
http://www.ojogo.pt/Futebol/1a_liga/Benfica/interior.aspx?content_id=3164076http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/sport/benfica/jesus-e-vieira-chegam-a-acordo-para-mais-dois-anos212622770http://planetaslbenfica.blogspot.pt/2013/04/ponto-final-jesus-renova-por-2-anos.html

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ponto final



Tudo indica que Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus já têm um acordo verbal para as próximas 2 épocas. O Presidente do Benfica e o treinador terão chegado a acordo no que respeita a questões essenciais: salário, duração do contrato e plantel.
No que diz respeito ao 1º item, Vieira garantiu uma redução significativa do salário actual de Jesus, tendo estabelecido com o treinador um plano de prémios por objectivos, que passam pela conquista do título, conquista da taça de portugal e quartos-de-final da Champions. A "tripleta" do próximo ano permitirá a Jesus auferir um montante idêntico ao que agora recebe; o título e os quartos-final da Champions, permite-lhe encaixar um prémio significativo; só o título dá-lhe também uma verba extra não desprezível. Apenas estas combinações dão direito a um prémio que permitirá a Jorge Jesus continuar a ser um dos 20 mais bem pagos treinadores do Mundo.
Mas o acordo tem também um aspecto novo: Jesus tem a partir de agora uma cláusula de rescisão de 20 milhões de euros. E quando digo "a partir de agora", significa mesmo "a partir de agora". No caso de, por qualquer motivo, desportivo ou não, que impeça Jorge Jesus de continuar no Benfica, no final desta época, o clube (e será sempre estrangeiro) que o quiser ter terá de pagar ao Benfica 20 milhões de euros.
Fecha-se, assim, um dossiê estratégico para o Benfica. Luís Filipe Vieira nunca se impressionou muito com o que se ia dizendo na comunicação social e foi gerindo a seu bel-prazer as negociações, que têm decorrido apenas entre o Presidente do Benfica e o treinado, sem intermediários e sem formalismos.
Para além disso, a estrutura futura do plantel está também a ser delineada. Depois de Djuricic, de Suleimani e de Rojas, está a ser equacionada a contratação de dois defesas de referência mundial, para o centro da defesa e para a lateral-direita, assim como um médio defensivo de grande nivel.
Em cima da mesa têm estado também os "casos" Aimar, Carlos Martins, Kardec, Miguel Vítor, Luisinho, Gaitán, Cardozo e Garay. Não vai acontecer nenhuma revolução no plantel, mas o mesmo vai levar uma refrescadela, nomeadamente com a entrada de portugueses.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Alerta presidencial


A poucos dias de um jogo crucial - sim CRUCIAL - o Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira,  faz através de "O INFERNO DA LUZ" (oinfernodaluz.blogspot.com) um aviso à navegação: "Temos de estar muito atentos. Não podemos permitir que se passe algo igual ao ano passado".
Com muitos jogadores espalhados pelos quatro cantos do Mundo onde jogam as suas selecções, o planeamento do jogo com o Rio Ave, sábado, na Luz, traz dificuldades acrescidas para Jorge Jesus. Vamos ver como chegam Cardozo e Maxi, mais Rodrigo, Melgarejo, Carlos Martins, Garay ou Ola John.
Os 15 dias, afinal, não serviram para muito descanso. Pelo contrário, Cardozo chega tocado, Maxi chega com mais um jogo nas pernas e depois de viagens longas; os outros só quase em cima do jogo com os vilacondenses.
Por isso, o aviso/alerta de Luís Filipe Vieira vem na altura certa. É um aviso para as dificuldades acrescidas dentro do relvado, quando se aproxima uma fase complicada com os jogos da Liga Europa e ainda uma 2ª mão da meia-final da Taça de Portugal a juntar aos complicados compromissos na Liga nacional. 
Mas é também um aviso para que as coisas que possam estar a preparar fora dos relvados não apanhe ninguém desprevenido no Benfica. Luís Filipe Vieira está alerta e não quer que ninguém se distraia. Palavra de Presidente.

segunda-feira, 18 de março de 2013

O que é que o Cardozo tem?


