quarta-feira, 30 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
Contra o cacete, marcar, marcar...
Foi uma das grandes surpresas da última Liga e tudo indicava que este ano podia repetir a proeza. Puro engano. José Mota é um dos bons treinadores portugueses, mas está a perder o pé.
Ontem, na Luz, mandou os seus jogadores entrarem no relvado com um pau em cada mão. Já aqui tenho alertado para o massacre que as pernas de Di Maria e de Pablo Aimar, principalmente, têm sofrido em cada jornada.
Contra o Leixões foi de mais. Percebe-se mal que os leixonenses têm terminado a partida com 9 jogadores em campo. Com um árbitro menos condescente, talvez que o jogo tivesse terminado mais cedo (como se sabe com 7 jogadores o jogo acaba).
Ainda bem que isso não aconteceu. Pudemos usufruir da genialidade de Aimar, de Di Maria, de Ramires, de Cardozo. O Benfica fez um jogo inteligente. Aliás, se nos primeiros minutos a bola tem entrado na baliza do Leixões depois de livre de Di Maria, podíamos ter assistido a uma goleada de maiores proporções.
O Benfica sabe que agora os adversários colocam um autocarro à frente da baliza. O Leixões fez o mesmo que o Marítimo. Talvez pensando no jogo de 5ª feira com o AEK, na Grécia, para a Liga Europa, alguns jogadores do Benfica mostraram alguma ansiedade para resolver cedo a partida.
Jesus é que não está pelos ajustes e obriga-os a correr os 90 minutos. Com JJ não há gestão de esforço. A saída de Javi Garcia para a entrada de Fábio Coentrão, mostra que o treinador tem sempre as bolas dentro da baliza do adversário no pensamento.
Quim e a defesa foram meros espectadores. No entanto, há a salientar César Peixoto, que fez uma assistência para golo e leva a bola sempre até à linha de fundo. Há quanto tempo o Benfica não tinha um defesa-esquerdo assim? E Maxi? Vindo de uma lesão, o uruguaio veio melhor que nunca e continua um defesa goleador.
Mais à frente, falta adjectivos para elogiar tanta qualidade. Aimar, regressado à selecção da Argentina, mostrou mais uma vez a sua genialidade. Saviola esteve uns furos abaixo, mas é sempre fundamental. Di Maria é Di Maria, um one man show. Cardozo é um goleador à moda antiga e começa a fazer história na Luz (pode ser o nosso Jardel). Ramires é um caso de talento invulgar – é impossível imaginar quanto dinheiro vai valer no futuro.
Homem do jogo: Cardozo
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Os primeiros 100
Nos trabalhos jornalísticos que têm sido publicados há de tudo: comparações com Quique, análises aos jogos disputados, relevo para a onda vermelha. Retive dois pormenores: Jesus assinou por Jorge Mendes e está a aprender inglês para dar o salto; o seu contrato inclui prémio de vitória na “Champions”.
O diário desportivo espanhol “Marca”, de Madrid”, já o comparou a José Mourinho. Tudo isto é bonito e enternecedor, mas espero que Jorge Jesus não se deixe embalar por estes cantos de sereia.
Sei que vai continuar a ser o mesmo Jesus de sempre. Um homem que é um autêntico “self made coach”, que começou por baixo e que subiu até ao topo com muito trabalho, muito suor, muitas lágrimas.
Não recebeu nada de mão beijada. É um homem do futebol, genuíno e autêntico. É por isso escusado tentarem desestabilizá-lo acenando-lhe com miríficos destinos. O seu destino é ser campeão no Benfica e, depois, campeão europeu – ele próprio assumiu este objectivo pelo próprio punho.
Além de que, estou certo que Jorge Jesus não tem o espírito de emigrante. É um típico português, com defeitos e virtudes, mas com a cabeça bem no sítio e os pés bem assentes na terra.
Está na idade certa para começar a ter o retorno devido por uma vida dedicada ao futebol português: os títulos que lhe faltam vão começar a cair-lhes no bornal. Ele merece-os como ninguém.
Não vai trocar o certo pelo incerto. Está junto dos seus (e sabe-se como é um homem de família), no país que calcorreou de lés a lés em nome do futebol, no maior clube português e num dos mais míticos clubes mundiais. Chegou ao topo.
