A recente qualificação de 3 equipas portuguesas para os quartos-de-final da Liga Europa, levanta várias reflexões/perguntas. A primeira é: onde poderia o futebol português chegar se tivesse dirigentes e árbitros à altura?
A resposta é impossível; a reflexão necessária. Olho para o quadro dos quartos-de-final da Liga dos Campeões e vejo Tottenham, Schalke 04, Shaktar Donetz. A equipa inglesa é inferior ao Benfica ou ao SC Braga? A resposta tem de ser peremptória: NÃO É.
O Schalke 04, que em nada foi superior ao Benfica (antes pelo contrário), na fase de grupos, está, na liga alemã, apenas 3 pontos à frente do Estugarda, que foi cilindrado por 4-1 na anterior eliminatória da Liga Europa.
O Shaktar, que apanhou o Braga desprevenido no primeiro jogo, mas no segundo, em Donetz, já sentiu a capacidade da equipa portuguesa, teria hoje poucas hipóteses de levar de vencida tanto bracarenses como o Benfica.
Onde é que eu quero chegar? Simples: Jorge Jesus não estava a delirar quando apontou a fasquia alta em matéria de Liga dos Campeões. Hoje, qualquer das equipas da Liga Europa caberia no quadro dos “quartos” da Liga dos Campeões.
O nosso problema tem nome e tem rostos: dirigentes e árbitros. Como é possível manter uma novela durante meses para a actualização dos estatutos da Federação, mesmo com o cutelo de sanções graves por parte da UEFA e da FIFA para a selecção e as equipas portuguesas nas provas europeias?
Resposta: irresponsabilidade e impunidade. O Governo, através do secretário de Estado Laurentino Dias, assobiou para o ar, e só não houve consequências mais negativas porque depois de um enxovalhamento da imagem do futebol português no Mundo, foi possível, à última da hora, colocar bom senso nalgumas cabeças (e mesmo assim ainda há coisas por decidir).
Quanto aos árbitros, a reflexão é fácil e documentada: eles são mais responsáveis que vítimas. São muito responsáveis por travar o crescimento da liga portuguesa e também por as equipas portuguesas, às vezes, não irem tão seguras para os desafios europeus.
Os árbitros, a esmagadora maioria medíocre, sobrevive à custa da suspeição, da intriga, do bas-fond, instalado no futebol português. É preciso começar a mudar o futebol português. Para que as equipas portuguesas não apareçam nos quartos-de-final da Liga Europa, mas nos quartos-de-final da Liga dos Campeões – e com frequência.
Temos agora um momento único e decisivo: as eleições para a Federação Portuguesa de Futebol. É preciso remover Gilberto Madaíl. E o Benfica tem de apostar num nome acima de qualquer suspeita; um homem que adora futebol mas esteve sempre longe e fora do “sistema futeboleiro”, inquinado e trapaceiro.
Eu sei que Fernando Seara, competente e idóneo, já se disponibilizou, mas penso que António Bagão Félix é a personalidade melhor colocada para dar ao futebol português a imagem de credibilidade de que ele tanto necessita.
Sim apoio o Dr. Bagão Felix para a presidencia da FPF...mas há um porém...é que normalmente estes organismos, onde a máfia tem poiso, não querem lá homens sérios e honestos.
ResponderEliminarO papa-hóstias para que?...
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