terça-feira, 24 de setembro de 2013

Jesus Christ Superstar

Ainda estou baralhado. Então o Jorge Jesus fez o quê? Agrediu, ameaçou, coagiu, disse palavrões. E fez tudo isto, a acreditar numa comunicação social que os próprios jornalistas dizem que está descredibilizada.
Eu olho para as imagens, mil vezes repetidas e, se calhar, estou, como Paulo Fonseca, treinador do FC Porto, a precisar de mudar de oftalmologista. É que não consigo ver ali nem agressões, nem ameaças, nem coacção (quanto aos palavrões, só se Jorge Jesus tivesse microfone na lapela).
O que vejo é um homem “on fire”, como se diz na NBA. Mas não é Jorge Jesus sempre assim? E não é por ser sempre assim que gostamos dele e o transformamos num ícone? Jesus afastou, eventualmente empurrou, alguns agentes da polícia para tentar libertar o adepto do Benfica que, esse sim, parecia estar a ser sovado e pisado pelos agentes da autoridade.
Aliás, deixem-me dar este pormenor: se aquilo que Jorge Jesus fez, para alguns jornais e comentadores, foi agredir, então os jogos em Portugal acabavam sem jogadores no relvado. Empurrão? Agressão e expulsão. Safanão? Agressão e expulsão. Etc, etc, etc…

Como diz a canção do Jorge Palma, “deixem-me rir”. Os moralistas do costume gostam sempre de vir a terreiro nestas alturas. Mas, por muito que tentem, nunca podem apagar um passado e uma história de telhados de vidro, e todos quebrados…

terça-feira, 10 de setembro de 2013

E pluribus unum

Que sorte têm os críticos que o Benfica seja um clube democrático.

Chamo-lhes críticos, porque sou tolerante e benevolente.

Noutras paragens, a sua alegre, irresponsável e leviana "irreverência", seria tratada de forma bem musculada.

Bastaram 3 jornadas e é vê-los passear ditos e opiniões com a mesma irresponsabilidade e incompetência com que, alguns, geriram o Benfica e o seu futebol enquanto lá estiveram.

Têm outra vez sorte, porque a memória dos adeptos é curta.

Isto quer dizer que os responsáveis do Benfica, seja direcção, sejam treinador e equipa técnica, seja estrutura, sejam jogadores, é imune à crítica?

Claro que não.

O Benfica, repito, é um clube democrático.

Mas a crítica de que o Benfica precisa quase nunca vem em frases publicadas nos jornais, nas redes sociais ou emitidas nas rádios e televisões.

O Benfica precisa de união e de solidariedade.

O Benfica precisa que os benfiquistas apoiem e ajudem quem levantou o que outros destruíram.

O Benfica precisa de quem continue a obra e não daqueles que só se lembram de deitar abaixo.

Como benfiquista, lamento que alguns dos meus consócios só se exprimam para atacar o Benfica e não canalizem a sua inteligência e tempo para atacar os nossos adversários.

O Benfica não precisa de adversários nem de inimigos dentro das suas fileiras.

O Benfica é dos sócios e eles já expressaram inequívoca e claramente quem queriam a liderar o Benfica.

A campanha eleitoral já terminou há muito.

O Benfica precisa que todos remem para o mesmo lado.

Só assim podemos atingir os objectivos a que nos propomos.

Viva o Benfica!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Para memória futura

E pronto, o campeonato acabou... 
Ontem, após o fim oficioso do campeonato, lembrei-me de Nolito. Lembram-se? O azougado espanhol que esteve duas épocas na Luz e até deixou saudades, quando partiu. Ora, o bom do espanhol está a jogar no seu país, no Celta de Vigo - e a fazer boa figura.
Na pré-época, veio a Portugal com o Celta ao jogo de apresentação do fcporto, no dragão. O Celta, sabe-se, luta para não descer, mas no dragão fez a vida difícil ao fcporto. A coisa só lá foi com um golo 4 quilómetros fora-de-jogo. Mas isso nem foi o mais importante.
Perto do fim do jogo, o nosso Nolito passou como um bólide por um jogador do fcporto, que não fez por menos, afinfou-lhe 4 patadas e, surpresa, nem um amarelo recebeu. No final, Nolito disse que esteve fora de Portugal 1 ano, mas que no que respeita às arbitragens, estava tudo igual.
O Nolito tem razão. Vejamos: 1ª jornada: Marítimo - Benfica: Lima é rasteirado dentro da área - árbitro nada marcou; Setúbal - FCPorto: JMartinez tropeça dentro da área - penálti contra o Setúbal, após o qual Kiesczek envolve-se com Josué, do FCPorto - árbitro apenas expulsa o guarda-redes do Setúbal.
2ª jornada: FCPorto - Marítimo: um dos golos do porto obtido através de uma grande penalidade após falta fora da grande área.
3ª jornada: Sporting - Benfica: golo do sporting em fora-de-jogo, pénalti por assinalar contra o sporting por falta sobre Cardozo; Paços de Ferreira - FCPorto: golo do fcporto obtido de forma irregular. 
E pronto, a conclusão só pode ser uma: o Nolito é que tem razão, em Portugal, no que respeita às arbitragens, a tradição ainda é o que era.
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