Jorge Jesus veio para ficar. A Luz é a sua casa por muitos e bons anos.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Água mole em pedra dura
Mini em quantidade mas igual em apoio, em entusiasmo, em paixão. O encontro, num terreno de um adversário ainda invicto, era complexo. Mais ainda, depois de uma jornada europeia. O desgaste físico e emocional deixa sempre sequelas.
Os jogadores, apesar de profissionais, são seres humanos, e a camisola do Benfica tem sempre um acrescido peso. Acresce que o jogo de Leiria surgiu após uma derrota do FC Porto, em Braga.
É sabido que a tradição dos últimos anos evidencia que o Benfica quase nunca soube aproveitar os deslizes do seu maior rival. Défice mental? Pressão insuportável? Talvez. Ontem, pelo contrário, os jogadores fizeram saber que a tradição já não é o que era.
Jorge Jesus apostou em Keirrisson, em detrimento de Cardozo. O paraguaio quase não treinou em virtude de uma lesão contraída no jogo com o BATE Borisov. Apesar de apto, Jesus gosta de ter todos a 100%.
Keirrisson podia ter sido feliz, mas não foi. O brasileiro tem tudo para ser uma estrela, mas nota-se ainda alguma ansiedade. Teve o 0-2 nos pés, mas foi macio de mais. Jesus vai ter de obrigá-lo a trabalho específico e a evolução de Keirrisson vai passar muito pela paciência que Jorge Jesus possa ter com ele.
Shaffer substituiu César Peixoto. E foi consistente, tanto a defender como a atacar. Ramires começa a sofrer pelo facto de ser já uma estrela, assim como Di Maria. O brasileiro foi colocado ko por uma entrada violenta e Jesus resolveu poupá-lo para novos compromissos.
A equipa mostrou raça, crença, vontade – a massa de que se fazem os campeões. Num relvado impróprio para consumo, o que originou que, muitas vezes, o último passe não saísse, ninguém virou a cara à luta.
O penálti? Claro como a água. Quem o contesta ou é burro, cego ou desonesto. Para além de que muitos não têm sequer autoridade moral para o fazer. A onda vermelha está imparável.
Homem do jogo: Javi Garcia
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Bate leve, levemente...
Benfica – 2; Bate Borisov – 0 (1ª jornada da Liga Europa – fase de grupos) No dia em que foi considerado pelo jornal desportivo de Madrid, “Marca”, como o novo José Mourinho, Jorge Jesus voltou a demonstrar ser o melhor reforço da época no Benfica. Na primeira jornada da Liga Europa, fase de grupos, o encontro com o Bate Borisov, da Bielorússia, encerrava perigos vários.
O adversário, ao contrário do que alguns quiseram fazer crer, está longe de ser um ilustre desconhecido. No ano transacto andou pela Liga dos Campeões e, na memória, ainda está o nulo que impôs ao Real Madrid.
Jesus sabia que tinha de mexer na equipa. Com este desafio emparedado por duas jornadas da Liga portuguesa, e logo jogos fora de casa (Belenenses e Leiria), o treinador do Benfica promoveu à equipa principal o novel reforço brasileiro de última hora, Felipe Menezes, lançou a titular, pela primeira vez, Nuno Gomes, apostou em Maxi, recuperado e a precisar de minutos, e entregou a baliza, também pela primeira vez, a Júlio César. No banco ficou Saviola, fora da convocatória ficou Aimar.
Tudo correu quase como previsto. Para ter sido mesmo, mesmo, perfeito só faltou mais alguma eficácia na concretização, tal o número de oportunidades criadas. Mas na retina fica a classe, o talento e a qualidade técnica de Felipe Menezes – um nº 10 que vai fazer furor; a entrega e a importância de Nuno Gomes, autor de um golo, o outro foi de Cardozo; e a excelência de Júlio César, protagonista de um punhado de brilhantes defesas.
O resultado peca por escasso, mas o essencial está garantido: 3 pontos e uma gestão dos recursos humanos cirúrgica e cientificamente correcta, já a pensar em Leiria, em mais uma invasão vermelha e num grande jogo de futebol. Assim vale a pena ir ao estádio.
Homem do jogo: Ramires
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Jesus à frente de Jesualdo
Jesus melhor que o tricampeão Jesualdo
por GONÇALO LOPES (DN/Desporto)
Treinador do Benfica tem feito o melhor trabalho na Liga, comparativamente a todos os outros colegas. A sua equipa também é considerada favorita.
