Lembram-se de Artur Jorge? (que ideia, devem estar a pensar os meus leitores, este gajo agora vir com um gajo que nós não nos queremos lembrar tão cedo). Lembram-se, claro que se lembram - infelizmente!
Artur Jorge foi um grande jogador de futebol, na Académica e, principalmente, no Benfica. Foi dele a invenção do célebre pontapé de moinho.
Por venho hoje falar de Artur Jorge?! Já vão ver porquê...
Repito: Artur Jorge foi um grande jogador de futebol e melhor marcador do campeonato pelo Benfica. Porque é que, então, quando falamos de grandes ídolos e símbolos do Benfica, o seu nome nunca, mas nunca aparece?
Porque Artur Jorge delapidou, como mais nenhum outro, o capital de confiança e apreço que tinha na Luz. Será sempre lembrado pelos piores motivos. Quis, à viva força, ser treinador do Benfica e, na altura, disse que essa era a maior ambição da sua vida desportiva.
Chegou à Luz em 94/95 e, em poucos dias arruinou uma equipa campeã, com Toni. Dispensou Paneira, Isaías, Rui Águas e deixou "fugir" Yuran e Kulkov para o fc porto, entre outras trapalhadas. A Toni também deu com a porta na cara.
A partir daí foi o que se viu. Um quase deserto de títulos e uma travessia do deserto, que tem muitos outros culpados mas que tem em Artur Jorge o homem que mais contribuiu para uma década pouco digna da história do Benfica.
Hoje, o Benfica está muito diferente. Foi preciso muito trabalho e dedicação para recuperar o prestígio, a glória e a senda de vitórias. E um dos vértices do sucesso futuro está em fazer o contrário daquilo que Artur Jorge fez: segurar as nossas jóias da coroa.
A renovação dos contratos com Coentrão, David Luiz e Luisão é sinal de que o Benfica está em boas mãos e no bom caminho. Aprender com os erros do passado também é importante.
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