sábado, 31 de julho de 2010

Rodrigo igual a Raúl, diz a Marca


Rodrigo está "fichado". Aquilo que se adivinhava ficou ontem assegurado: a maior esperança do futebol espanhol, campeão do mundo e da europa, vai equipar de encarnado na próxima época. Do Real Madrid para a Luz, Rodrigo vai deixar muitas saudades no Santiago Bernabéu e fazer crescer água na boca na Luz.
Nos últimos dias, muitos editorialistas da Marca, jornal desportivo espanhol com ligação estreita ao Real Madrid, fizeram pressão para que o clube de Mourinho não deixasse sair o jogador, com o argumento de que estava ali o novo Raúl, o mítico jogador madrileno que, após 16 épocas de "blanco", ingressou agora no Schalke 04.
A 28 de Julho, na edição da Marca, Roberto Gomez, um colunista do jornal, na sua rubrica "Mis balonazos", escreve: "El Real Madrid, segun leo también en Marca, parece que anda buscando sustituto para Raúl Gonzalez. Yo creo que el ideal para suplir al 7 esta en casa: el hispano-brasileno Rodrigo. A punto de marchar-se al Benfica, creo sinceramente que el Real Madrid deberia abortar esa cesion y Rodrigo, cuanto menos, merece la oportunidad de estar en la pretemporada, o lo que queda de ella, a las ordenes de Mourinho".
Se estes editorialistas tiverem razão, e não vemos porque é que não a hão-de ter, Rodrigo vai dar espectáculo na Luz.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Extremos precisam-se

Com a pré-época quase no fim (faltam apenas 3 jogos até ao pontapé de saída oficial com o fc porto, a 7 de agosto, para a supertaça - Feyenoord, Aston Villa (torneio Guadiana) e Tottenham (Eusebio Cup), o que fica é, por um lado, a alta voltagem ofensiva - não são só os golos, são as oportunidades, são os remates, são os cantos, são os ataques -, por outro, a falta que ainda fazem dois alas - esquerdo e direito.
Ontem, contra o Sunderland, foi visível essa lacuna, que fez afunilar o jogo. Gaitán vem muito para dentro; Peixoto tem limitações; Coentrão não pode ser tudo e fazer tudo ao mesmo tempo. Do outro lado, então, o deserto ainda é maior. Ruben Amorim esforça-se por fazer o corredor todo, mas, claro, falta ali Ramires.
Ou seja, falta dar largura ao jogo. O primeiro golo é sintomático: Coentrão centrou quase da linha de meio-campo. Ir ao mercado agora, só para buscar um extremo (ou dois) puro(s) - desde que não saiam Ramires, nem Luisão.
Continuo, porém, na minha: mais um distribuidor para lutar com Aimar, seria ouro sobre vermelho. Para a luta interna, o que há chega e sobra, mas as atenções também estão voltadas para a Champions e, para isso, é preciso um esforcinho mais. Vamos a isso!

domingo, 25 de julho de 2010

Uma máquina goleadora

Este Benfica está uma demolidora máquina atacante. A média de golos nesta pré-época, mais de 3, é sinal de que a equipa quer continuar a honrar as épicas tardes e noites de glória na velha Luz. No ano passado, a produção ofensiva foi exaltada por todos. Esta época, o mesmo não está a acontecer em virtude dos holofotes estarem virados para Roberto.
Nada melhor do que continuar a acertar nas balizas adversárias para retirar pressão ao guarda-redes espanhol. Falemos do que interessa: o Benfica ainda tem gente a chegar, para além dos mundialistas. Os reforços que já estão vão ter a companhia dos reforços que estão para chegar.
Quem achar que o Benfica está a dormir, desengane-se. A época é longa e as lesões aparecem quando menos se espera. Na Luz, o plantel está longe de estar fechado e vão chegar jogadores para todos os sectores da equipa.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ramires, sempre um bom negócio