A onda de euforia em redor do Benfica neste início de campeonato fez-se sentir no primeiro Termómetro Desportivo da época efectuado pela Eurosondagem. Os inquiridos dizem mesmo que o melhor treinador desta Liga é Jorge Jesus (40.6%), timoneiro dos encarnados, que ultrapassa Jesualdo Ferreira (30.9%), actual tri-campeão à frente do FC Porto.
E nem o facto de os campeões em título se terem sagrado vencedores da Liga nos últimos quatro anos fez com que os entrevistados prognosticassem que seria o FC Porto a, novamente, vencer a Liga. É novamente o Benfica que surge como favorito, alcançando 39,2% das preferências, à frente dos dragões e do Sporting, 36,8% e 16,7%, respectivamente.
No que diz respeito aos reforços que chegaram este ano ao campeonato português, mais uma vez foi um benfiquista que garantiu a maior percentagem de elogios, no caso Javier Saviola (28,1%), surgindo depois o goleador do FC Porto, Falcao, (22,9%) e a completar o pódio um outro futebolista encarnado: o brasileiro Ramires (13,1%).
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
4ª JORNADA - NÚMEROS E FACTOS
Preâmbulo: Face ao que se têm assistido ao nível da arbitragem nos jogos do Sp.Braga, este clube passará a constar desta análise
Principal nota de destaque na arbitragem: Braga, aliado do FC Porto, continua a sua marcha “ao colo” das arbitragens. Mais uma vitória fruto de uma penalidade não existente sobre Meyong aos 82, numa jornada onde no Dragão, o FC Porto também beneficiou de uma penalidade inexistente e do ‘fechar de olhos’ da Vasco Santos quando aos 9 minutos perdoou no limite da grande área uma entrada de Fernando sobre Faioli. De assinalar, ainda, o brinde de Benitez – mais um emprestado do F.C Porto – a Hulk naquele que resultou o terceiro golo do Porto.
Critério disciplinar abusivo em Alvalade.
12.09.2009
Liga Sagres – 4ª Jornada
Estádio do Dragão, no Porto
FC Porto 4 X Leixões 1
Golos: Varela 20’, Hulk 23’g.p., Rolando 33’, Falcao 42’, Pouga 76’
Cartões Amarelos: Laranjeiro 22’, Hugo Morais 23’, Fernando 29’, Faioli 52’
Tempo extra: 4 (1+3)
Equipa arbitragem:
Arbitro: Vasco Santos (Porto)
Auxiliares: Alexandre Freitas e Paulo Vieira
4ºÁrbitro: João Lameiras
Estatística:
FC Porto Leixões
Pontapés de canto 8 6
Faltas cometidas 14 20
Remates 19 13
Remates Perigosos 8 3
Eficácia remate/golo 18,8% 6,6%
Foras-de-jogo 2 1
Posse de bola 69% 31%
Incidências:
9’ Faioli dribla Fernando, mete a bola na frente e o portista comete falta, com a coxa e braço esquerdo, no limite da grande área. Livre directo perigoso que ficou por assinalar, bem como consequente acção disciplinar
13’ Entrada de Zé Manel sobre Fernando. Falta técnica, bem o árbitro em não mostrar amarelo
21’ Álvaro Pereira entra na área do Leixões e cai, tropeçando em si próprio, iludindo o árbitro. Penalidade mal assinalada
50’ Remate forte de Hulk contra o corpo de Tucker. O defesa leixonense tem os braços junto ao corpo. Lance legal
72’ Falcao empurra a bola com a mão após cruzamento de Tomás Costa. Não parece existir intencionalidade do colombiano que estava em desequilíbrio, a não amostragem do amarelo foi correcta
90+2’ Bola colocada na área portista, Bruno Alves salta mais alto que Pouga, que cai. Contacto inevitável sem qualquer falta
13.09.2009
Liga Sagres – 4ª Jornada
Estádio dos Barreiros, no Funchal
Marítimo 1 X Sp.Braga 2
Golos: Miguel Ângelo 9’, João Pereira 40’, Meyong 83’g.p.
