A poucos dias de se saber se o Benfica terá um
lateral-esquerdo de raiz e quem será o candidato que o Grupo da Luz vai tirar
da cartola para as eleições de Outubro – qualquer nome que não seja o de Bagão
Félix, Mira Amaral o Domingos Piedade significa uma 4ª escolha e um profundo
fracasso na estratégia de disputar palmo a palmo os votos com Luís Filipe
Vieira – uma coisa ficou a saber-se, desde já, vamos ter um novo “ponta de
lança”.
Chama-se José Eduardo Moniz e foi Vieira quem o trouxe pela
mão para assinar contrato. O nome tem selo de garantia e qualidade e promete
fazer correr muita tinta. Para já a discrição é a palavra de ordem, porque os
tempos não são para mostrar o jogo todo.
Certo, certo é que enquanto uns se entretêm em jogar à bisca
lambida, Vieira garantiu já um às de trunfo, que irá, a seu tempo, dizer ao que
vem. Aliás, o papel que estará reservado a Moniz neste processo eleitoral será
um dos assuntos fortes da campanha.
O “Mr. Televisão” não será um actor secundário. Um lugar na
administração da SAD, com a responsabilidade de gerir o dossiê dos direitos
televisivos e de retirar todas as potencialidades das várias plataformas
comunicacionais ao serviço do Benfica, maxime a Benfica TV, será, tudo o
indica, o papel que lhe estará reservado.
Depois de ter sonhado com a cadeira do poder na Luz, Moniz
deixou-se seduzir pelo projecto que Vieira tem para o Benfica do futuro. Enquanto
Jorge Jesus espera pelo reforço do plantel, Vieira parece apostado em construir
uma equipa dirigente de luxo. Em tempo de vacas magras, contratar um homem como
Moniz que gosta de jogar com o melhor baralho, é uma jogada de mestre.