Rodrigo é o homem de quem se fala. O jovem jogador brasileiro mas com nacionalidade espanhola já tinha dado boa conta de si contra o Basileia, para a Liga dos Campeões, e contra o Portimonense, para a Taça de Portugal.
Mas os dois golos que marcou, em menos de 15 minutos, contra o Olhanense, para a 9ª jornada da Liga, fizeram voltar todos os holofotes para ele. E aqui é que reside o problema, ou melhor: aqui é que reside a obrigatoriedade de Jorge Jesus e todo o staff técnico e directivo colocarem água na fervura.
O jovem internacional espanhol pode vir a tornar-se um caso sério, mas para já é uma promessa com muito valor e com índices de progressão elevadíssimos. Torná-lo já no salvador da pátria, uma espécie de novo Eusébio em potência, é um erro grave.
O Benfica antes de Vieira foi pródigo em gerar essas expectativas, sempre que um novo e jovem jogador reluzia um pouco mais. Quem não se lembra de Akwá e de muitos outros? Mantorras poderia ter sido esse novo Eusébio, mas a história foi o que foi.
Por isso, vamos com calma e com cautela. Jorge Jesus sabe o que há-de fazer e Rodrigo sabe que para atingir o topo do mundo ainda há um longo caminho de trabalho e humildade a percorrer.
O que ninguém pode esconder é que o Benfica descobriu um diamante que está a ser pouco e pouco lapidado para ser de valor incalculável. Se não houve pressas, se Jorge Jesus tiver a paciência que sempre demonstrou para trabalhar jovens jogadores, se a Rodrigo não lhe subir a fama à cabeça, pode ser que um dia destes Jorge Jesus faça como Bella Gutmann quando chegou Eusébio e exclamou: “Este menino é ouro, é ouro”.
É na minha opinião um miúdo que apresenta já uma maturidade acima da média, aliando isso à sua velocidade, técnica e capacidade de remate, tem tudo para ser uma referência mundial dentro de poucos anos.
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