Cartões Amarelos: Roberto Sousa 13’, Briguel 47’, Vandinho 60’, Leone 64’, Madrid 67’, João Pereira 75’, Baba 90’
Tempo extra: 9 (5+4)
Equipa arbitragem:
Arbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)
Auxiliares: Luis Marcelino e Carlos Cruz
4ºÁrbitro: Renato Vasconcelos
Estatística:
Marítimo Sp.Braga
Pontapés de canto 3 5
Faltas cometidas 11 28
Remates 10 8
Remates Perigosos 4 7
Foras-de-jogo 4 3
Posse de bola 45% 55%
Incidências:
40’ Remate/cruzamento de João Pereira desviado por Cardozo. Fica a dúvida se Paulo César impede de Briguel interceptar a bola
82’ Penalty que dá a vitória ao Braga não existiu. Meyong chuta nas pernas do adversário, não sofrendo qualquer falta. Decisão com influência no resultado
13.09.2009
Liga Sagres – 4ª Jornada
Estádio do Restelo, em Lisboa
Belenenses 0 X SL Benfica 4
Golos: Saviola 6’, Cardozo 57’, Javi Garcia 76’, Ramires 88’
Cartões Amarelos: Celestino 41’, Javi Garcia 50’, Luisão 84’
Tempo extra: 3 (0+3)
Equipa arbitragem:
Arbitro: Olegário Benquerença (Leiria)
Auxiliares: José Cardinal e Bertino Miranda
4ºÁrbitro: André Gralha
Estatística:
Belenenses Benfica
Pontapés de canto 5 6
Faltas cometidas 17 14
Remates 8 18
Remates Perigosos 4 10
Eficácia remate/golo 0% 20%
Foras-de-jogo 3 5
Posse de bola 42% 58%
Incidências:
4’ Entrada de Mano à perna esquerda de Di Maria. O árbitro nem amarelo mostrou numa falta perigosa que poderia ter lesionado o argentino. O vermelho justificava-se
41’ Simulação de Celestino após despique com César Peixoto. Amarelo bem mostrado ao jogador do Belenenses
50’ Entrada de Celestino sobre César Peixoto. Bem o árbitro em não mostrar segundo amarelo, o jogador tenta jogar a bola e surge o contacto
57’ Golo de Cardozo limpo. No momento do passe o avançado está atrasado em relação à linha da bola
67’ David Luiz pontapeia a bola contra os painéis publicitários. O jogador não o fez por protesto contra a equipa de arbitragem. Bem o árbitro em não admoestar o jogador encarnado
75’ Mais uma vez Mano (incrível como terminou o jogo) “varre” César Peixoto. Olegário mais uma vez deixa os cartões no bolso. Da falta surge o terceiro golo do Benfica
88’ Golo de Ramires limpo, pois existe um toque de um jogador adversário antes da bola chegar ao brasileiro
Curiosidades:
Desde 1964 que o SLB não ganhava por quatro no Restelo
Há 13 anos q SLB não vencia fora à quarta jornada
Melhor registo de golos em 20 anos (14-2)
13.09.2009
Liga Sagres – 4ª Jornada
Estádio José Alvalade, em Lisboa
Sporting 1 X P. Ferreira 0
Golos: Liedson 81’
Cartões Amarelos: A.Marques 17’, M.Veloso 27’, Vukcevic 30’, Ozeia 30’, Ricardo 36’, Baiano 41 e 90+3’, Ciel 43’, Pedrinha 77’, Fábio Pacheco 79 e 85’, Cristiano 87’
Cartões vermelhos: por acumulação Fábio Pacheco 85’, Cristiano 87’
Tempo extra: 8 (5+3)
Equipa arbitragem:
Arbitro: Bruno Paixão (Setúbal)
Auxiliares: Paulo Ramos e António Godinho
4ºÁrbitro: Hélder Malheiro
Estatística:
Sporting Paços
Pontapés de canto 8 2
Faltas cometidas 8 13
Remates 16 4
Remates Perigosos 3 1
Eficácia remate/golo 5,8% 0%
Foras-de-jogo 1 2
Posse de bola 57% 43%
Incidências:
12’ Jorginho corta a bola na área a João Moutinho. Lance limpo sem justificar a marcação de qualquer falta. Bem o árbitro
27’ Entrada duríssima de Miguel Veloso sobre Baiano, gesto típico de karaté. Justificava-se o vermelho em vez do amarelo que lhe foi mostrado
29’ Ozeia empurra e provoca Vukcevic que reage com um toque nas costas do defesa pacence. Amarelos bem mostrados aos dois jogadores
36’ Ricardo derruba Liedson, na sequência da cobrança de falta. Amarelo bem mostrado
48’ Carlitos cai na área do Sporting após despique com Miguel Veloso. Disputa ombro a ombro não havendo motivos para penalidade
86’ Segundo amarelo para Fábio Pacheco após entrada sobre Hélder Postiga. Tendo atingido o adversário por trás, amarelo bem mostrado
87’ Cristiano simula falta. Amarelo bem mostrado
90+3’ Segundo amarelo para Baiano após cometer falta sobre Liedson. Fica a duvida se a falta é dentro ou fora da grande área
Num jogo com pouco mais de 20 faltas, 12 amarelos e 2 vermelhos é completamente despropositado
À moda antiga
A onda vermelha conheceu no Restelo um momento de grande afirmação, determinação e classe. Nas bancadas viveu-se uma hora e meia de entusiasmo e paixão. No relvado, um esplendor sobre a relva, protagonizado por artistas do calibre de Ramires, Aimar, Saviola e Di Maria.
