quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O papel de Moniz


A poucos dias de se saber se o Benfica terá um lateral-esquerdo de raiz e quem será o candidato que o Grupo da Luz vai tirar da cartola para as eleições de Outubro – qualquer nome que não seja o de Bagão Félix, Mira Amaral o Domingos Piedade significa uma 4ª escolha e um profundo fracasso na estratégia de disputar palmo a palmo os votos com Luís Filipe Vieira – uma coisa ficou a saber-se, desde já, vamos ter um novo “ponta de lança”.
Chama-se José Eduardo Moniz e foi Vieira quem o trouxe pela mão para assinar contrato. O nome tem selo de garantia e qualidade e promete fazer correr muita tinta. Para já a discrição é a palavra de ordem, porque os tempos não são para mostrar o jogo todo.
Certo, certo é que enquanto uns se entretêm em jogar à bisca lambida, Vieira garantiu já um às de trunfo, que irá, a seu tempo, dizer ao que vem. Aliás, o papel que estará reservado a Moniz neste processo eleitoral será um dos assuntos fortes da campanha.
O “Mr. Televisão” não será um actor secundário. Um lugar na administração da SAD, com a responsabilidade de gerir o dossiê dos direitos televisivos e de retirar todas as potencialidades das várias plataformas comunicacionais ao serviço do Benfica, maxime a Benfica TV, será, tudo o indica, o papel que lhe estará reservado.
Depois de ter sonhado com a cadeira do poder na Luz, Moniz deixou-se seduzir pelo projecto que Vieira tem para o Benfica do futuro. Enquanto Jorge Jesus espera pelo reforço do plantel, Vieira parece apostado em construir uma equipa dirigente de luxo. Em tempo de vacas magras, contratar um homem como Moniz que gosta de jogar com o melhor baralho, é uma jogada de mestre.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Duas ou três coisas (que ainda não foram ditas) sobre o "caso" Luisão


Depois de um empate que mantém a tradição de não ganhar na 1ª jornada do campeonato, o Benfica percebeu, ontem, que tem tudo para ganhar este campeonato, desde que não dê, como também é tradição, tiros nos pés.
O problema é que a pouco mais de 2 meses das eleições, os tiros nos pés são uma atracção irresistível para alguns benfiquistas. A esses, um conselho básico para as semanas que se avizinham: se um nosso adversário (ou inimigo) assumir uma opinião, a nossa obrigação é ter uma opinião oposta.
Acefalismo? Acriticismo? Não, inteligência. O “caso” Luisão foi paradigmático a este respeito. Quais virgens ofendidas, alguns dos nossos adversários (ou inimigos) vieram a terreiro lançar campanhas (ou cruzadas cobardes, como disse e bem Luís Filipe Vieira) contra o Benfica, o seu capitão de equipa e os seus dirigentes.
Infelizmente, alguns benfiquistas foram na onda e deixaram-se intoxicar. Felizmente, Vieira não anda a dormir e, embora não tenha ficado agradado com o episódio, defendeu como líder do clube um dos seus mais emblemáticos jogadores.
Era o que faltava que assim não fosse. Queriam que Vieira fizesse o jogo do nosso adversário (ou inimigo)? Queriam que fragilizasse o nosso capitão e em consequência toda a equipa? Aqueles que, no nosso seio, defendem o politicamente correcto, defendem que o Benfica devia ter censurado o comportamento do jogador, ou são pouco inteligentes (não é o caso de Bagão Félix, nem de Leonor Pinhão), ou nunca foram nem serão líderes na vida, ou são pura e simplesmente “infiltrados” ao serviço do nosso adversário.
Aos benfiquistas, sugiro esta reflexão: terá Vieira já falado em privado com Luisão, demonstrando-lhe todo o seu apoio, embora lhe pedindo mais cuidado daqui para a frente? É que os abutres espreitam e só a união nos pode levar ao título.

sábado, 18 de agosto de 2012

A idade dos génios!


Tinha decidido fazer este pequeno “break” de férias para escrever algumas coisas sobre o “caso” Luisão, depois de ter lido e ouvido nos últimos dias as mais delirantes interpretações sobre o episódio de Dusseldorf, com a agravante de algumas terem surgido da parte de pessoas que tenho por inteligentes, como Bagão Félix e Leonor Pinhão.
O problema é que neste intervalo surgiu o Benfica – Braga. O resultado vale o que vale, o problema é mais grave e mais profundo. Começo por dizer que o cérebro de Jorge Jesus deve ser imediatamente colocado ao serviço da ciência, quando o treinador do Benfica dele não precisar mais – o que se deseja daqui a muitos e muitos anos.

Já não bastava a delirante opção por Emerson quando todos viam a sua inépcia como lateral-esquerdo, com as consequências que todos sabemos. Agora o desvario recaiu sobre Melgarejo, um jovem com potencialidades atirado às feras.
Da interminável lista de potenciais laterais-esquerdos que surgiu diariamente nos jornais, nem um acabou na Luz, quando se via à distância a necessidade de colmatar aquela lacuna. Pelo contrário, Jesus resolveu virar as atenções para Salvio, quando o lugar já estava mais que preenchido, com opções no mínimo equivalentes. Dos milhões de Salvio, não sobrou nada para o lateral-esquerdo, Jorge Jesus? Vá lá a gente entender os génios!!!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Resposta ao Bruno Carvalho

O Bruno Carvalho, ex-candidato à Presidência do Sport Lisboa e Benfica, brindou-me com um texto no facebook (lá está...!!!) (ler aqui) a propósito de um outro texto que eu tinha escrito no meu blogue (e que pode ser aqui consultado).
Utilizando a técnica do Bruno Carvalho, vou rebater, ponto por ponto, as suas ideias:

1º A Benfica TV é um projecto inovador e pioneiro, que outros clubes tentam atabalhoadamente copiar. Costumo ver a Benfica TV e apesar de não concordar com algumas das coisas que são emitidas, parece-me um espaço de liberdade e, principalmente de benfiquismo, de benfiquistas para benfiquistas. O seu sucesso está na expansão do canal para outros espaços lusófonos;
2º A Benfica TV não está ao serviço de ninguém, apenas do Benfica e dos benfiquistas. O canal não é nenhum projecto político, nem de poder, pelo que, segundo uma linha editorial que apoio, não deverá nunca servir para por benfiquistas contra benfiquistas;
3º O voto electrónico é uma manifestação de modernidade. Quem tem dúvidas da legalidade dos actos, deve recorrer para os locais próprios. Aliás, que eu saiba, todos os candidatos têm direito a nomear delegados para acompanhar o acto eleitoral. Parece-me estranho quem tanto gosta do facebook para divulgar mensagens e depois contesta o voto electrónico. Se calhar o melhor era regressarmos ao tempo do voto por pombo correio;
4º Quem sou eu para contestar a estratégia de campanha do Presidente do Benfica. Quanto ao resto, já vi e ouvi bem pior em muitas das campanhas eleitorais que acompanhei;
5º Os estatutos do Benfica foram apresentados, debatidos e votados em Assembleia Geral (e, que eu saiba, não foi por voto electrónico!). A democracia é uma chatice!;

Nota Final: Tenho a certeza que o Grupo da Luz tem "pessoas de bem, que discutem com elevação, com democracia, discordando e concordando". O que me parece é que também há lá pessoas que não discutem com elevação. Mas, enfim, o Benfica é tão grande, tão grande, que tem de haver de tudo.

Um abraço Bruno.



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