Por uma vez, estou de acordo com Vítor Pereira: este
campeonato foi “sujinho, sujinho”. Em dois lances capitais, de dois jogos
capitais, os árbitros erraram contra o Benfica: jogo do Estoril, na Luz, em
fora-de-jogo; 1º golo do Porto, irregular, mais expulsão do jogador do Paços –
melhor era impossível para facilitar a vida aos azuis.
Mas também o carácter de Vítor Pereira, tão endeusado por
alguma comunicação social, em detrimento do de Jorge Jesus, fica posto em
causa. O Vítor “Mr. Hyde” Pereira classificou o campeonato de “sujinho, sujinho”;
já o Vítor “Dr. Jekyll” Pereira acha que este foi o “campeonato mais
espectacular dos últimos anos”.
O treinador do Porto é um homem de múltiplas personalidades,
está visto. No Benfica, o balanço será feito no domingo, após o final da Taça
de Portugal. Mas já se podem adiantar alguns factos: 1 – uma final europeia ao
fim de 23 anos; 2 – uma final da taça de Portugal ao fim de 8 anos; 3 – um campeonato
perdido injustamente pela melhor equipa; 4 – uma equipa de tracção à frente que
deu espectáculo na Europa e em Portugal; 5 – os adeptos fizeram renascer a
mística benfiquista.
A partir destes factos, o futuro só pode ser cada vez mais
risonho e ganhador. Mas, no Benfica, Luís Filipe Vieira ainda tem muito
trabalho pela frente. É certo que a “estrutura” da Luz é hoje muito mais
eficaz, muito mais organizada, muito mais capaz de actuar e reagir de imediato,
quando as circunstâncias o exigem.
Mas, ela, a “estrutura”, ainda está muito dependente da voz
de comando do Presidente. E esta é a “má notícia” para Luís Filipe Vieira. Onde
o líder da Luz vê uma “estrutura” com autonomia para tomar as melhores
decisões, os factos demonstram que os níveis de eficácia dependem da presença
ou da ausência de Vieira.
Se o líder da Luz está presente, as coisas tendem a correr
sobre rodas; na sua ausência, os lapsos às vezes tornam-se fatais. O “caso” do
Estoril é um exemplo paradigmático disto, que apanhou mesmo Luís Filipe Vieira
de surpresa.
Recusando fazer dos árbitros “bodes expiatórios” para o
fatídico desenlace do campeonato, Luís Filipe Vieira vai, nos próximos tempos,
virar-se para dentro para corrigir o que tem de ser corrigido. A sua voz de
comando é fundamental para a conquista da Taça de Portugal.
Ah ah ah E do penálti não marcado a favor do Estoril, ainda com 0-0, não se fala? Não interessa, é? Sujinho, sujinho é tentar arranjar desculpas, ano após ano, para não se vencer...
ResponderEliminarTão tristes sois...
Não há duas sem três... cuidado.
ResponderEliminarFoi evidentemente sujinho, sujinho, sujinho. Não ganhou foi a borrada, percebeste ?!!?!?
ResponderEliminarO problema é que isto vai lá com a bola e com decisões estratégicas, a começar pelas pessoas, pelos técnicos; o resto é eficácia. Os adeptos ganham-se com títulos!
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