sexta-feira, 25 de julho de 2008

Dispensas: a 1ª prova de fogo de Quique

Nuno Gomes e Pedro Mantorras: sai um, saem os dois ou não sai nenhum?

O jogo-treino com o Estoril foi apenas um passo na preparação da equipa. O resultado é irrelevante. Entretanto, chegaram mais três reforços. Em boa verdade, mais dois, dado que Urretavizcaya já cá estava a treinar com o plantel. Jorge Ribeiro, para a esquerda e para o meio-campo, e o brasileiro Sidney, para central.
E, segundo Rui Costa, ainda faltam chegar mais 2 ou 3. Talvez Luís Garcia, agora que a saída para o Tottenham está descartada, ou outro avançado “sonante”, como garantiu Quique. Talvez Miccoli… Talvez Simão…
Aguardam-se as dispensas. Com um plantel de mais de três dezenas de atletas ao dispor do treinador espanhol, a saídas serão muitas e vão obrigar a uma gestão cautelosa. Mais do que o jogo com o Estoril, ou o de hoje à noite com o Blackburn Rovers, Quique tem aqui a sua primeira prova de fogo.
É o espanhol que decide, claro, mas há dois nomes que têm que entrar nesta equação: Pedro Mantorras e Nuno Gomes. Não vale a pena esconder a realidade ou atirar os problemas para debaixo do tapete. Não é crível que Quique tenha esse perfil. Então, tem de encarar de frente os “problemas” chamados Mantorras e Nuno Gomes. Julgo mesmo que o arrastar desta situação está a ser prejudicial à estabilidade do plantel.
Com Cardozo, Makukula, mais Nuno Gomes, mais Mantorras, mais Luís Garcia (?), mais Miccoli (?) – alguém tem de sair. Mantorras, todos o sabemos, é um caso mais político que desportivo. Sabe Quique que é assim? Rui Costa explicou-lhe bem o que está em causa?
Dar uma opinião sobre o “caso” Mantorras é algo de muito delicado. Está Mantorras em condições de jogar ao mais alto nível? Para a Selecção de Angola ou para os clubes, como o Braga, que o querem, parece que está.
Logo, julgo que a eventual dispensa de Pedro Mantorras é um erro grave, tanto do ponto de vista desportivo como político. O angolano é mais do que um jogador de futebol, é um símbolo, a “alegria do povo”. Dispensá-lo não será bom para ninguém. Espero não me enganar.
Nuno Gomes é outro “caso”. Diferente. Fez um bom Euro 2008. Mas já perdeu, há muito, o estado de graça que tinha junto dos adeptos do Benfica. Continua a ter muito peso dentro do balneário e é próximo de Rui Costa, mas se chegar uma boa proposta, acho que o Benfica não devia hesitar.
O resto é de mais ou menos fácil equação, porque a “prova de fogo” centra-se nestes dois jogadores. Já agora, uma sugestão a Rui Costa: que os jogadores a dispensar sejam canalizados para clubes amigos. O Benfica tem de começar a retomar o domínio total do futebol português. E essas “pontes” são essenciais.

1 comentário:

  1. Boas!
    Acho um bocado caricato ou até mesmo irreal colocares o Nuno nesse barco.
    Isto porque para mim é assim: O Nuno tem lugar de caras no plantel e se calhar no onze, dependendo de quem venha. O Pedro, infelizmente, não tem lugar em equipa nenhuma que queira ser profissional.
    Pior ainda, o Makukula deve marchar bem à frente de qualquer um deles. Mas isto sou eu.

    Cumprimentos

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