“O Eusébio disse que não, que não tinha tempo, por ter de partir não sei para onde, mas dispôs-se a falarmos noutro dia”, apressei-me eu a comunicar por telefone para o Porto, ao director e proprietário do jornal. E o grande Alves Teixeira, que Deus já lá tem e a quem eu faço mais uma comovida vénia, de lá me respondeu, na sua voz mansa mas extremamente persuasiva: “Ó meu caro jovem, você já devia saber que um não do Eusébio vale duas páginas!”.
Daniel Reis, um conhecido jornalista do Sporting, na sua coluna de hoje, em “A Bola”, ao recordar os primeiros tempos de repórter desportivo, então na redacção de Lisboa de “O Norte Desportivo”.
Ainda Daniel Reis, na mesma coluna, com uma outra recordação: “Já Eusébio não jogava seguramente que há mais de uma década e noutros jornais de informação geral, por onde entretanto passei, havia uma ordem explícita, diariamente transmitida ao piquete de serviço depois de a redacção fechar a edição do dia: “As máquinas só param se morrer o papa… ou o Eusébio”.
Porque é que registo estas palavras da autoria do sportinguista Daniel Reis? Porque há quem não entenda o “circo mediático” que se instalou à porta do hospital onde Eusébio se encontrava hospitalizado. É muito simples: há Homens que hão-de viver e morrer com o peso do seu nome.
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