A goleada por quatro a zero ao Belenenses, após dois anos consecutivos sem conseguir ganhar no Restelo, tem como máxima virtude a força do colectivo, a solidariedade entre os jogadores e, depois, o talento individual de cada um.
Sabia-se que esta deslocação encerrava vários riscos e vários perigos. O primeiro advinha do facto do Belenenses ser tradicionalmente um adversário temível, mormente em sua casa. Mas outros factores contribuíam para que fosse necessário muita concentração para levar de vencida o Belenenses.
Alguns jogadores nucleares do Benfica, como Ramires, Luisão e Cardozo, vinham de viagens desgastantes ao serviço das respectivas selecções. No caso de Luisão isso era agravado pelo facto de ter disputado os 90 minutos dos dois jogos ao serviço do Brasil.
Jorge Jesus não os poupou, demonstrando, assim, a importância que dava a este jogo. Depois, havia uma carga emocional muito grande à volta do confronto: Jesus regressava a uma casa que conhece bem, assim como Ruben Amorim.
Acresce que o FC Porto tinha arrumado o Leixões, a sensação da época anterior, com um resultado concludente. O Benfica respondeu a tudo isto com uma entrada em grande estilo, alta velocidade, pressão alta, circulação de bola entre todos os jogadores.
O resultado foi um volume enorme de oportunidades de golo, que só não fizeram repetir o resultado contra o Vitória de Setúbal porque falhou demasiadas vezes o último passe. Agora, resta descansar para regressar à Luz quinta-feira, contra o Bate Borisov, na 1ª jornada da Liga Europa (fase de grupos).
Um jogo em que é previsível que Jorge Jesus faça mudanças na equipa. Desde logo com a entrada de Maxi, cujo regresso se saúda, para a lateral direita. Uma palavra final para o apoio que a equipa recebeu dos milhares de adeptos, incansáveis do primeiro ao último minuto a gritar “Glorioso SLB”.
Homem do jogo: Saviola
Foto: José Manuel Ribeirosexta-feira, 11 de setembro de 2009
Rankings & rankings
O ranking da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS) coloca o Benfica como o 9º clube europeu do século XX, a curta distância do 8º, o Liverpool, numa lista liderada pelo Real Madrid.
Como curiosidade acrescente-se que o FC Porto ocupa o 29º lugar e o Sporting CP o 47º.
Em termos pessoais, gostava de revelar que o blogue “O INFERNO DA LUZ” ocupa o 31º no ranking dos 100 maiores blogues portugueses dedicados ao desporto, elaborado pelo site Futebol Magazine. Aos benfiquistas e aos meus leitores em geral um muito obrigado.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Queiroz = Jesus, o segredo da vitória
Os comentadores e analistas vão eleger o golo de Pepe, muito cedo, como o factor decisivo desta vitória; outros vão sublinhar o facto de Liedson ter sido titular; outros ainda a debilidade húngara como elemento essencial nos 3 pontos portugueses.
Pois eu acho que aquilo que mais contribuiu para que Portugal tivesse saído de Budapeste com uma vitória e ainda com o Mundial no horizonte foi a transformação de Carlos Queiroz em Jorge Jesus. O fleumático e cinzento seleccionador, pouco efusivo, quase apático no banco, deu lugar ao técnico gesticulante, interventivo, em brasa.