O que é que a baiana tem? A música, irmotalizada por Carmen Miranda, a portuguesa de Marco de Canaveses que se fez mito no Brasil, bem podia ser adaptada a Óscar Cardozo, o nosso Tacuara.
Há 6 anos que está na Luz a marcar golos. Golos e mais golos. Nem mesmo na época de Quique Flores, quando o desastrado técnico espanhol resolveu implicar com o paraguaio, Cardozo deixou de marcar a um ritmo elevado.
Não vou fazer aqui as estatísticas do goleador. Para isso, o Google serve muito bem. Apenas vou sublinhar que Óscar “Tacuara” Cardozo é um dos mais eficazes pontas de lança da História do Benfica.
Claro que não é Eusébio, nem José Águas, nem Vítor Baptista, talvez nem Magnusson. Mas tem com Néné e com Maniche uma panache comum: é um mal-amado. Devo dizer que sempre gostei de mal-amados.
 Adorava Néné, e o seu jeito para fuzilar as balizas azuis e brancas. E adorava Magnusson – e o seu 33 (os golos que marcou numa das épocas em que cá esteve, não interessa qual). Menos Maniche, que ficou sempre a perder com a comparação com o loiro sueco. Apreciava César, 2º atacante brasileiro do Benfica (depois de Jorge Gomes), que foi um meteorito na Luz, mas fica para sempre ligado ao golo que marcou ao fcporto na final da Taça no início da década de 80.
E podia desfiar avançados e mais avançados (se calhar até tinha de falar de Artur Jorge, cruzes credo), que marcaram, por isto ou por aquilo, o seu nome na História Gloriosa do Benfica. Mas Cardozo vai marcar a sua passagem com golos.
Repito: golos e mais golos. Eu sei que muitos benfiquistas não gostam do avançado paraguaio. Até me irritam vários comentários que ouço de outros consócios. Mas eu gosto de Cardozo. Gosto do seu jeito imperfeito. Do seu ar estranhamente melancólico (surpresa ontem em Guimarães, com aquela dança vibrante de euforia). Do seu alheamento do jogo, do mundo, sei lá. Da sua natureza tímida. Das suas “entrevistas rápidas” no final dos jogos, onde não disserta, onde diz apenas o essencial, o mínimo, a síntese. Fala como joga.
Cardozo pode ficar mais uma, mais duas épocas ou para sempre. Eu espero que seja para sempre. Seja como for, já ninguém lhe tira o lugar na História Centenária. Não será o 1º, nem o 2º, certamente nem o 3º. Mas daqui a 10 anos, quando o Terceiro Anel suplicar um golinho caído do céu, vamos todos lembrarmo-nos de Óscar Cardozo. O nosso tacuara.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Decisões com estratégia


