O Benfica lançou, recentemente, uma revista chamada “Mística”. Título sugestivo e feliz. A “mística do Benfica” é algo intrínseco à própria genética do clube. Muitos tentaram descodificar o que é que isso significava – a palavra Mística. Poucos os conseguiram. Faz parte da “relação íntima” que o Sport Lisboa e Benfica sempre manteve com a sua massa adepta. Vários factores de ordem sociológica, de marketing (como agora se diz) e a defesa de princípios e valores, explicam esse espaço imagético, transcendental, quase que do etéreo, a que, nós, benfiquistas, chamamos Mística.
A origem do clube ajudou: não nasceu em berço de ouro, como o Sporting, nem se fundou nas tradições da burguesia de província, como o FC Porto. Nasceu, em 1904, no seio de homens do povo, invulgares, reunidos na Farmácia Franco, guiados pela visão de Cosme Damião. Clube do povo nasceu, clube do povo é.
A cor do clube ajudou: o vermelho das camisolas, qual papoilas saltitantes na voz de Luís Piçarra, criou uma empatia indestrutível com a esmagadora maioria dos portugueses, gente humilde e pobre.
A defesa de princípios e valores ajudou: dois exemplos de dignidade inultrapassável marcam a história do Benfica. O primeiro quando o clube, na década de 30 (julgo), recusou averbar uma vitória obtida com golo irregular; o segundo quando Joaquim Bogalho, então presidente, afastou Félix, então a vedeta da equipa, por este, ao que rezam as crónicas, ter pisado a camisola do clube.
A mística solidificou-se ao longo dos anos, com as vitórias internas e externas e com uma filosofia, depois interrompida: no Benfica só jogavam atletas portugueses. Ontem, o jornal “Record” falava no “Sport Portugal e Benfica” (ler aqui) – garantindo que a cúpula encarnada vai começar a apostar no mercado nacional. Eis mais uma boa notícia, a juntar à contratação de Makukula … um internacional português. É o regresso da Mística.
A origem do clube ajudou: não nasceu em berço de ouro, como o Sporting, nem se fundou nas tradições da burguesia de província, como o FC Porto. Nasceu, em 1904, no seio de homens do povo, invulgares, reunidos na Farmácia Franco, guiados pela visão de Cosme Damião. Clube do povo nasceu, clube do povo é.
A cor do clube ajudou: o vermelho das camisolas, qual papoilas saltitantes na voz de Luís Piçarra, criou uma empatia indestrutível com a esmagadora maioria dos portugueses, gente humilde e pobre.
A defesa de princípios e valores ajudou: dois exemplos de dignidade inultrapassável marcam a história do Benfica. O primeiro quando o clube, na década de 30 (julgo), recusou averbar uma vitória obtida com golo irregular; o segundo quando Joaquim Bogalho, então presidente, afastou Félix, então a vedeta da equipa, por este, ao que rezam as crónicas, ter pisado a camisola do clube.
A mística solidificou-se ao longo dos anos, com as vitórias internas e externas e com uma filosofia, depois interrompida: no Benfica só jogavam atletas portugueses. Ontem, o jornal “Record” falava no “Sport Portugal e Benfica” (ler aqui) – garantindo que a cúpula encarnada vai começar a apostar no mercado nacional. Eis mais uma boa notícia, a juntar à contratação de Makukula … um internacional português. É o regresso da Mística.
Foto em http://www.slbenfica.pt/
Luís Filipe Vieira pode não ser o presidente perfeito, pode cometer erros e pode fazer muita asneira.
ResponderEliminarÉ ainda mais verdade que ele cometeu um grave erro ao deixar Fernando Santos preparar a Época. Camacho devia ter sido contratado antes, e não depois da 1ª jornada.
MAs tem muito mérito na recuperação do Benfica (em conjunto com Manuel Vilarinho, Domingos Soares Oliveira, Mário Dias, etc... etc...).
Relembro que o Benfica no ínicio da década estava em quase falência, com as contas totalmente desorganizadas, sem amadoras, quase com o estádio fora do euro2004 e com uma equipa de merda.
Na Europa era uma vergonha (Kataklinsman ou Vigo não me saiem da memória) e com os maus resultados chegamos a estar atrás de Boavista e Sporting nos rankings da UEFA (chegando ao nada honrosso 91º lugar).
Hoje o Benfica é um clube diferente. Quem perceba um pouco de Contabilidade, vê que o Benfica está bem financeiramente e que os investimentos que faz (Cardozo, Di Maria, Makukula) são perfeitamente viáveis.
Na Europa o Benfica conseguiu nos últimos 2 anos chegar a QUARTOS DE FINAIS e já entrou no Top 20 do Ranking da UEFA. E com um pouco de sorte consegue ainda este ano ser o melhor clube Português do ranking.
O problema de contratação de Portuguêses eram os Dourados. Mas já se viu que o Benfica consegue neste momento fazer contratações impossíveis para Porto ou Sporting. As influências podem mexer muito mas se o Benfica oferecer uns milhões eles calam e comem.
Um último ponto para o dinheiro que o Benfica investe. Muita gente acha que o Benfica não tem dinheiro para contratar jogadores por milhões de euros.
Mas é totalmente falso. Basta que olhem para as receitas do Benfica e as comparem com as receitas de alguns clubes ingleses como o Portsmouth, o Middlesbrough ou Blackburn Rovers.
Todos estes clubes têm menos receitas que o Benfica e não têm problemas para comprar jogadores de 5-10 milhões de euros.
Se eles conseguem o Benfica que tem as contas equilibradas, consegue também.
O problemas é que muita gente só vê o exemplo dos DOURADOS que gastam todas as épocas 80 e sem venda de jogadores só geram 50. Logo são obrigados sempre a vender jogadores e só podem comprar barato.
A contabilidade... não engana.
Nao gosto de Makukula. Ponto final.
ResponderEliminarMas como jogador do Glorioso, nao irei assobiar se ele nao render, como tantos "benfiquistas". Mas estou inteiramente de acordo em que se volte a ter uma equipa 100% de portugueses. Atençao nada tenho contra os estrangeiros, mas o que nos fêz diferentes e ajudou à Mística, foi o facto de só termos jogadores portugueses. Eu penso que se consegue isso, dizer que é do futebol moderno ter estrangeiros é uma tanga. O Atlético de Bilbao, só tem jogadores bascos, nem sequer do resto da Espanha. E...nao tem publicidade nas camisolas. O seu estádio de nome S.Mamés, também é conhecido por..."Catedral".