Queiroz correu quilómetros ao longo da linha lateral, como Jesus; gritou para os jogadores, dando-lhes orientações a todo o tempo, como Jesus; e chegou até a imitar Jesus, no Benfica - Marítimo: começou de fato e gravata; largou primeiro o casaco; tirou, em seguida, a gravata. Quem sabe se não estará aqui o segredo para o apuramento de Portugal para o Mundial.
Foto: REUTERS/Laszlo Balogh (HUNGARY SPORT SOCCER)
domingo, 6 de setembro de 2009
Quantos milhões vale Luisão?
Os números e os factos da 3ª jornada
3ª Jornada
Principal nota de destaque na arbitragem: Dualidade de critérios no capítulo disciplinar no jogo de Coimbra com o Sporting a sair claramente beneficiado. A equipa de Paulo Bento deveria ter ficado primeiro com dez unidades. Incrível como Pedro Silva termina o jogo sem ser expulso. Expulsão de Miguel Pedro tem influência no jogo.
Vermelho por mostrar a Keita no jogo da Luz
29.08.2009
Liga Sagres – 3ª Jornada
Estádio José Bento Pessoa, na Figueira da Foz
Naval 1 X FC Porto 3
Golos: Falcao 8’, Varela 61’, Rolando 75’p.b., Farias 77’
Cartões Amarelos: Álvaro Pereira 57’, Ouattara 66’
Tempo extra: 5 (2+3)
Equipa arbitragem:
Arbitro: Elmano Santos (Madeira)
Auxiliares: Sérgio Serrão e Valter Oliveira
4ºÁrbitro: João Capela
Estatística:
| Naval | FC Porto |
Pontapés de canto | 4 | 4 |
Faltas cometidas | 10 | 14 |
Remates | 12 | 9 |
Remates Perigosos | 2 | 3 |
Eficácia remate/golo | 10% | 33% |
Foras-de-jogo | 1 | 2 |
Posse de bola | 47% | 53% |
Incidências:
29’ – Remate de Falcao. Jogador quando se isolou estava em jogo
51’ – Entrada a pés juntos de Alex Hauw sobre Mariano Gonzalez. Cartão amarelo bem mostrado
57’ – Falta de Álvaro Pereira sobre Davide. Cartão amarelo bem mostrado por tratar-se de uma entrada perigosa por trás
62’ – Passe de Falcao para golo de Varela (0-2) no limite do fora-de-jogo. Benefício da dúvida à equipa de arbitragem
65’ – Entrada de Ouattara sobre Fucile, que foi sancionada com cartão amarelo. Dada a violência da entrada o árbitro poderia ter mostrado a cartolina vermelha
77’ – No terceiro golo do FC Porto, Farias chega à bola antecipando-se ao guarda-redes da Naval e marca antes do contacto (os dois jogadores ficam lesionados no lance), não existindo falta. Acresce que no momento do passe para Farias, Varela está mais adiantado, não tendo qualquer interferência no lance
Durante a viagem para a Figueira da Foz, duas dezenas de apoiantes do FC Porto cometeram vários furtos em duas áreas de serviço diferentes, sendo que, numa delas chegaram mesmo a agredir uma funcionária.
Em Vagos, o autocarro onde seguiam estes adeptos foi interceptado pela GNR. Os 20 adeptos foram obrigados a sair do transporte e todos foram identificados pelas autoridades. Oito pessoas foram constituídas arguidas. Um elemento foi detido.
O autocarro foi também apreendido uma vez que não trazia matricula. O seu motorista acabou por ser identificado e autuado pela GNR.
