quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Os reforços que valem...


A pouco mais de 2 dias do fecho do mercado de Janeiro, o Benfica tem razões para estar satisfeito e para sorrir. A venda de Matic, a preços relevantes nas actuais condições de mercado, não trouxe problemas desportivos.
É certo que ainda é cedo para avaliar a dimensão das saudades que Matic vai deixar, mas se forem iguais às que deixou Javi Garcia, estamos conversados.
A eventual saída de André Gomes por 15 milhões é um negócio das arábias. Como se costuma dizer, é tudo lucro. Não porque André Gomes não seja um bom jogador, mas porque os adivinhos sobre aquilo que o jogador vai ser no futuro não servem para estar no futebol mas sim no circo.
Depois, surgem informações de que Salvio está a pouco mais de um mês de regressar. Ou seja, um dos mais influentes jogadores da última época prepara-se para aparecer no momento mais crucial da temporada.
E mais: Cardozo parece estar também completamente recuperado e já deve integrar os convocados para Barcelos, sábado contra o Gil Vicente.
Dois reforços de top, a custo zero. Se isto não nos faz felizes...!!!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Os media, os comentadores e a Benfica TV

O Benfica assinou recentemente mais novos contratos de profissional com jovens da formação. Na ocasião, o Presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, disse uma coisa acertada: "A nossa estratégia passa pelo Seixal". 
O sporting enche a boca com a formação, mas eu ainda não vi passar das palavras aos actos, como vejo no Benfica. Dizem-me, ah mas eles têm muitos jovens na equipa A vindos da formação. E eu digo, ah mas eles na última década não foram uma vez à Champions; ah, mas eles venderam ao desbarato jovens jogadores como CR, Figo, Simão, Carriço, Diogo Salomão, e a lista não tem fim.
Do fcporto é o que se sabe, nem palavras nem actos, a formação é assim uma espécie de Gulag, que os negócios lá é que falam mais alto. O meu problema é só um: porque é que se faz um manto de silêncio sobre a formação do Benfica e se enchem programas a elogiar a formação do sporting?
Porque é que não se diz esta verdade nua e crua?: o Benfica é quem melhor trabalha na formação e o Presidente do Benfica é quem mais tem acarinhado a formação, com palavras e actos... De quem é a culpa? 
Não é, de certeza, da estrutura do Benfica, cujo trabalho ao nível da formação é exemplar; não é do Presidente do Benfica, que tem agitado a bandeira da formação como nenhum outro o fez em Portugal. A culpa é de alguns poucos benfiquistas com espaço público nos jornais, televisões e redes sociais, que só se preocupam a dizer mal, mas nunca são capazes de elogiar quando as coisas são bem feitas.
Não podemos exigir que o resto da comunicação social fale bem de nós, quando alguns "notáveis" nossos não sabem promover o que temos de melhor, e a formação é uma dessas áreas. Se isso é assim, nem gostava de imaginar o que seria se o Presidente do Benfica não tivesse tido a visão estratégica de criar a Benfica TV.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

bruno chega tarde

O sporting, através do seu presidente, bruno de carvalho, veio apresentar um documento recheado de propostas para mudar (para melhor, supõe-se) o futebol português. O documento foi colocado à apreciação dos clubes da I e II Liga e teve muita participação. O palco do debate (se é que houve debate) foi o estádio de alvalade. 
O Benfica esteve presente. Lamento-o. Não porque não se devam discutir as propostas de quem quer que seja para melhorar o futebol português, mas porque o sítio para as discutir teria que ser a Liga ou um lugar neutro, a sala de um hotel, por exemplo.
Aliás, o sporting, o seu actual presidente e a sua actual direcção têm a memória curta. É natural, ainda estão a dar os primeiros passos. Na verdade, o sporting chega tarde e a más horas a esta discussão. Há alguns anos atrás, Dias da Cunha, então presidente do sporting, juntou-se a Luís Filipe Vieira, já Presidente do Benfica, para lutar pela transparência e pela verdade desportiva no futebol português.
O documento então subscrito por Luís Filipe Vieira e Dias da Cunha já continha muitas das propostas que agora bruno de carvalho colocou no papel (ou alguém colocou por ele). Se procurasse bem nas gavetas de alvalade, talvez encontrasse o documento subscrito por Luís Filipe Vieira e Dias da Cunha e teria perdido menos tempo.
No fundo, o que bruno de carvalho quer é mais uns minutos de palco e de televisão. Quer ganhar estatuto e respeitabilidade. No pós-Dias da Cunha, quando era difícil lutar pela verdade desportiva, só Luís Filipe Vieira dava o corpo às balas. Olhava-se em volta e do sporting nada, zero...
Aliás, ainda estou à espera de ouvir bruno de carvalho falar sobre o apito dourado, mas parece que vou ter de esperar sentado. Quanto ao Benfica, espero que da próxima vez imponha que o debate se faça ou na liga ou em sítio neutro. É uma questão de critério...

