Quique Flores conferencia sempre com Pako Ayesteran, adjunto e preparador físico, antes de fazer qualquer substituição. A situação é conhecida. As imagens do banco de suplentes do Benfica durante os jogos revelam-nos essa proximidade funcional e dialéctica.
Até aqui, nada de mais. Há treinadores para todos os gostos e feitios. Há-os mais ou menos interventivos; mais ou menos inseguros; mais ou menos individualistas. Há os que gostam de andar permanentemente ao longo da linha lateral, de cá para lá, como Jorge Jesus; os que preferem estar de pé encostados ao banco, como Paulo Bento; os que se penduravam no banco, como Camacho; os que olham o jogo de braços cruzados, de pé, com uma das mãos na cara, como Jesualdo Ferreira. Quique fala com Pako e este faz desenhos para mostrar, no papel, a nova configuração do sistema de jogo (julguei que as suas aptidões e méritos se situassem unicamente no campo da preparação física).
O problema começa quando este diálogo emperra a tomada de decisões que devem ser imediatas. No futebol moderno, as vitórias decidem-se, a maior parte das vezes, em fracções de segundo – o tempo que demora uma decisão.
Na segunda jornada da Liga, na Luz, contra o FC Porto, a entrada de Sidnei para equilibrar a equipa depois da expulsão de Katsouranis, demorou 6 minutos. Uma eternidade. Na altura, a máquina ainda perra do futebol portista não soube aproveitar esta e outras debilidades.
Na Trofa, domingo à noite, a conferência prolongou-se por tempo demais e, enquanto o diabo esfrega um olho, Bynia (o substituído) viu o segundo amarelo e correspondente vermelho. O Benfica ficou a jogar com 10 ainda com 30 minutos de jogo pela frente.
Não me interessa aqui abordar os métodos ou o estilo de Quique Flores no banco. Nem se faz bem ou mal em se aconselhar previamente com Pako antes de tomar decisões (diz o povo que duas cabeças pensam melhor do que uma).
Esta metodologia, chamemos-lhe assim, leva-me a reflectir sobre o papel do(s) adjunto(s) numa equipa de futebol. Parece-me instituída no futebol português a fórmula que permite ao treinador principal escolher os seus adjuntos, que, na maioria dos casos, o acompanham ao longo da carreira – os seus homens de confiança.
Lembro-me que foi por causa de um adjunto que José Mourinho não ficou no Benfica, quando rejeitou a imposição de Jesualdo Ferreira pelo clube. No FC Porto, a regra é que não há regra: Jesualdo já teve Carlos Azenha e agora tem José Gomes.
Quando chegou a Chelsea, Mourinho, que tinha impostos os seus adjuntos no FC Porto, aceitou como braço direito um homem da casa, Steve Clark. E agora no Inter, privilegia outro “nacional”, Guiseppe Baresi.
Voltemos ao Benfica. Quique tem Pako, mas também tem Diamantino e Fernando Chalana, em lugares bem discretos (e Fran Escrivá). E a pergunta que se põe é a seguinte: deve o Benfica continuar a aceitar que o treinador principal traga consigo os seus “homens de confiança”, ou deve caber ao clube a responsabilidade de indicar o adjunto (inevitavelmente, português)?
Voltemos a recuar no tempo e a lembrar quem era o adjunto de Giovanni Trappatoni, no último título de campeão, em 2004/05 – Álvaro Magalhães, esse mesmo. E, porque não, Diamantino?
Até aqui, nada de mais. Há treinadores para todos os gostos e feitios. Há-os mais ou menos interventivos; mais ou menos inseguros; mais ou menos individualistas. Há os que gostam de andar permanentemente ao longo da linha lateral, de cá para lá, como Jorge Jesus; os que preferem estar de pé encostados ao banco, como Paulo Bento; os que se penduravam no banco, como Camacho; os que olham o jogo de braços cruzados, de pé, com uma das mãos na cara, como Jesualdo Ferreira. Quique fala com Pako e este faz desenhos para mostrar, no papel, a nova configuração do sistema de jogo (julguei que as suas aptidões e méritos se situassem unicamente no campo da preparação física).
O problema começa quando este diálogo emperra a tomada de decisões que devem ser imediatas. No futebol moderno, as vitórias decidem-se, a maior parte das vezes, em fracções de segundo – o tempo que demora uma decisão.
Na segunda jornada da Liga, na Luz, contra o FC Porto, a entrada de Sidnei para equilibrar a equipa depois da expulsão de Katsouranis, demorou 6 minutos. Uma eternidade. Na altura, a máquina ainda perra do futebol portista não soube aproveitar esta e outras debilidades.
Na Trofa, domingo à noite, a conferência prolongou-se por tempo demais e, enquanto o diabo esfrega um olho, Bynia (o substituído) viu o segundo amarelo e correspondente vermelho. O Benfica ficou a jogar com 10 ainda com 30 minutos de jogo pela frente.
Não me interessa aqui abordar os métodos ou o estilo de Quique Flores no banco. Nem se faz bem ou mal em se aconselhar previamente com Pako antes de tomar decisões (diz o povo que duas cabeças pensam melhor do que uma).
