quarta-feira, 4 de maio de 2011

A eminência parda

António Garrido é das figuras mais obscuras do futebol português de há décadas. Obscuras no sentido de que nunca gostou de dar nas vistas após ter abandonado a arbitragem há quase 30 anos.

Nunca deu entrevistas, nunca fez declarações de grande fôlego, quase nunca a sua fotografia apareceu nos jornais a partir de 1982, ano em que deixou de arbitrar. Decididamente, Garrido é um homem-sombra, um homem que se mexe nos bastidores.

A grande questão é tentar saber ou perceber porque é que é assim, quando tudo tenderia para o oposto. António Garrido foi um “primus inter pares” da arbitragem nacional durante anos. Foi o “árbitro do regime”, talvez pela sua aureolada competência mas seguramente mais pela sua afamada influência.

Nos idos de 70 e 80 António Garrido era um nome consagrado, sinónimo de desempenhos a raiar a perfeição na arte do apito. Foi o 1º árbitro português a ser escolhido para uma fase final de Campeonato do Mundo, na Argentina 78, e depois foi ao Mundial de Espanha 82, e ainda esteve numa fase final do Euro 80, para além de outras presenças internacionais de relevo.

Por isso, quando deixou as chuteiras e os relvados, Garrido tinha uma enorme e invejável carteira de contactos internacionais. O fc porto, no começo da arquitectura da sua teia de controlo do futebol português, não estava distraído quando o foi buscar para colaborador de elite.

António Garrido foi muito útil ao longo do anos na estrutura do “sistema” que ajudou a granjear muitos títulos nacionais e alguns internacionais pelo fc porto. De Garrido, porém, pouco se continuou a falar. Até que se chega ao “Apito Dourado” e o nome de António Garrido surge nas escutas do mega-processo de corrupção que envolveu o futebol português.

Só quem esteve distraído todos estes anos é que se pode surpreender com esta evidência. Garrido sempre foi omnipresente nestes “esquemas” mas sempre soube dissimular muito bem a sua presença.


Entre os comensais, segundo a “MARCA”, estavam António Garrido e Reinaldo Teles e ainda Pinto da Costa. O presidente do fc porto apressou-se a desmentir que tivesse jantado com os árbitros (mas não desmentiu o jantar dos árbitros com Garrido e Reinaldo), algo que é capaz de ser verdade.
A "MARCA" dedica a este assunto honras de primeira página, arrastando assim a imagem do fc porto e, consequentemente, do futebol português, pela lama do descrédito. Depois da saga do Apito Dourado e das trapalhadas com os novos estatutos da Federação, lideradas pela AF Porto, agora isto... É por estas e outras que António Garrido é a verdadeira eminência parda do futebol português. Até quando?

4 comentários:

  1. Chora bébé chora e vai á procura da taça de Portugal,da Europa,do campeonato ehehehehe

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  2. palhaçadas, mentiras e fait divers. a marca é prestigiada quando escreve coisas que vos convêm, no entanto já foi desmentida pela UEFA e vai levar com um processo em cima.

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  3. Pedrinho

    É tempo de escreveres qualquer coisa, acerca deste assunto.

    Uma vez na VIDA SÊ SÉRIO.

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  4. É com este tipo de falsidades e "tiradas" provenientes de detractores fanáticos com sanidade mental discutível que o FC PORTO se une e fortalece. Ainda não perceberam? A superiodade é tão esmagadoramente evidente que qualquer tipo de argumentação colateral só pode redundar no ridículo e pretender dissipar a época miserávelmente fracassada do benfica. Viva o FCP!!!

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