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Os profetas da desgraça

3 de setembro de 2012 – o campeonato dava os primeiros passos, é certo, mas, quando nada o fazia prever, Axel Witsel, que se tinha tornado uma espécie de menino bonito do Terceiro Anel, dizia adeus à Luz, no último dia de mercado (para a Rússia, o Zenit).
No último dia de agosto, ou seja, 3 dias antes, - o último dia de mercado literalmente, exceptuando o campeonato russo, Javi Garcia, que se tinha transformado numa espécie de base indestrutível de um Benfica que se queria campeão, saía para o Manchester City.
Os que gostam de basquetebol sabem bem o que é um “base” numa equipa. É “soul and heart”. Era isso que era Javi Garcia.
Os que gostam de voleibol sabem o que é um “distribuidor”. É o “core business” de uma equipa, em se tratando de uma “empresa”. Era isso que era Axel Witsel.
Foi o que aconteceu ao Benfica, há 1 ano e 4 meses. Perdeu, de uma assentada, a “soul and the heart” e o “core business”. Perdeu a base, o pilar, o distribuidor, a matéria de que se fazem os sonhos.
O montante encaixado, 70 milhões de euros, justificava todas as areias introduzidas na engrenagem da máquina de futebol que era a equipa principal do Benfica, mas, o Terceiro Anel, intoxicado pelos profetas da desgraça dos jornais, das televisões e das redes sociais, previa um desastre desportivo de monta.
No final da época, sem Witsel e Javi, o Benfica tinha realizado uma das mais entusiasmantes performances desportivas dos últimos anos. Nada tinha ganho é certo. Mas todos sabemos o que foi a história, final da Liga Europa incluída.
É por isso que me rio com satisfação quando vejo o regresso dos mesmos profetas da desgraça, por causa da venda de Matic ao Chelsea. Se calhar os mesmos que disseram e escreveram que tínhamos enfiado um barrete quando o aceitamos na venda de David Luiz. Pois que seja muito feliz Matic. Outros o farão esquecer, mais dia menos dia…

Post-Scriptum: mais 2 profetas da desgraça: Ribeiro Cristóvão e Jorge Batista, comentadores da SIC Notícias. Os dois resolveram zurzir em Jorge Jesus porque fez entrar Ivan Cavaleiro e André Gomes, já o jogo com o Marítimo caminhava para os últimos suspiros. “Isto não se faz a ninguém”, indignaram-se. Pouco tempo antes, José Mourinho tinha feito o mesmo a Matic, no jogo contra o Manchester United. Enfim,  critérios…

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A hora boa

O jogo, os golos, a homenagem a Eusébio. Foi tudo bom e tudo bem feito. Ontem, na Luz, foi um dia grandioso. Repugna-me, por isso, aqueles que se deleitam com os fait divers para atirar pedras a esta Direcção do Benfica - digo mais: a este Presidente do Benfica.
É extraordinário que alguns que nas redes sociais (e alguns que têm responsabilidades naquilo que escrevem porque já foram candidatos às eleições no Benfica) nada digam sobre a vitória sobre o FCPorto (2-0), mas gastem o seu tempo a criticar o facto do Benfica ter protegido a estátua de Eusébio com uma estrutura envidraçada.
O Benfica é muito grande para ter no seu seio mesmo aqueles que só estão disponíveis para criticar, nunca para ajudar ou apoiar. Esta Direcção do Benfica, principalmente o seu Presidente, merece todo o apoio, não nas alturas fáceis, das grandes vitórias (aí é fácil dizer bem de Luís Filipe Vieira, como fazem alguns que passam o ano todo a criticá-lo), mas merece esse apoio nas alturas difíceis, quando a bola bate no poste e não entra ou quando não é marcado um penálti claro a nosso favor.
Aí, aqueles que só gostam de dizer mal, não se lembram do que Vieira já fez e continua a fazer pelo Benfica, e tratam de o acusar de tudo. Temos de ter paciência e compaixão para com estes benfiquistas, porque eles também são o Benfica, mas devemos avisá-los de que não precisamos em nossa casa de quem faça o jogo dos adversários.
Ontem ganhamos. É tempo de bater palmas à equipa, ao treinador e ao Presidente. Mas amanhã, quando não ganharmos é que é preciso estar a dar apoio àqueles que quando o clube estava na bancarrota souberam colocá-lo outra vez na linha da frente do futebol europeu. Os benfiquistas sabem ser gratos nas vitórias e solidários quando as coisas correm menos bem. 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O Presidente e o Rei

As réplicas mediáticas do desaparecimento de Eusébio da Silva Ferreira ainda se fazem sentir, quase uma semana depois da infausta notícia.
Às vezes é preciso deixar assentar a poeira para ver melhor a paisagem. É isso que agora estou a fazer. Escrever apenas quando tudo já parece ter sido dito. É uma vantagem, mas também um perigo, dado que corremos o risco de repetir aquilo que já foi mil vezes dito.
Prefiro correr esse risco a ter de soçobrar à histeria do momento.
Tinha de deixar esta nota sobre Eusébio.
E faço meus todos os adjectivos que ao longo destes dias foram sendo ditos e escritos.
Mas quero sublinhar uma questão que não vi nem ouvi devidamente acentuada.
Mesmo o próprio Eusébio teve alguns baixos ao longo da sua vida desportiva.
E alguns desses baixos tiveram origem no seio do próprio Benfica e na maneira como muitos responsáveis de então não souberam ou não quiseram dignificar o papel do Pantera Negra na História do Benfica.
Costuma-se dizer que depois de morto todos somos "homens bons". Mas, se calhar, o mais importante é saber reconhecer isso em vida. Quase nunca é assim.
No caso de Eusébio, muitas vezes o Benfica não agiu assim.
E é preciso dizê-lo, por ser de inteira justiça e corresponder à verdade, que só com a chegada de Luís Filipe Vieira (e Manuel Vilarinho) ao Benfica é que Eusébio voltou a ter honras de Rei. E isso é importante que fique dito e escrito.
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