Esta metodologia, chamemos-lhe assim, leva-me a reflectir sobre o papel do(s) adjunto(s) numa equipa de futebol. Parece-me instituída no futebol português a fórmula que permite ao treinador principal escolher os seus adjuntos, que, na maioria dos casos, o acompanham ao longo da carreira – os seus homens de confiança.
Lembro-me que foi por causa de um adjunto que José Mourinho não ficou no Benfica, quando rejeitou a imposição de Jesualdo Ferreira pelo clube. No FC Porto, a regra é que não há regra: Jesualdo já teve Carlos Azenha e agora tem José Gomes.
Quando chegou a Chelsea, Mourinho, que tinha impostos os seus adjuntos no FC Porto, aceitou como braço direito um homem da casa, Steve Clark. E agora no Inter, privilegia outro “nacional”, Guiseppe Baresi.
Voltemos ao Benfica. Quique tem Pako, mas também tem Diamantino e Fernando Chalana, em lugares bem discretos (e Fran Escrivá). E a pergunta que se põe é a seguinte: deve o Benfica continuar a aceitar que o treinador principal traga consigo os seus “homens de confiança”, ou deve caber ao clube a responsabilidade de indicar o adjunto (inevitavelmente, português)?
Voltemos a recuar no tempo e a lembrar quem era o adjunto de Giovanni Trappatoni, no último título de campeão, em 2004/05 – Álvaro Magalhães, esse mesmo. E, porque não, Diamantino?
Desta vez não concordo com o Pedro, não me parece importante nesta fase debatermos quem é o adjunto que se senta no banco e com quem o Treinador principal se aconselha durante o jogo. Acredito que o papel de cada um dos adjuntos está perfeitamente definido. A situação de agora é a mesma de a semanas a trás em que estavamos em 1º ou em 2º na perseguição ao líder, o Leixões.
ResponderEliminarLembro que apesar de Mourinho ter Baresi como adjunto, não prescinde de Rui Faria, que tal como Pako, também não se limita a vertente física, até porque cada vez mais essa é trabalhada de acordo com o modelo táctico que se pretende.
Sou da opinião que o Benfica deve ter referências na equipa, treinadores-adjuntos que saibam transmitir a exigência que se pretende neste clube, mas não concordo que o clube imponha os seus adjuntos como o braço direito do treinador principal. Dessa maneira dificilmente os treinadores de 1ª aceitariam vir para o Benfica.
Será que Mourinho a vir para o Benfica (sonho!) abdicava de Rui Faria em detrimento de Diamantino ou Chalana?
Não me parece.
Ontem não éramos os melhores e hoje não somos certamente os piores.
Quique falou hoje na conferência de imprensa em processos de Auto-destruição numa alusão ao que viveu em Valência.
Julgo que é importante reflectirmos sobre isto, porque penso que estamos neste processo á anos, por falta de compreensão nossa para perceber que o Benfica para chegar ao topo, seu lugar de direito no futebol Português, tem um caminho a percorrer.
Existe um tempo necessário para o crescimento e maturação do projecto que é esta nova estrutura e filosofia do futebol do Benfica, pelo qual não podemos deixar de passar, com exigência claro, mas acima de tudo com os pés assentes no chão, sem passar das euforias desmesuradas ás depressões em apenas 1 jornada.
Mais IMPORTANTE, continuar a APOIAR a EQUIPA, é nos momentos maus que têm que ser carregados por nós para cima. No final da época faz-se o balanço e as devidas correcções, sempre com um rumo, SER MELHOR (baralhar e dar de novo, já sabemos que não é solução).
Um grande abraço.
Estou confiante que a equipa vai saber responder a este mau momento.
Ora ai esta uma grande questão.
ResponderEliminarO Benfica devia exigir sempre que o adjunto fosse português,quem quer, quer,quem não quer,que va a sua vida.
Um dos problemas é que parece que os jogadores do Benfica não conhecem os adversários e se reparares,os jogadores emprestados pelo Porto são sempre os melhores em campo,por duas razões,recebem incentivos do patrão e o nosso tecnico anda a dormir e não tem atenção a esses pormenores.
Essa é uma questão que à muito venho pensado e discutido aqui com a família. Para mim o grande problema do Quique é a falta de conhecimento do futebol português, das manhas que estas equipas e respectivos treinadores apresentam. Por exemplo o que acho que tramou Ronald Koeman, foi precisamente a falta de conhecimento do futebol português, Koeman ganhou os dois jogos ao Porto pois conhecia a forma de jogar de Co Adriensse pois se assemelhava ao futebol Holandês. Chegamos aos quartos-de-final da Liga dos Campeões sendo eliminados pelo Barcelona que se sagraria campeão.
ResponderEliminarContinuo a pensar que Trapatonni sem Álvaro Magalhães não teria sido campeão, pois para além do conhecimento que fornecia sobre o nosso campeonato, Álvaro era ( e é) um grande Benfiquista e chorava, sorria, gritava mostrava toda a força e raça que nos permitiu chegar ao título em 2005.
Por tudo isto acho que a presença de Diamantino no banco seria essencial.
saudações Benfiquistas
Meu amigo o Quique é um Bluff de todo o tamanho e não vai ganhar o campeonato não tem ditos cujos no sitio.O Suazo marcou dois golos e o Cardoso 5 o Quique deixa o Cardoso no banco acham normal.
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