                                
A eventual saída de Ramires levanta vários problemas a Jesus e ao Benfica. Desde logo o facto de não ser muito vulgar um jogador com as características do brasileiro. Um jogador com uma regularidade impressionante, sempre ao mais alto nível, de rendimento constante num patamar superior, com um capacidade de se movimentar em várias zonas de terreno e de índices físicos altissimos.
Substituí-lo é, assim, uma empresa de tomo.Ramires alia à sua consistência defensiva, um enorme poder ofensivo. E, para além disso, revela um sentido colectivo notável. Para ele, a equipa está sempre em primeiro lugar.
Foi um achado. Estou mesmo convencido que não tivesse o Brasil perdido o seu contributo por causa do duplo amarelo no jogo contra o Chile, e a eliminatória contra a Holanda teria tido uma história bem diferente. Seja como for, o Benfica está limitado neste negócio por um importante detalhe - apenas tem 50% do passe do jogador, pelo que a sua capacidade de impedir a transferência do jogador pode esbarrar na opinião do outro detentor dos restantes 50% do passe.
Do que todos estamos certos é que, a perda desportiva será bem compensada pelo encaixe financeiro, que permitirá, ninguém duvide, ir ao mercado para "pescar" uma grande truta do futebol europeu. Seja como for, Ramires, fique ou não, será sempre um bom negócio para o Benfica.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Roberto é para ficar

Dizia-me um amigo meu, que ontem me acompanhou a Guimarães para ver o Benfica, que Roberto é o nome que se dá aos bonecos de marionetas. Na conversa de final de jogo, todos os caminhos iam dar ao homem que agora ocupa a baliza do Benfica, o espanhol Roberto, olvidando a máquina goleadora em que se está a transformar o Benfica, ainda sem Cardozo, Ramires, Luisão, Coentrão e Maxi.
Eu esforçava-me para defender o portero, mas as minhas palavras esbarravam num evidência: a exibição tinha sido preocupante. Na retina ficou-me também a atitude de Moreira. O jovem (?) guarda-redes português nem por um momento se abeirou de Roberto. No início do jogo, enquanto se encaminhava para o banco de suplentes, Moreira agradeceu os aplausos da bancada, com os bracos no ar.
Depois do intervalo, o guarda-redes português foi o primeiro a regressar das cabines. Enquanto caminhava para o banco, voltou a erguer os braços para a bancada. Sentou-se sozinho no banco de suplentes e aí ficou alguns minutos, só depois chegaram os seus companheiros.
No final, enquanto que Roberto se ia tentando explicar e os colegas procuravam discretamente apoiá-lo, Moreira manteve sempre um distanciamento calculado. Depois do "post" no facebook, em que pedia uma oportunidade. Moreira está a forçar a nota.
Jorge Jesus não tem um, mas dois problemas na baliza. Estou certo que os irá resolver a contento, como bom psicólogo e gestor de balneário que é. Roberto está para ficar e ainda tem mais 4 jogos pela frente para fazer valer a sua categoria: Mónaco, Tottenham, Aston Villa e Sunderland. Depois, vem o fc porto para a Supertaça e, aí, não há perdão possível.

Post- Scriptum: Terceiro jogo, terceiro equipamento. Primeiro foi todo verde, depois todo preto, ontem todo amarelo. Trata-se de alguma superstição?

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Falta + um nº 10

O Benfica tem um "maestro" no banco e no gabinete, mas falta-lhe um outro "maestro" no relvado. É certo que tem Aimar, mas o argentino, apesar do grande início de pré-época que está a fazer, não é homem para durar, durar, durar... E vêm aí a Liga, mais a Champions, mais a Taça, mais a Taça da Liga.
Jesus tem vindo a puxar por Felipe Menezes, mas um jogador que praticamente foi sempre preterido na época passada, ainda não pode dar garantias totais. A hipótese Gaitán mais ao centro traz outros problemas. Perde-se um extremo, que é o único, para já, a poder substituir Di Maria, e não se ganha um nº 10 completo.
É, por isso, que o Benfica continua no mercado e em força. Salta aos olhos que o plantel é muito forte. Existem 2 opções de igual valor para cada lugar. Excepto para um lugar nevrálgico: o de distribuidor de jogo. A falta de mais um nº 10, de dimensão internacional, é a lacuna que é preciso colmatar. Rapidamente e em força. 