Só surpreende a quem anda distraído. A conquista dos direitos televisivos da Premier League pela Benfica TV é mais um passo no processo de negociação do Benfica junto de vários “players” para a alienação dos direitos televisivos do jogos a realizar no Estádio da Luz.
No passado, outros passos foram dados, como a transmissão de vários jogos internacionais e do Brasileirão, entre outros conteúdos, como a transmissão dos jogos das modalidades. Repito: só surpreende a quem andar muito distraído.
Ou alguém pensava que a Benfica TV ia só servir para debates internos ou para a transmissão de jogos das camadas jovens? Esta recente notícia, que deixou a Sport TV e alguns comentadores mais próximos do fc porto em pânico, vem apenas confirmar algo que digo há vários anos: Luís Filipe Vieira é o melhor Presidente da História do Benfica.
Não o digo por apreciar a personalidade do Presidente do Benfica, digo-o porque sempre vi nele um líder capaz de traçar uma estratégia de médio/longo prazo e não se desviar da rota; e por ter a inteligência de ver mais longe que os outros.
Quando, contra quase tudo e todos, teimou em avançar com a construção, em tempo recorde, do novo Estádio da Luz, Vieira percebeu que se assim não fosse o Benfica ficaria irremediavelmente para trás.
Quando decidiu investir nas modalidades, arrancando-as ao estado comatoso em que se encontravam, Vieira sabia que esta a apostar decisivamente no eclectismo que faz do Benfica o maior clube do Mundo, com reflexos na angariação de sócios e no reforço da dimensão do benfiquismo.
Quando investiu, a tempo e horas, nas infraestuturas desportivas, Vieira sabia que estava a cuidar do futuro do Benfica para muitas gerações de praticantes, sócios e adeptos, tornado o complexo desportivo da Luz um sítio de encontro de gerações.
Quando assumiu a construção do Centro de Estágio do Seixal, Vieira sabia que o futuro do futebol profissional em Portugal passa pela formação e que passa por aí o futuro da principal equipa de futebol do Benfica.
Quando criou a Fundação Benfica, Vieira sabia que os tempos difíceis que aí vinham obrigavam o Benfica a ter um papel de solidariedade para com os seus atletas mais antigos, para com os sócios e adeptos mais desfavorecidos.
Quando está prestes a concluir a obra do Museu do Benfica, Vieira sabe que este projecto é, além de uma importante fonte de receitas, um equipamento que irá perpetuar a glória passada e presente do Benfica, em Portugal e no Mundo.
E quando criou a Benfica TV, Vieira sabia bem o que queria e como queria: que o Benfica, campeão de audiências televisivas, recebesse aquilo a que tem legitimamente direito, e que deve estar em linha com a dimensão de clube maior de Portugal e um dos mais prestigiados do Mundo. E a história ainda agora começou.
Post-Scriptum: depois das notícias de hoje sobre a renovação de Jorge Jesus, já se pode ler a outra luz o meu post de há dias. Ler no link

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A propósito da renovação de JJ


As notícias que dão conta da incerteza à volta da renovação (ou não) de Jorge Jesus, são, como diria Mark Twain sobre as notícias da sua morte, “muito exageradas”. É certo que JJ termina contrato dentro de poucos meses e ainda não há decisão formal sobre a sua continuidade (ou não) no comando da principal equipa do Benfica.
Mas, ao contrário do que seria de esperar, não é JJ que parece nervoso com a falta de clarificação do seu vínculo laboral, o que seria natural num treinador que aufere um salário avultado.
São os jornalista que parecem estranhamente agitados face à ausência de uma posição oficial do Benfica sobre o assunto, quando, repito, se caminha a passos largos para o final da época. JJ, esse, continua a fazer, e bem, o seu trabalho.
Não parece nada perturbado com a torrente de perguntas que, conferência de imprensa a seguir a conferência de imprensa, procuram, sabe-se lá porquê, um “lapsus linguae” ou uma pequena inflexão na voz.
JJ mantém-se imperturbável e, o que não aconteceria noutros lados, não rejeita nenhuma resposta. Ainda ninguém se perguntou porquê? Ainda ninguém se colocou a pergunta: porquê tanta tranquilidade?
A resposta é simples: Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus já sabem muito bem o que vai acontecer no final da época, aconteça o que acontecer. Vá lá, leiam nas entrelinhas…!!!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Um rabo, duas cadeiras

Foi Bella Guttman, quem o disse. "O Benfica não tem rabo para duas cadeira". A frase serviu para justificar o título europeu de 62 e a perda do campeonato nesse ano. É, por isso, incompreensível para mim a polémica à volta das declarações de Jorge Jesus.
O treinador do Benfica não faz mais do que sublinhar uma dificuldade do futebol português: não é fácil lutar ao mesmo nível em todas as competições. O problema não vem do facto do Benfica não ter uma preparação ao nível das melhores equipas da Europa.
Se assim fosse, a equipa tinha soçobrado contra o Bayer Leverkusen, na Alemanha, quando jogou em condições atmosféricas adversas e invulgares em Portugal, com a neve a cair incessantemente durante todo o jogo.
E na 2ª mão, com o Bayer, uma das melhores equipas germânicas, a apostar todas as fichas nesse jogo, o Benfica foi capaz de controlar o jogo durante os 90 minutos e ter estado à altura quando foi posto à prova com o golo alemão.
O problema, que Jorge Jesus ainda não foi capaz de explicar e explicitar, é que o campeonato português é pouco competitivo, o que se traduz num falta de intensidade do Benfica na maior parte dos jogos e que, necessariamente, tem consequências nos jogos europeus.
Um exemplo: no jogo contra o 3º classificado do campeonato, o Paços de Ferreira, o Benfica não foi obrigado a grande esforço, nem físico nem mental, tendo o jogo sido transformado num mero treino. É isto que cria, depois, dificuldades nos jogos europeus mais competitivos.
É esta falta de competitividade interna, e não qualquer gestão do plantel menos adequada, que torna mais problemática a disponibilidade da equipa para estar ao mais alto nível mental e físico. Seja como for, é de salientar como Jorge Jesus tem estado à altura das exigências.
Depois de um jogo exigente em Leverkusen, a equipa foi capaz de ter estofo físico e mental para levar de vencida a Académica. O mesmo se passou com o Paços de Ferreira pós-Liga Europa. O mesmo não se pode dizer de Vítor Pereira: os jogos com o Olhanense e Rio Ave, levam a suspeitar uma equipa presa por arames, mesmo que a exigência europeia não seja de primeira linha.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Só faltou um bocadinho ... assim...!



