O Benfica esmagava quem lhe aparecia pela frente, interna e externamente. Podia ter chegado bem mais longe, se o basquetebol tivesse a importância mediática e económica que tinha, por exemplo, em Espanha.Lisboa era o porta-estandarte dessa fabulosa equipa: Pedro Miguel, José Carlos Guimarães, Steve Rocha, Mike Plowden, Jean Jacques, Henrique Vieira – comandados por Tim Shea ou Mário Palma.
Quando deixou de jogar, ganhando tudo o que havia para ganhar, deixou um vazio que nunca mais ninguém colmatou, nem no Benfica, nem no basquetebol português. Regressou à Luz como dirigente e agora como treinador, para resgatar um título que tínhamos perdido no ano passado.
Carlos Lisboa tem o talento, o carisma, a competência e a mística dos ganhadores. É um líder nato. Só quem nunca o viu jogar pode agora tentar manchar uma personalidade enérgica, vibrante, impulsiva, mas sempre dentro dos limites da dignidade.
O genial triplista estará sempre na primeira linha dos maiores fenómenos desportivos que este país já gerou. E orgulhamo-nos de ter como referência alguém que foi um atleta de excepcionais aptidões e é um treinador com a auréola dos campeões. Obrigado Lisboa!