José Veiga não resistiu a deixar as suas impressões sobre o Benfica, na altura em que partia rumo a Inglaterra, onde o espera o cargo de director-geral do Swindon Town, um pequeno clube da Premier One, a segunda divisão inglesa. O ex-director-geral do Benfica podia ter aproveitado para desejar felicidades à Selecção, que ontem jogou contra a Sérvia, para o apuramento para o Euro 2008, podia falar do novo projecto que vai abraçar e fazer mais luz sobre o Swindon Town, clube estranho para a maioria dos adeptos portugueses, podia agradecer aos sócios e adeptos do Benfica que o defenderam de todas as ofensas e insultos, podia mandar um abraço aos jogadores e desejar felicidades a Camacho, podia elogiar a obra feita de Luís Filipe Vieira e lembrar que o Presidente do Benfica, a quem chamou de amigo, fez um novo Estádio da Luz, colocou o clube na senda das vitórias, e recuperou o ecletismo, podia, sei lá, dizer que os bons profissionauis portugueses, em qualquer actividade, têm de emigrar, como ele, porque este é um país de mesquinhos e invejosos. Podia ter feito tudo isso, o que só lhe ficava bem e fazia jus à nobre atitude que teve em abandonar o Benfica quando os problemas judiciais lhe entraram pela porta da casa.
Mas não. José Veiga, como bom português, apesar de emigrado muitos anos no Luxemburgo, onde foi presidente da casa do FC Porto, optou pelo lado mais mediático: disse que o Benfica tem de ganhar 3 campeonatos em cada 5 anos, e que se isso não acontecer "alguém" tem de assumir as responsabilidades e não atirar as culpas para cima dos treinadores.
Os "descodificadores" do costume apressaram-se a "ler" nestas declarações críticas a Luís Filipe Vieira. Veiga tinha atingido o seu objectivo. Não se sabe qual o futuro de José Veiga no Swindon Town, mas uma coisa é certa, o ex-empresário, se ainda alimentava alguma esperança, fechou de vez as portas da Luz. Lembram-se de Octávio, não se lembram?
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