O homem (na verdade, a “sua” agência de comunicação) que “mandou” há dias um importante jornal escrever em título: “O Sporting já tem o seu Luís Filipe Vieira”, acaba de desistir da corrida à presidência dos leões.
Este é mais um sinal do desnorte do clube de Alvalade. Depois de ter inundado os jornais com notícias e entrevistas (a sua mais acertada decisão foi ter a sapiência para escolher a mais eficaz e conceituada agência de comunicação do país, a LPM de Luís Paixão Martins), Braz da Silva, um desconhecido do grande público, atirou a toalha ao chão.
1ª lição: percebe-se a lógica da LPM, ao querer colar a Braz da Silva a imagem de líder, de fazedor e de mobilizador, de Vieira. Mas, e nem a LPM consegue esse milagre, não é Luís Filipe Vieira quem quer;
2ª lição: Braz da Silva não tem culpa, mas o Sporting paga anos e anos de lideranças frouxas, sem carisma, nem poder de mobilização, nem voz activa face aos problemas do futebol português. Lá está, anunciar que se “quer ser” Luís Filipe Vieira é fácil, difícil é ter a força mobilizadora, a liderança carismática, a voz que nunca vacilou em defesa da verdade no futebol, a energia criadora de projectar e fazer, que é apanágio do Presidente do Benfica;
3ª lição: é preciso coragem para afastar as más companhias, assumir as rupturas e os riscos de enfrentar o “sistema” e o “status quo”. Os presidentes do Sporting dos últimos anos nunca tiveram essa clarividência nem essa coragem. O Benfica também viveu lideranças assim. Mas soube, no momento em que não podia mais falhar, fazer a viragem decisiva que se impunha. O Sporting, pelo que se vê e lê, caminha inexoravelmente para o descalabro.
Moral da história: o Sporting muito provavelmente nunca irá encontrar o “seu” Luís Filipe Vieira – é mais fácil encontrar uma agulha num palheiro.
Eles bem que gostariam de ter um LFV mas fazer ensaios com porteiros de hotel de duvidosa qualidade nem ao mais pintado e rastejante lagarto lembraria.
ResponderEliminarAlô...alô...o Belenenses é na próxima esquina.