terça-feira, 31 de outubro de 2006
OBRIGADO, MEU IRMÃO
Tanto Mar I
Chico Buarque - 1975
Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo pra mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
Tanto Mar II
Chico Buarque - 1976
Foi bonita a festa, pá
fiquei contente
'inda guardo renitente, um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
mas, certamente
esqueceram uma semente nalgum canto de jardim
Sei que há leguas a nos separar
tanto mar, tanto mar
Sei também como é preciso, pá
navegar, navegar
Canta a Primavera, pá
cá estou carente
manda novamente algum cheirinho de alecrim
Chico Buarque esteve novamente em Portugal. O “velho” Chico, cantautor de memoráveis canções, como esta que reproduzo, como a “Ópera do Malandro”, como “As mulheres de Atenas”, como “Cálice”, como “O que será, será”, é um ícone intelectual da minha adolescência.
Vi-o na Festa do Avante, em 1976, já a festa estava a murchar. Chico é um carioca que ama o futebol. Ontem, antes do concerto do Coliseu do Porto disputou um animado Portugal-Brasil, com alguns amigos. Saravá Chico. Volta sempre!
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... não é benfiquista, o que só eleva o seu estatuto intelectual!!!
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