Eu gosto da Briosa. Criança, menino e moço, pela mão do meu tio, ia deslumbrado ao Calhabé ver as grandes equipas da Académica de Toni e Artur, o ruço, Artur Jorge e Rui Rodrigues, Alhinho e Gervásio, os irmãos Campos, o meu conterrâneo Manuel António e Brasfemes. E tantos outros...
O meu saudoso tio, apaixonado pela Académica, tentou, como é normal, passar-me a sua paixão, mas apenas me conseguiu passar uma enorme simpatia pela Briosa. A paixão dediquei-a ao Benfica. Nesta altura, finais da década de 60, início da década de 70, a Académica era a "equipa dos estudantes", e talvez por isso, tinha uma auréola muito especial.
No ano passado vibrei com a sua vitória na Taça de Portugal, mas custa-me ver a Briosa ser uma espécie de apeadeiro de alguns treinadores que ali parece fazerem o seu tirocínio, em jeito de prestar provas para ver se têm estaleca para dar o salto. Foi assim com Vilas Boas, com Jorge Costa, com Domingos Paciência. É assim com Pedro Emanuel. 
E este é um estigma que a briosa Académica não merece. Não merece estar submetida aos fretes que alguns aceitam para mostrar serviço. O que ontem se passou na Luz foi uma vergonha para a história da Académica. Nem um remate à baliza em 90 minutos.
A exibição de ontem devia fazer corar de vergonha os antigos adeptos da Briosa, e faria certamente corar de vergonha o meu tio, se cá ainda estivesse. Quanto ao resto, apraz-me registar que a Académica continua a suscitar grandes simpatias. Só é pena que essas simpatias sejam pontuais e específicas.
Espero, no entanto, que não desça de divisão. Mas uma coisa é certa: ontem, na Luz, "não jogou um caralho"...!!!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

And the Óscar goes to....



Contas feitas, a safra é boa. É certo que o ensaio foi mau, mas como dizem os especialistas em teatro, um mau ensaio dá uma estreia em grande. O ensaio, está visto, foi o que se viu na Choupana. Mau o resultado, más as incidências do jogo, péssima a arbitragem.
Aliás, já que falei em teatro, e agora que estamos em pré-época dos óscares, espero que PP, mais conhecido por Pedro Proença, seja nomeado para melhor actor secundário, pois ele não tem classe para principal.
Julgo mesmo que ele sonhou em pequeno ser vedeta de music-hall e ter tirado um qualquer curso no Actor´s Studio de Nova Iorque. Em pequeno devia assistir deleitado à série "Fame". Viram aquelas expressões melodramáticas. Eu, que nunca frequentei o Actor´s Studio, devo apenas dizer que PP tinha muito que suar para dar um ar mais profissional à sua postura e largar aquelas expressões meio apalhaçadas.
Bem, vamos em frente. E, por falar em óscares, em frente vamos na Liga Europa. Ensaio mau, estreia brilhante. Lá está. As superstições do teatro estão correctas. Óscar, pois então. O nosso Óscar Cardozo, que na Choupana caiu na coreografia de PP, agora, em Leverkusen foi protagonista de um lance de uma beleza plástica fantástica. Do céu, não caiu uma estrela. Não uma mas muitas estrelas passearam classe no Bay Arena, enquanto sobre o palco do jogo caíam flocos de neve, dando uma imagem cénica a um tempo surrealista e épica
Por fim, António Lahoz. Quem???? O árbitro espanhol do jogo Bayer Leverkusen - Benfica. Não sei porquê mas ao ver a sua arbitragem voltou-me a vontade de ter árbitros estrangeiros a arbitrar os melhores jogos do campeonato português. O que é que isto tem a ver com PP? Nada, rigorosamente nada!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Jamor, sempre!

