Tivesse Américo Amorim, Belmiro de Azevedo, Ludgero Marques, ou qualquer outro “tycoon” português ou estrangeiro a mesma ideia, ou foi “golpe de asa” (?), de Joe Berardo, e o resultado mediático teria sido o mesmo.
Parafraseando o jornalista Fernando Guerra, em crónica em “A Bola”, o Benfica é demasiado grande para país tão pequeno. Passada a OPA, regressemos ao futebol, afinal o que verdadeiramente interessa.
Fernando Santos não tem outra solução. O próximo campeonato só pode ter um epílogo: o Benfica campeão. Santos sabe disso e não o esconde. Luís Filipe Vieira, que geriu bem o silêncio durante o “episódio” Berardo, já fez o que tinha a fazer: deu a Santos as “armas” pretendidas.
O Benfica regressa, assim, ao trabalho, na próxima segunda-feira, com a casa praticamente arrumada. As continuidades de Luisão e Simão são um extra relevante. As contratações de Cardozo e Bergessio, dão o poder de fogo que faltou no último campeonato. O defesa Marc Zoro, vindo do futebol italiano, tapa, para melhor, as saídas de Ricardo Rocha e Alcides, e é um complemento fantástico de Luisão, Andersson ou David Luiz. Fábio Coentrão é uma grande esperança e pode explodir no próximo campeonato. O regresso de Manuel Fernandes, com a experiência acumulada no exigente futebol inglês, dá mais opções para o meio-campo.
Falta resolver Miccoli e, a meu ver, mais duas contratações – um lateral-direito para concorrer com Nélson, e um médio criativo para ajudar Rui Costa (embora o regresso de Nuno Assis possa colmatar essa lacuna).
Luís Filipe Vieira cumpriu o seu papel. Que Fernando Santos cumpra agora o seu.