Porquê Preud´homme? Sim, porquê Michel, o grande? Foi um grande guarda-redes? Claro que foi, um dos maiores de sempre. Mas não é por isso. Ou, não é só por isso. Chegou à Luz em 1994, depois de ter feito um memorável campeonato do Mundo, nos Estados Unidos, e tendo sido considerado o melhor guarda-redes do Planeta Futebol.
Na Luz, em tempos conturbados, esteve 5 anos, vencendo apenas uma Taça de Portugal, em 1996. É no Benfica que este senhor do futebol mundial acaba a carreira de jogador. Preud´homme deixou saudades. Desde que partiu para a Bélgica, o seu país natal, só se ouviram palavras elogiosas deste cidadão do mundo sobre o Benfica. Não esquecemos isso, Michel.
Conhece como poucos os corredores de poder da UEFA e da FIFA. Não por acaso, foi convidado para presidir à Federação Belga de Futebol. Recusou. Poliglota, "gentleman", habituado ao futebol ao mais alto nível, interlocutor privilegiado das mais altas figuras do futebol mundial, respeitado como jogador, como dirigente, como treinador. Com uma imagem de seriedade, de rigor, de educação, imaculada.
Recentemente, numa curta estada em Portugal para estagiar com o Standard de Liége, que treina, disse, em entrevista ao JN: "Tento desempenhar o meu trabalho com profissionalismo e dedicação. Foi o que fiz quando fui jogador, dirigente e agora como treinador. Há técnicos que, depois do treino de manhã, à hora do almoço já estão em casa. Eu não chego antes das 17/18 horas, porque há sempre coisas para tratar. Acho que numa função destas não pode ser de outra forma".
E sobre Portugal: "Estar aqui, é estar em casa. É o mesmo que sinto quando estou na Bélgica, porque tudo é conhecido. Gosto das pessoas, são gentis e sabem receber bem. Sabe a primeira coisa que peço quando chego a um hotel, em Portugal? Uma bica e os três jornais desportivos, por favor! (risos)".
E sobre o Benfica: "Estive cinco anos no Benfica como jogador e mais dois como director desportivo. A minha relação com os adeptos foi espectacular e adorei a forma como, mais uma vez, fui recebido (...)" (...)"Pessoalmente, tenho pena de não ter sido campeão pelo Benfica. Mas o campeonato português não é fácil" (...).
Post - Scriptum: Tenho recebido e-mails a defenderem a opção Humberto Coelho para director desportivo. É um nome tão válido como o de Preud´homme, e até com características parecidas: grande jogador do futebol mundial, conhecedor profundo dos corredores da UEFA e da FIFA, respeitado e admirado, com imagem imaculada. Porque não Humberto, grande capitão?
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