Confesso: adoro o Jamor, o Estádio Nacional, o Estádio Municipal de Oeiras, ou lá como quiserem chamar.  Adoro! Por mim, a final da Taça de Portugal nunca sairia de lá. Vi lá grandes finais. Das quais recordo o hat-trick de Néné ao FCPorto, em 80/81, o golo de César, o brasuca, também contra o FC Porto, no ano anterior, os dois de Diamantino contra o Sporting, o de Fyssas e Simão contra o Fc Porto de Mourinho. E, cereja no bolo, o de Carlos Manuel, contra o FC Porto, em pleno estádio da Antas. Antas? Mas e então o Jamor?
Pois... Depois de uma novela interminável, e duas finais consecutivas perdidas, o FC Porto quis a toda a força ganhar em casa, evitando o campo neutro do Jamor. A novela percorreu todo o Verão e só terminou ia Agosto avançado com o golo de Carlos Manuel.
Estou, aliás, convencido que outra novela se preparava, não tivesse sido o FC Porto eliminado pelo SC Braga. Assim, Jamor aí vamos nós! E, por isso, aplaudo Jorge Jesus, quando em recente conferência de imprensa disse: "Vou dizer bem alto, quero jogar a final da Taça de Portugal no Jamor"! E, por isso, ainda, fiquei satisfeito quando ontem à noite ouvi Rui Santos, no Tempo Extra, da SIC Notícias, afirmar que a decisão da FPF estava tomada: JAMOR! Assim seja!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O dilema é Aimar, não Cardozo...

Mais do que a dúvida de Jesus sobre quem vai acompanhar Lima no ataque ao Braga, amanhã à noite no Axa, o verdadeiro dilema do treinador está na estrutura do meio-campo. A questão central na estratégia do Benfica passa por saber se Pablo Aimar joga ou não de início. E se isso, neste momento, ainda é uma incógnita, na cabeça de Jesus a opção está tomada - se estiver em condições físicas para ser convocado, Pablo Aimar vai entrar de início no jogo da Pedreira.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

1 ou 2 portugas na Luz?

A pouco mais de uma semana do fecho do mercado de Inverno, é tempo para analisar as movimentações de Benfica e Fcporto no que diz respeito a entradas e saídas de jogadores. Aparentemente, parece haver uma estratégia completamente oposta. Enquanto o Benfica está disponível para deixar sair jogadores que ou não cabem na espinha dorsal da equipa, casos de Bruno César e Nolito, ou padecem de enfermidades crónicas, caso de Aimar, o Fcporto aposta no reforço do plantel com as contratações de Izmailov e Liedson.
Acontece que a pressa costuma ser má conselheira, para os negócios e as análises. Dito isto, garantem-me que o Benfica vai contratar um (ou dois) jogador(es) português(es) de características polivalentes, passíveis de fazerem vários lugares na equipa. Podem começar a puxar pela cabeça. Quem serão?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Rui Santos e este blogue: a mesma fonte?

