quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O Presidente e o Rei

As réplicas mediáticas do desaparecimento de Eusébio da Silva Ferreira ainda se fazem sentir, quase uma semana depois da infausta notícia.
Às vezes é preciso deixar assentar a poeira para ver melhor a paisagem. É isso que agora estou a fazer. Escrever apenas quando tudo já parece ter sido dito. É uma vantagem, mas também um perigo, dado que corremos o risco de repetir aquilo que já foi mil vezes dito.
Prefiro correr esse risco a ter de soçobrar à histeria do momento.
Tinha de deixar esta nota sobre Eusébio.
E faço meus todos os adjectivos que ao longo destes dias foram sendo ditos e escritos.
Mas quero sublinhar uma questão que não vi nem ouvi devidamente acentuada.
Mesmo o próprio Eusébio teve alguns baixos ao longo da sua vida desportiva.
E alguns desses baixos tiveram origem no seio do próprio Benfica e na maneira como muitos responsáveis de então não souberam ou não quiseram dignificar o papel do Pantera Negra na História do Benfica.
Costuma-se dizer que depois de morto todos somos "homens bons". Mas, se calhar, o mais importante é saber reconhecer isso em vida. Quase nunca é assim.
No caso de Eusébio, muitas vezes o Benfica não agiu assim.
E é preciso dizê-lo, por ser de inteira justiça e corresponder à verdade, que só com a chegada de Luís Filipe Vieira (e Manuel Vilarinho) ao Benfica é que Eusébio voltou a ter honras de Rei. E isso é importante que fique dito e escrito.

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