Esta pré-época tem sido atípica. A euforia que geralmente tomava conta dos adeptos, muito por culpa de uma comunicação social que exacerbava as nossas contratações e os nossos resultados, para estar arredia, desta vez.
É bom que assim seja. E, no entanto, os resultados parecem animadores, à excepção do 3-1 com o PSV. O jogo com o Real Madrid, apesar da goleada, serviu para manter a moral a níveis aceitáveis, mas, mesmo assim, não parece ter contagiado, por aí além, a malta.
Repito: é bom. O momento nacional não é para euforias, mas o momento do Benfica requer cautelas e caldos de galinha. Como disse o Presidente do Benfica a este blogue, "o mundo mudou, o mundo do futebol mudou e o modelo de negócio vai ter de mudar". Nada mais certo.
É por isso que quando se diz e escreve que o Benfica está mais atrasado do que os outros dois concorrentes porque tem mais indefinições no seu plantel, isso apenas ajuda a explicar que se está a fazer uma gestão cuidada, sensata e rigorosa.
Axel Witsel vai embora por 40 milhões? Abençoado negócio e abençoado comprador. Falta um lateral direito e mais um lateral esquerdo? Há-de vir gente com capacidade e competência para envergar a camisola do Benfica. E há uma equipa B pronta a socorrer a A quando isso for preciso.
Gaitán está de partida? Venham mais umas dezenas de milhões e estaremos reconhecidos ao argentino pelo seu génio. A questão, neste momento, passa por não ir atrás de quimeras e de ilusões voláteis como o vento. O Benfica e a sua solidez estão primeiro. Para que ao virar da primeira esquina não se tenha de acabar com o basquetebol ou que se tenha de vender ao desbarato para salvar a pele.