Ontem, no Tempo Extra, da SIC Notícias, Rui Santos (ver link a partir do minuto 70.20) comentava as declarações de Jorge Jesus ao lançar o jogo com o Moreirense de hoje à noite. Quando JJ disse que quanto a saídas e entradas de jogadores era ele que decidia no Benfica, Rui Santos interpretou estas palavras como um sinal de que o actual treinador do Benfica pode assumir (ou acumular) outras funções no Benfica, a médio prazo.
O curioso é que no meu anterior post neste blogue, escrito em 17 de janeiro, termino assim: "Mas, estou certo que o tempo de Jorge Jesus ainda não acabou no Benfica. E, nos próximos anos, até pode vir a ocupar funções um pouco diferentes. A ver vamos…


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

10 razões a favor de JJ


Jorge Jesus deve e vai ficar no Benfica, porque:
1 – Vai ser campeão este ano;
2 – Tem uma autoridade natural sobre o plantel, condição essencial para o sucesso;
3 – É um treinador trabalhador e disciplinador;
4 – Controla o balneário e os egos dos jogadores como ninguém;
5 – Com ele, a estrutura que apoia o futebol está sempre em “alerta vermelho”;
6 – Consegue retirar o máximo das qualidades dos jogadores;
7 – Impôs uma ideia de jogo que vai deixar raízes no futuro, em clara oposição ao tiki taka barcelonista;
8 – Consegue rentabilizar em pouco tempo os produtos da formação, estratégia que face à crise vai ser reforçada;
9 – É um treinador carismático e sempre “on fire”, e isso também é especial;
10 – Perfeita sintonia com o Presidente é aspecto a ter em conta.

Jorge Jesus não é homem de emigrar. Logo, tendo atingido o topo em Portugal, a tendência será para se manter no topo. É certo que os resultados comandam muitas vezes as decisões, mas o mundo mudou, e o mundo do futebol também. Fui o primeiro a escrever, aqui neste blog, que Jorge Jesus vai ser o Alex Ferguson do Benfica. Depois de mim, outros manifestaram a mesma opinião. Eu sei que no futebol português tudo é volátil e o que hoje é verdade, amanhã é mentira. Mas, estou certo que o tempo de Jorge Jesus ainda não acabou no Benfica. E, nos próximos anos, até pode vir a ocupar funções um pouco diferentes. A ver vamos…

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O Benfica contra uma espécie de mini-barcelona

O problema do facebook é que os seus utilizadores mais radicais fazem dele ferramenta para atirarem ao ar umas pequenas frases mais ou menos compostas, umas ideias simplistas e básicas, tipo ao correr da pena, sem muita reflexão. O que vale é a rapidez para ver que descarrega a primeira mensagem. A estupidez é a norma.
O blog, pelo contrário, obriga a uma abordagem mais pensada e mais organizada. Dito isto, não foi para falar de redes sociais que estou a escrever este post, mas não podia deixar de fazer esta introdução face aquilo que tenho lido no facebook sobre o Benfica - Porto de ontem à noite. Na maior parte das vezes, palermices.
O que eu penso: 1 - O empate é altamente lisonjeiro para o Porto. Porquê?; 2 - Porque o Porto consegue 2 golos em 2 falhanços individuais incríveis de jogadores do Benfica; 3 - É certo que o 2º golo do Benfica também resulta de erros grosseiros de jogadores do Porto, mas a jogada que o antecedeu foi uma maravilha de técnica e talento; 4 - O Porto marca um golo de bola parada, e outro em lapso monumental, antes e depois, nada que se visse, nem oportunidades de golo, nem defesas de Artur, nem jogadas com cabeça, tronco e membros; 5 - O Porto controlou o meio campo, em trocas de bola sucessivas e que serviram para congelar o jogo; 6 - O Porto não quis jogar, quis que o Benfica não jogasse; 7 - O Benfica podia e devia ter sido mais pressionante, mas esperou em demasia pelo Porto; 8 - No tipo de jogo que o Porto apresentou, o James não fez falta nenhuma, pelo contrário, face ao desenrolar do encontro, a ausência do Rodrigo foi fatal; 9 - O Benfica esteve sempre mais perto de vencer, como o comprova o lance de Cardozo; 10 - O Porto desde o início que tentou perder tempo, sinal de que o empate era uma grande vitória, o Benfica assumiu o jogo para ganhar mas as circunstâncias foram adversas; 11 - O Porto está a tentar ser um mini-Barcelona, o Benfica está a tentar recuperar a hegemonia do futebol nacional e está cada vez mais perto de o conseguir.

