segunda-feira, 20 de maio de 2013

Sujinho ou espectacular?


Por uma vez, estou de acordo com Vítor Pereira: este campeonato foi “sujinho, sujinho”. Em dois lances capitais, de dois jogos capitais, os árbitros erraram contra o Benfica: jogo do Estoril, na Luz, em fora-de-jogo; 1º golo do Porto, irregular, mais expulsão do jogador do Paços – melhor era impossível para facilitar a vida aos azuis.
Mas também o carácter de Vítor Pereira, tão endeusado por alguma comunicação social, em detrimento do de Jorge Jesus, fica posto em causa. O Vítor “Mr. Hyde” Pereira classificou o campeonato de “sujinho, sujinho”; já o Vítor “Dr. Jekyll” Pereira acha que este foi o “campeonato mais espectacular dos últimos anos”.
O treinador do Porto é um homem de múltiplas personalidades, está visto. No Benfica, o balanço será feito no domingo, após o final da Taça de Portugal. Mas já se podem adiantar alguns factos: 1 – uma final europeia ao fim de 23 anos; 2 – uma final da taça de Portugal ao fim de 8 anos; 3 – um campeonato perdido injustamente pela melhor equipa; 4 – uma equipa de tracção à frente que deu espectáculo na Europa e em Portugal; 5 – os adeptos fizeram renascer a mística benfiquista.
A partir destes factos, o futuro só pode ser cada vez mais risonho e ganhador. Mas, no Benfica, Luís Filipe Vieira ainda tem muito trabalho pela frente. É certo que a “estrutura” da Luz é hoje muito mais eficaz, muito mais organizada, muito mais capaz de actuar e reagir de imediato, quando as circunstâncias o exigem.
Mas, ela, a “estrutura”, ainda está muito dependente da voz de comando do Presidente. E esta é a “má notícia” para Luís Filipe Vieira. Onde o líder da Luz vê uma “estrutura” com autonomia para tomar as melhores decisões, os factos demonstram que os níveis de eficácia dependem da presença ou da ausência de Vieira.
Se o líder da Luz está presente, as coisas tendem a correr sobre rodas; na sua ausência, os lapsos às vezes tornam-se fatais. O “caso” do Estoril é um exemplo paradigmático disto, que apanhou mesmo Luís Filipe Vieira de surpresa.
Recusando fazer dos árbitros “bodes expiatórios” para o fatídico desenlace do campeonato, Luís Filipe Vieira vai, nos próximos tempos, virar-se para dentro para corrigir o que tem de ser corrigido. A sua voz de comando é fundamental para a conquista da Taça de Portugal.

4 comentários:

  1. Ah ah ah E do penálti não marcado a favor do Estoril, ainda com 0-0, não se fala? Não interessa, é? Sujinho, sujinho é tentar arranjar desculpas, ano após ano, para não se vencer...

    Tão tristes sois...

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  2. Não há duas sem três... cuidado.

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  3. Foi evidentemente sujinho, sujinho, sujinho. Não ganhou foi a borrada, percebeste ?!!?!?

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  4. O problema é que isto vai lá com a bola e com decisões estratégicas, a começar pelas pessoas, pelos técnicos; o resto é eficácia. Os adeptos ganham-se com títulos!

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