segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O menino Rodrigo

Rodrigo é o homem de quem se fala. O jovem jogador brasileiro mas com nacionalidade espanhola já tinha dado boa conta de si contra o Basileia, para a Liga dos Campeões, e contra o Portimonense, para a Taça de Portugal.

Mas os dois golos que marcou, em menos de 15 minutos, contra o Olhanense, para a 9ª jornada da Liga, fizeram voltar todos os holofotes para ele. E aqui é que reside o problema, ou melhor: aqui é que reside a obrigatoriedade de Jorge Jesus e todo o staff técnico e directivo colocarem água na fervura.

O jovem internacional espanhol pode vir a tornar-se um caso sério, mas para já é uma promessa com muito valor e com índices de progressão elevadíssimos. Torná-lo já no salvador da pátria, uma espécie de novo Eusébio em potência, é um erro grave.

O Benfica antes de Vieira foi pródigo em gerar essas expectativas, sempre que um novo e jovem jogador reluzia um pouco mais. Quem não se lembra de Akwá e de muitos outros? Mantorras poderia ter sido esse novo Eusébio, mas a história foi o que foi.

Por isso, vamos com calma e com cautela. Jorge Jesus sabe o que há-de fazer e Rodrigo sabe que para atingir o topo do mundo ainda há um longo caminho de trabalho e humildade a percorrer.

O que ninguém pode esconder é que o Benfica descobriu um diamante que está a ser pouco e pouco lapidado para ser de valor incalculável. Se não houve pressas, se Jorge Jesus tiver a paciência que sempre demonstrou para trabalhar jovens jogadores, se a Rodrigo não lhe subir a fama à cabeça, pode ser que um dia destes Jorge Jesus faça como Bella Gutmann quando chegou Eusébio e exclamou: “Este menino é ouro, é ouro”.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sinais positivos

Em paz consigo e com os outros, o Benfica vai construindo alicerces cada vez mais seguros para solidificar um ritmo ganhador cada vez mais permanente. Estabilidade é a palavra de ordem no interior do clube.

Luís Filipe Vieira sabe que os tempos são de incerteza, mas a sua estratégia garante, à partida, condições ímpares para se manter o rumo e os objectivos. O tempo não está para aventuras e Vieira sabe disso melhor que ninguém.


Uma estabilidade sempre defendida por Vieira e que agora assenta num plantel que dá todas as garantias a Jorge Jesus de êxitos em todas as frente. Na “Casa da Luz” não são precisas cimeiras ao mais alto nível a toda a hora para se resolverem os problemas. Tudo está assente em bases sólidas e credíveis.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O homem sonhou, a obra nasceu



O Estádio da Luz faz amanhã 8 anos. O número de adeptos que ali acorreram para ver os jogos, é impressionante: 9 milhões. Mas, o novo Estádio da Luz tem uma história. Uma história feita de muito trabalho, muita persistência, muito suor, muita persuasão e muito génio empreendendor.
A memória das pessoas é muitas vezes curta e, por isso, é preciso reavivar, lembrar, recordar, sublinhar muitas coisas - uma, duas, três, mil vezes. Todos os benfiquistas adoravam o antigo Estádio da Luz, mas qualquer benfiquista de boa fé percebia que se tratava de um equipamento obsoleto, desactualizado, sem as mínimas condições de conforto e de segurança.
Luís Filipe Vieira e Mário Dias perceberam que o futuro do Benfica passava pela construção de um novo Estádio. Tiveram que ouvir e ler muitos benfiquistas notáveis contra essa ideia, uns por romantismo e outros por ataque à liderança de Vieira.
Apesar de concentrado 24 horas por dia na resolução dos gigantescos problemas do Benfica herdados da gestão anterior, Luís Filipe Vieira apostou tudo na construção do novo Estádio, uma obra fantástica de arquitectura, de design, de funcionalidade e de conforto - e erguida em tempo recorde.
É com a construção do novo Estádio que começa o Benfica do futuro, mas que não esquece o passado Glorioso. Amanhã, os benfiquistas devem cantar os parabéns, sem esquecer quem foram os homens que deram asas ao sonho: Luís Filipe Vieira e Mário Dias, à frente de todos os outros.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Carraça, o disciplinador

António Carraça é uma personalidade sui generis. Ex-presidente do Sindicato dos Jogadores, foi de certa maneira este seu cargo, que assumiu com protagonismo, que o catapultou para o Benfica, há uns anos atrás.

A passagem pelo clube não correu bem e saiu tão discretamente como entrou. Não criou ondas enquanto esteve fora e manteve uma postura de respeito para com o clube, o que não é muito normal nos tempos que correm.

Fez bem e isso valeu-lhe, certamente, o regresso. Veio, pela mão de Luís Filipe Vieira, para exercer algumas das funções de Rui Costa. Claramente, o maestro não estava talhado para o cargo. A sua maneira de ser, o seu estatuto ainda recente de ex-jogador, inibiam-no de exercer a autoridade junto de muitos jogadores do plantel.

Vieira viu bem a situação e, também, decidiu bem. O Presidente do Benfica fez apelo de todas as suas características de líder: não ostracizou Rui Costa, pelo contrário, dignificou o seu currículo chamando-o para junto de si; mas precisava de alguém com outro perfil para acompanhar jogadores e equipa.

O rol de nomes que foram surgindo na imprensa, apenas serviu para alimentar especulações e encher jornais. Luís Filipe Vieira nunca esteve indeciso. Ouviu muita gente, falou com muita gente, mas, por fim, decidiu com grande maestria.

Carraça é o homem certo, no lugar certo. Conhece bem a casa porque já lá trabalhou; conhece bem a personalidade dos jogadores, porque foi presidente do sindicato; é um disciplinador nato e um trabalhador compulsivo, à imagem de Vieira.

Nas actuais funções já teve de fazer valer o seu perfil de disciplinador, com eficácia, em situações que não ultrapassaram os muros do centro de estágio do Seixal, o que também joga a seu favor.

A sua personalidade também tem servido para “aplacar” alguns excessos de Jesus, com vantagens para o treinador, para a equipa e para o clube (a excepção foi Basileia). Uma última nota positiva: António Carraça tem mantido uma postura de discrição. É positivo que continue assim.

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