Na “Hora H” revelam-se os mais frios. E a Alemanha sobressai. Dos jogos que vi, dois jogadores ficaram-me na retina: o médio Sven Mende (Estugarda) e o avançado de ascendência turca Samed Yesil (Bayer Lervekusen). O primeiro é um jogador de transições violentas, que geralmente pega no jogo no meio – campo defensivo e, através de passes curtos, rapidamente aparece na zona de alimentação ao ataque. Rápido na recuperação, não perde o equilíbrio, nem a zona que tem de defender. Já o segundo é um matador por excelência. Dois golos ao Equador exemplificam o seu estilo de jogo: desmarcação em espaço reduzido, e potência de remate. Chamam-lhe o segundo “Gerd Muller”!
Fantasia não falta ao Brasil. O jogador mais mediático é Lucas Piazón(São Paulo), uma das últimas loucuras de Roman Abramovich. O jovem segue para o Chelsea em 2012, quando atingir a maioridade. Quem também não deve ficar muito tempo na América do Sul é o dianteiro Adenilson(São Paulo). Capacidade explosiva, e perspicácia na fuga ao fora – de – jogo são atributos de um jogador com um bom “killer instinct”. Deste continente provém outro jogador com muito cartel: Carlos Fierro (Guadalajara) marcou 5 golos em 5 jogos e o seu faro de golo em futebol rápido é muito apreciado em Inglaterra. Arsenal e Tottenham, diz a imprensa, estão na peugada deste diamante mexicano.
Todos os jogadores mencionados actuam em selecções competitivas. No entanto, há algumas pérolas em equipas de menor nomeada. Um deles é deveras reconhecido: Soulemane Coulibaly (Siena), da Costa do Marfim, impressiona pela forma como remata com ambos os pés, ele que é rápido e astuto na hora de finalizar. Contudo, chamo a atenção para outro jogador: Makhstaliev(sem clube) foi o pêndulo da surpreendente selecção do Uzbequistão que chegou aos quartos-de-final. Joga de cabeça levantada, tem boa capacidade de passe curto e longo, e aparece frequentemente em zonas de finalização. Uma das surpresas deste campeonato, ele que está sem clube de momento.
Gil Nunes
Academia de Talentos
ex-olheiro do SL Benfica
Boa noite!
ResponderEliminarAntes de mais, os meus parabéns ao sr. Gil Nunes por esta análise bastante interessante.
Tal como o senhor também tenho seguido com bastante interesse esta competição e há dois jogadores que me têm fascinado:
1- Yesil, da Alemanha que é um verdadeiro matador... tal como referiu;
2- Adryan, do Brazil, que para mim tem sido a estrela da companhia. Marca livres como poucos seniores, finta, passa, remata... enfim é um médio ofensivo com tudo para ser um excelente jogador. O que acha deste jogador? Ele é do Flamengo salvo erro.
Cumprimentos
Sem dúvida uma excelente sugestão: é um jogador que actua de cabeça levantada, com visão ampla do jogo, aliás como demonstra, por informação que recolho e alguns vídeos, no Flamengo.Julgo estar a caminho do Manchester United. Aliás, ele não jogou na meia-final, e o Brasil foi eliminado pelo Uruguai.
ResponderEliminarTendencialmente, as selecções mais jovens praticam um futebol mais ofensivo, típico da idade, e também devido ao facto dos aspectos defensivos serem mais difíceis de apreender nesta fase. Há excepções,como é óbvio, veja-se a equipa do Benfica de sub-17 em termos nacionais.
Serve isto para dizer que, nas camadas jovens, as formações brasileiras tendem a ser contrariadas com alguma regularidade: a habilidade é inata ao jogador, mas também a anarquia táctica, jogo de um só sentido. Foi assim que um Uruguai mais "frio" se qualificou para a final.
Gil Nunes