Duas entrevistas em prime-time, em duas estações de televisão (SIC e RTP), no mesmo dia e à mesma hora. Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa, dois presidentes, dois clubes, dois estilos. Dois jornalistas credenciados, também. Mas, paradoxalmente, um único tema: o Benfica.
Vieira falou do Benfica para os benfiquistas. Recordou o processo de retirar o Benfica do caos em que tinha caído. Um caminho que durou anos, tal o estado lastimoso do clube. Mas nesse caminho construiu-se um estádio novo, um centro de estágio, muitas infra-estruturas, credibilizou-se o clube com o pagamento de dezenas de milhões de euros de dívidas e equilibrou-se as contas.
O Presidente do Benfica falou da sua obra e da obra de todos os benfiquistas. Falou do Benfica, o que lhe interessa e o que interessa a nós, sócios, accionistas, adeptos. Falou da nossa instituição, da nossa casa, do nosso glorioso clube – do passado, do presente e do futuro.
Falou com serenidade, com elevação e com convicção. Sublinhou que o Benfica é dos benfiquistas, cuja quotização tem um papel decisivo na vida do clube. Falou do nosso/dele clube e foi para isso que estivemos a ouvi-lo com atenção.
Na RTP, o presidente do fc porto falou do… Benfica. Destilou ódio e ressentimento. Revelou ressabiamento e lançou ameaças. Preferiu a má educação ao civismo. Para quem tivesse dúvidas, ficou patente que enquanto Luís Filipe Vieira pensa no Benfica mas também na credibilização do futebol português e na sua viabilidade futura; o presidente do fc porto privilegia, como sempre, a guerra, o ódio, a divisão. Para quem tivesse dúvidas, as entrevistas de ontem á noite mostraram que o Benfica tem um líder que merece a nossa admiração, respeito e confiança.