30.08.2009
Liga Sagres – 3ª Jornada
Estádio Cidade de Coimbra, em Coimbra
Académica 0 X Sporting 2
Golos: Liedson 64’, Yannick 84’
Cartões Amarelos: Miguel Pedro 26’ e 76’, André Fontes 35’, Pedro Silva 52’, André Marques 53’, João Moutinho 58’, Miguel Veloso 66’, Daniel Carriço 77’
Cartões vermelhos: Miguel Pedro 77’
Tempo extra: 5 (2+3)
Equipa arbitragem:
Arbitro: Jorge Sousa (Porto)
Auxiliares: José Ramalho e José Luís Melo
4ºÁrbitro: Artur Soares Dias
Estatística:
| Académica | Sporting |
Pontapés de canto | 6 | 0 |
Faltas cometidas | 11 | 16 |
Remates | 6 | 8 |
Remates Perigosos | 3 | 5 |
Eficácia remate/golo | 0% | 25% |
Foras-de-jogo | 3 | 2 |
Posse de bola | 49% | 51% |
Incidências:
7’ – Na área do Sporting, Carriço tenta jogar entrando em contacto com Licá, sem tocar na bola. Lance para penalty que Jorge Sousa não assinalou
8’ – Entrada de Pedro Silva sobre Lito. Deveria ter visto o cartão amarelo
26’ - Miguel Pedro é agarrado por Miguel Veloso e ainda sofre falta de Moutinho. O jogador da Académica acaba por levar cartão amarelo sem razão aparente. Acaba por ter influência no jogo já que o jogador foi expulso mais tarde por acumulação de amarelos
39’ – Fora da área da Académica, ombro a ombro entre Liedson e Orlando. Bem o árbitro em nada assinalar
51’ – Pedro Silva derruba adversário e leva cartão amarelo, que seria o segundo caso Jorge Sousa tivesse mostrado o cartão aos 8’
68’ – Mais uma falta de Pedro Silva para cartão. Árbitro estava decidido em manter o defesa do Sporting em campo!
76’ – Expulsão de Miguel Pedro por acumulação de amarelos. Neste caso é bem mostrado ao contrário do primeiro ao 26’
86’ – Cruzamento para Sougou que domina a bola com o peito e isola-se, árbitro interrompe jogada alegando que o esférico foi dominado com o braço
90’ – Matias Fernandez coloca a bola na área para os pés de Vukcevic, estando este em fora-de-jogo por milímetros
Em suma, dualidade de critérios no capítulo disciplinar em benefício do Sporting
31.08.2009
Liga Sagres – 3ª Jornada
Estádio da Luz, em Lisboa
SL Benfica 8 X V.Setubal 1
Golos: Javi Garcia 16’, Luisão 21’, Cardozo 29’p., Aimar 35’, Ramires 37’, Cardozo 65’, Cardozo 75’, Nuno Gomes 85’, Hélder Barbosa 90+2’
Cartões Amarelos: Ruben Lima 15’, Lourenço 17’, Bruno Monteiro 20’, Keita 26’, Ruben Amorim 56’, Alvaro Fernandez 62’, Vasco Varão 88’
Tempo extra: 4 (2+2)
Equipa arbitragem:
Arbitro: Duarte Gomes (Lisboa)
Auxiliares: Venâncio Tomé e José Lima
4ºÁrbitro: André Gralha
Estatística:
| SLB | Setubal |
Pontapés de canto | 11 | 2 |
Faltas cometidas | 8 | 13 |
Remates | 20 | 10 |
Remates Perigosos | 16 | 4 |
Eficácia remate/golo | 40% | 11,1% |
Foras-de-jogo | 4 | 6 |
Posse de bola | 62% | 38% |
Incidências:
6’ Não há falta de Djikiné sobre Ramires na área sadina. Os jogadores chegaram ao mesmo tempo à bola
11’ Falta de Zarabi sobre Di Maria. Amarelo por mostrar
24’ Rasteira de Hélder Barbosa sobre Di Maria. Não foi passível de cartão amarelo
25’ Entrada de Keita sobre David Luiz merecedora de cartão vermelho. O árbitro ficou pelo amarelo
28’ Saviola assiste Ramires que entra com rapidez na área, Djikiné deixa o joelho e derruba o médio do SLB. Penalty bem marcado
46’ Cruzamento para Keita (que ainda mete a bola na baliza de Quim) em posição clara de fora-de-jogo, bem assinalado pela equipa de arbitragem
Outras curiosidades:
- Há mais de 15 anos que um clube não marcava tantos golos num jogo do campeonato
- A última grande goleada foi um Benfica X Famalicão (8-0), em 12.03.1994
- 45ª vez que o SLB marcou 8 ou mais golos em casa para o campeonato
- Há 24 anos que o SLB não chegava ao intervalo com 5-0
- O recorde de golos do SLB no campeonato: 13-1 à Sanjoanense em 1946/47
- Primeiro hat trick de Cardozo em Portugal