segunda-feira, 18 de maio de 2009

O último jogo de Quique?

Braga – 1; Benfica – 3 (29ª jornada da Liga). Os golos que faltaram contra o V. Guimarães e contra a Académica, ambos na Luz, chegaram e sobraram agora em Braga. O problema é que nos jogos anteriores seriam golos bem mais importantes e mais decisivos.

Ontem, em Braga, a vitória soube bem, mas soube a pouco. Nos tais jogos referidos exigia-se vitórias e golos assim, iguais, como aconteceu no estádio Axa. Quando Quique Flores afirma não encontrar explicações para a travagem da equipa no último terço de campeonato, o que podemos nós, os adeptos, dizer?

Perguntar, talvez: porque não joga sempre assim o Benfica? Será esta equipa do Benfica de apenas jogar bem quando não está pressionada? Se assim é, tal não abona a favor da sua liderança técnica.

Uma equipa de altíssima competição, como o Benfica, tem de ser capaz de se exibir ao mais alto nível quando está pressionada, não o contrário. Foi, por isso, um sentimento paradoxal aquele que me invadiu no final do jogo.

Por um lado, a alegria da vitória, folgada, num dos campos mais difíceis do campeonato; por outro, uma profunda angústia por perceber que esta equipa do Benfica podia e devia ter ido mais além.

Quique surpreendeu, mais uma vez, na arrumação táctica da equipa. Moreira surgiu na vez de Quim, sem explicação aparente, mas provou o gritante equívoco que foi a sua troca por Quim num determinado momento da época.

Depois, o mais regular da defesa, Maxi, surgiu no meio campo, junto a outro dos últimos preteridos, Katsouranis. Valha a verdade que não deu para perceber da eficácia desta “surpresa táctica”, visto que David Luiz, deslocado finalmente para o centro da defesa para colocar Jorge Ribeiro na esquerda, se lesionou muito cedo e tudo regressou à normalidade, com o regresso de Miguel Vítor ao centro e Maxi de retorno ao seu lugar. Uff!!!

Com tudo isto em poucos minutos, a equipa do Braga deve ter-se baralhado por completo, tendo os seus jogadores cometido erros capitais nos dois primeiros golos. Isto sem tirar mérito à capacidade goleadora de Cardozo. (Na verdade custa perceber como se pode preterir de um jogador com esta faculdade ao longo de quase toda uma época). E à capacidade técnica de Di Maria – outro que foi muito mal aproveitado, juntamente com Urreta, que ontem fez um grande jogo.

Mas se Quique teve estes erros (e outros) capitais para a desastrosa época do Benfica, ontem pode dizer-se que se saiu bem do duelo particular com Jorge Jesus, tido como o próximo treinador do Benfica.

Segui de muito próximo este duelo, dada a minha posição no estádio, bem perto dos bancos. O que vi foi um Quique Flores a querer “imitar” Jorge Jesus, e este bem mais contido do que o habitual (talvez a querer passar uma imagem mais de estadista, sentindo que o Benfica obriga a outro comportamento). Foto em www.slbenfica.pt

Ficha de jogo

Estádio Axa (Braga)

Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto)

Benfica: Moreira; Miguel Vítor, Sidnei, David Luiz e Jorge Ribeiro; Katsouranis, Maxi, Ruben Amorim e Reyes; Di Maria e Cardozo.

Golos: Cardozo, Di Maria e Urreta

6 comentários:

  1. Tudo isto de facto é muito previsível!...

    Até se reparmos a campanha que vem sendo feita nos últimos tempo contra o Benfica (eu sei que não se deve dar muita confiança a isso), se na semana passada tinha em vista o treinador e já alguns diziam que já tinh aassinado (houve até quem dissesse que o tinh avisto na Luz) e as centenas de entradas e saídas de jogadores (o Ri-cord até falava que só tínhamos 10 !?! jogadores para o próximo ano), as economices do Cam(e)ilo que anda à procura de protagonismo ou de tacho) e a gora nesta semana tudo indica que o Presidente e uma claque que nem sequer é reconhecida pelo clube, irão encher as páginas dos pasquins durante os próximos dias...


    Tudo isto é de facto... muito previsível!


    Cumprimentos,


    Pedro G.

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  2. Grande banho que o Quique deu ao peneirento Jesus.

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  3. Sou do FCPorto mas acho justo desta vez dar os parabens ao Benfica pela conquista do 3º lugar.

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  4. Sabia-se de antemão, que afrontar o poder tem elevados custos, que a perseguição seria impiedosa, pois bem, ficou à vista de todos essa realidade, uma autêntica batalha de descredibilização do Benfica, com arbitragens muito mais vezes nocivas do que favoráveis, que de certa forma foram contribuindo para que o Benfica ficasse sempre a correr atrás do prejuízo, essa perseguição movida por autênticos tentáculos de um polvo mais vivo que nunca, funcionou muito bem e com a impunidade reinante, a falta de coragem da manipulada comunicação social em denunciar factos concretos e evidentes, não tenho dúvidas, que esse polvo vai continuar a crescer e que o penta será facilmente atingido pelo Porto, pois o Padrinho já definiu esse objectivo e aí de quem desobedeça a tal ordem.
    Por estes motivos, não me espanta que se fale tanto do antes 25 de Abril, pois quem nisso fala, tem a consciência clara, que nessa altura, os criminosos e mafiosos, não só era bem punidos, como eram erradicados da sociedade, enquanto que agora, brincam e gozam com a impunidade da justiça portuguesa, uma VERGONHA.

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  5. ganhámos o jogo mas está-me cá a parecer que se o David Luiz não se tivesse lesionado, o Maxi não fosse para a direita e o Urreta não entrasse que isto não ia ser assim.

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  6. Benfiquista das Ilhas19 maio, 2009 22:36

    Incrivel como esta crónica consegue explicar tudo(inclusive os pontos fortes,pasme-se!!) com a falta de competência do técnico, especialmente num jogo em que ganhámos bem e por mais de um golo. Precisamos de benfiquistas,não de criticos....

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