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sem "mundialistas" mas com categoria

A pré-época que as 3 principais equipas portuguesas - Benfica, fcp e scp - tem, desde já, um dado curioso. Enquanto que o Benfica goleou o Aris de Salónica, 3º classificado do campeonato grego e que vai disputar a 3ª pré-eliminatória da Liga Europa dentro de cerca de 3 semanas, logo com a preparação muito adiantada; o fcp empata com uns amadores alemães e o scp quase é goleado pelo PSG, 6º classificado do campeonato francês, não propriamente muito exigente e competitivo.
Que conclusões tirar? Uma, pelo menos: o Benfica está forte, coeso e já apresenta um ritmo competitivo assinalável. É certo que em relação à última época, existe uma diferença significativa - a chegada tardia dos "mundialistas".
Mas também é certo que se a equipa, sem Cardozo, Maxi, Coentrão, Ruben Amorim, Ramires e Luisão, já consegue exibir-se a um nível elevado, como será quando estes chegarem? A prova de fogo está já aí, a final da Supertaça, a 7 de Agosto, contra o fcp, em Aveiro.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Força Roberto

Serenamente. É assim que se passam hoje as coisas no Benfica. O “caso” Roberto morreu à nascença. O portero que veio do Saragoça não esteve bem no jogo contra o Sion, mas recebeu o apoio em peso dos companheiros. Mais importante, ou tão importante, foi o apoio e a confiança do treinador.
Este “caso” Roberto, no arranque da pré-época, permite tirar algumas conclusões. A primeira é a de que nada nem ninguém consegue destabilizar o grupo de trabalho do Benfica; a segunda é a de que Jesus disse o que tinha a dizer no momento certo: “Eu sei quem são os melhores”; a terceira é a de que o balneário está forte, solidário e unido. E esse é o primeiro passo para o êxito. O Benfica continua no bom caminho.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Maxi carácter

Maxi Pereira veio para o Benfica, em 2007/08, na mesma altura de Christian Rodriguez - dois uruguaios. O segundo começou desde cedo a mostrar serviço, a dar espectáculo nas alas e tornou-se numa referência de qualidade da equipa. O vedetismo subiu-lhe rápido à cabeça e sem humildade e sem carácter, trocou a Luz pelo dragão.
O segundo andou em bolandas, sem lugar fixo na equipa e, mesmo, sem ter direito a ser titular indiscutível. Nunca se lhe ouviu um lamento, mostrou-se determinado, trabalhador, fiável e profissional. Maxi e Christian, ou "Cebola", continuaram a ser chamados à selecção do Uruguai - invariavelmente titulares.
A época passada, Maxi Pereira fez um campeonato de eleição, agarrou o lugar de lateral-direito, foi campeão e foi chamado pelo seleccionador Óscar Tabarez ao Mundial que se está a disputar na África do Sul. "Cebola" fez um campeonato miserável, não foi chamado ao Mundial e perdeu todo o espaço no dragão.
Hoje, ao final da tarde, Maxi Pereira vai entrar no estádio Green Point, na Cidade do Cabo, com a camisola da "celeste" vestida, para disputar a meia-final do campeonato do Mundo contra a Holanda, um momento único e raro na vida de um jogador. O carácter, a humildade e o trabalho ainda valem muito no futebol.

sábado, 3 de julho de 2010

sporting, filial nº 1 do fc porto

A transferência, parece que confirmada, de João Moutinho do sporting para o fc porto, faz, definitivamente, do clube de alvalade, a filial nº 1 do clube do dragão. Desde que João Rocha abandonou a liderança sportinguista, numa altura em que Pinto da Costa assumia plenos poderes nas antas, que a subserviência do sporting aos ditames do fc porto foi sempre um dado adquirido (com a excepção de Dias da Cunha).
Aliás, Pinto da Costa apostou sempre nesse elo mais fraco para tentar enfraquecer a força hegemónica do Benfica.
Os meus leitores podem questionar-se sobre o que é que isto tem a ver com o Benfica. Nada e tudo. Nada, porque a força, a autonomia e a independência do Benfica face a todos e a qualquer poder é uma marca genética do clube, uma matriz indelével da sua histórica e algo que é perene.
Contudo, muito do que foram os anos obscuros do futebol português, desmascarados pelo Apito Dourado, não teriam tido a gravidade que tiveram, nem as consequências, nem as repercussões, se o sporting se tivesse aliado ao Benfica para lutar pela credibilidade e pela transparência do futebol português.
Sempre me causou alguma estranheza o facto do sporting se ter mantido quedo e mudo face ao Apito Dourado, como se aquilo fosse ficção - mais uma vez Dias da Cunha pregou no deserto. Talvez que ainda ninguém em alvalade se tenha dado conta que esse abstencionismo será o principalmente factor do declínio e da belenensização do sporting. De que esta transferência de João Moutinho é só mais um passo.
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