Moral da história: O Porto ganhou o ano passado na Luz com um golo em flagrante fora-de-jogo; ontem empatou com um bambúrrio de sorte. Não sei se as caminhadas a Fátima de Pinto da Costa e Vítor Pereira têm alguma coisa a ver com isto...!!!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Pequenos pormenores que dão títulos

A memória das pessoas é curta, muita curta... Corria o jogo Benfica - D. Aves para o fim quando num penálti a assinalar falta sobre Lima, na área do Aves, um pequeno desentendimento sobre quem marcar o penálti ameaça a "paz de balneário", que Jesus tão bem tem sabido manter e preservar.
Atento, sempre "on fire", Jesus percebeu de imediato que aquele pequeno incidente podia ganhar proporções gigantescas por responsabilidade de uma comunicação social ávida de pretextos. Isto a poucos dias do jogo com o FC Porto.
Um técnico distraído, desprevenido, inseguro e negligente teria encolhido os ombros e pensado para os seus botões, "eles que se entendam". Mas não foi assim: Jesus usou a sua autoridade natural sobre os jogadores e impôs a sua decisão, vista e ouvida no país inteiro: "É o Lima"!
Nolito, pretendente a marcar o penálti, é avisado por Rodrigo, outro dos marcadores de serviço, da decisão de Jesus, a gesticular junto à linha lateral, e logo o espanhol se afasta do lance. Lima encarrega-se da marcação, faz golo, e quem é o primeiro a abraçá-lo? Nolito, pois então! É nestes pormenores que os campeonatos e outros títulos também se ganham.
Há quase um ano, em jogo para a Taça da Liga contra o Moreirense, e com o resultado em 1-1, o Sporting tem um penálti a seu favor, perto do final do jogo. Matias Fernandes, o habitual marcador dos leões, avança para a bola, quando, para espanto do estádio, Bojinov aparece, dá um empurrão no chileno, agarra na bola e marca o penálti. Falha. No banco, Domingos Paciência, sim ele mesmo, olha e encolhe os ombros. E depois, admiram-se...!!!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Para durar


A usual entrevista de Luís Filipe Vieira ao jornal “A Bola” no início de cada ano foi, desta vez, pródiga em novidades. O homem que ocupa a cadeira do poder na Luz há quase 10 anos mostra-se num registo diferente de anos anteriores.
Desde logo, Vieira evita lançar promessas vãs no que a futebol dizia respeito, como era normal no passado. Não que não acredite nos títulos que hão de chegar, se tudo correr como previsto, mas porque já percebeu que essa estratégia não dá frutos. E ele também já não tem necessidade de correr atrás dos votos.
Luís Filipe Vieira tem muitas qualidades de liderança. Uma, nem mais nem menos importante que as outras, é que aprende depressa. A entrevista mostra isso mesmo. Vieira aprendeu a não mais lançar foguetes para o ar e depois, muitas das vezes, a ter que apanhar as canas.
Mas aprendeu mais. O homem das boas contas, do equilíbrio financeiro e da credibilidade, fala com muita propriedade de todos os dossiers do futebol, jogador a jogador, caso a caso, dentro da máxima “o segredo é a alma do negócio”.
É então um Luís Filipe Vieira diferente aquele que hoje se mostra nas páginas de “A Bola”? Não, é um Luís Filipe Vieira igual a ele próprio mas num registo diferente, para muito melhor. Onde se percebe, no entanto, que Vieira é ele mesmo é quando fala com a emoção que as palavras induzem, no museu, nos novos projectos, e na solidariedade que nunca falta no seu discurso: antes era a Fundação Benfica, hoje é a ajuda e o apoio que o Benfica deve dar aos seus sócios e adeptos mais sacrificados com a crise. E também às suas glórias passadas.
Depois de tudo, o que fica é uma ideia: Luís Filipe Vieira está para durar no Benfica. No fim do caminho, que se deseja longo, vai-se contabilizar os títulos e os troféus e, num tempo mais transparente e com mais ética desportiva, ver-se-á que lugar ocupará Vieira no galarim mundial dos presidentes de clubes de futebol. 
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