Perder não é opção

Perder nunca é uma boa opção. A derrota em Poltava não se traduz em nenhum revés prático, a eliminatória estava resolvida e Jorge Jesus resolveu, e bem, fazer algumas experiências. Que se justificavam.
O jogo de Guimarães foi intenso e stressante. A viagem até à Ucrânia foi longa e desgastante. Havia jogadores a necessitar de minutos em competição. Segunda-feira há jogo para a Liga. Tudo isto foi equacionado por Jesus no escalonamento dza equipa.
Aceita-se, por isso, as alterações realizadas, face a tudo o que se referiu e mais à goleada da 1ª mão que não colocava, à partida, a eliminatória em risco. Apesar da derrota, Jesus pode tirar ilações positivas e negativas do plantel que tem à disposição.
Eu, como treinador de bancada, aproveito para dizer quais as minhas impressões sobre o que vi. Aqui vão: 1 - Júlio César está a tardar na baliza do Benfica - Quim já não vai lá (Guimarães foi eloquente, e Moreira, mais por culpa de outros que por demérito próprio, também já não vai a tempo de ser o guarda-redes do Benfica; 2 - Luís Filipe parece outro jogador, mas ainda tem muito trabalho pela frente; 3 - César Peixoto é uma grande aquisição e vai ser muito útil; 4 - Nuno Gomes perde cada vez mais espaço e não ficaria surpreendido se o Benfica fosse buscar outro ponta-de-lança. no mercado de Janeiro; 5 - Keirrisson tem de trabalhar muito ou, então, vai ser recambiado ao Barcelona, em Janeiro.

Poltava - 2; Benfica - 1(2ª mão do play-off da Liga Europa). Benfica apurado para a fase de grupos (5-2).

Foto: REUTERS/Miguel Vidal (PORTUGAL SPORT SOCCER)

Mantorras e Hulk, em versão MST

No seu artigo de opinião de hoje n´A Bola, Miguel Sousa Tavares fala de caça. Confusos? MST é um caçador e vangloria-se de o ser. Diz que abriu a época de caça, mas como esteve no estrangeiro não teve oportunidade de se estrear no manuseio da arma.

Logo, como o vício aperta, utilizou a arma da caneta (ou das teclas do computador) para metaforicamente dizer que também abriu a caça ao Hulk. Curioso, depois do filme produzido pelo FC Porto sobre as alegadas faltas sobre o jogador portista, eis que surge MST a afinar pelo mesmo diapasão. Já ninguém duvida que estamos perante uma campanha. Uma campanha com o objectivo de levar ao colo o jogador Hulk e, consequentemente, o FC Porto. Ai dos árbitros que agora admoestaram Hulk e ai dos jogadores adversários que tocarem com um dedo num pêlo do homem.

O artigo tinha a importância que tinha -ou seja, nenhuma - não se desse o caso de MST, para melhor atingir o objectivo a que se propôs, viesse comparar Hulk a Mantorras e trouxesse á colação a célebre frase "Deixem jogar o Mantorras".

Sabendo nós de antemão que MST não prima pela honestidade intelectual no que ao futebol diz respeito, causa porém estranheza que se dê ao trabalho de descer tão baixo. Devia lembrar-se que Pedro Mantorras foi pura e simplesmente massacrado como ninguém no futebol português talvez só à excepção de Eusébio) num célebre jogo na Póvoa contra o Varzim, em 2001.

O jogador do Benfica sofreu dezenas de faltas dos jogadores do Varzim e, principalmente, do seu marcador directo, o defesa varzinista Alexandre. Este acabou o jogo incólume, sem ter visto um único cartão do inefável árbitro de Viseu, Isidoro Rodrigues.

Aquilo a que o país assistiu em 2001, num filme de violência inaudita sobre Mantorras, é algo que comparado com o que se passa com Hulk é a mesma coisa que comparar um filme de terror de David Cronnenberg, com um filme cómico tipo "Mister Bean". Mas, infelizmente, há quem de cinema perceba pouco.

post-scriptum: 2ª Jornada

Principal nota de destaque na arbitragem: Dualidade de critérios. Penalty assinalado no Dragão por mão na bola (Cléber), sem intencionalidade mas com desvio de trajectória. Artur Soares Dias, no jogo da primeira jornada (SLB x Maritimo) esqueceu-se de assinalar o desvio do braço de Fernandinho a passe de Weldon ao minuto 90 + 3.

Cardozo é o jogador mais rematador nas duas primeiras jornadas da primeira Liga. O avançado encarnado tem 11 remates, contra 7 de Liedson e Falcão.


22.08.2009
Liga Sagres – 2ª Jornada
Estádio José de Alvalade, em Lisboa
Sporting 1 X Sp.Braga 2
Golos: Alan 12’;Yannick 71’;Meyong 75’
Cartões Amarelos: Hugo Viana e Mossoró 32’,Daniel Carriço 44’,Liedson 51’,Eduardo 51’,Rodriguez 53’

Equipa arbitragem:
Arbitro: Olegário Benquerença (Leiria)
Auxiliares: Bertino Miranda e João Santos
4ºÁrbitro: Hugo Miguel

Estatística:

Sporting - Braga
Pontapés de canto 7 - 4
Faltas cometidas 14 - 1 6
Remates 11 - 6
Remates Perigosos 2 - 4
Foras-de-jogo 10 - 0
Posse de bola 56% - 44%

Incidências:

4’ – Braço de Moisés na área após remate de Liedson. O pontapé sai forte, com a trajectória da bola a ser alterada pelo braço direito de Moisés. Olegário Benquerença manda jogar. Seguindo o critério de João Ferreira, no Dragão, ficou por marcar uma grande penalidade.
8’ – Fora-de-jogo bem assinalado a Vukcevic após passe de João Moutinho
16’ – Matias Fernandez entra na área e envolve-se com Rodriguez. Lance sem motivo para penalidade
50’ – Carriço ‘varre’ Meyong na área do Sporting. Penalty por marcar
62’ – Fora-de-jogo bem assinalado a Caicedo que se encontrava na pequena área


23.08.2009
Liga Sagres – 2ª Jornada
Estádio D.Afonso Henriques, em Guimarães
V.Guimarães 0 SLBenfica 1
Golos: Ramires 89’
Cartões Amarelos: Javi Garcia 28’,Flávio Meireles 52’ e 60’,Nuno Assis 72 e 90+2’,Fábio Coentrão 90+2’

Equipa arbitragem:
Arbitro: Pedro Proença (Lisboa)
Auxiliares: Tiago Trigo e André Campos
4ºÁrbitro: Paulo Costa

Estatística:

Guimarães - Benfica
Pontapés de canto 7 - 3
Faltas cometidas 20 - 13
Ataques 26 - 38
Remates 10 - 15
Eficácia remate/golo 0% - 7,1%
Remates Perigosos 3 - 4
Foras-de-jogo 1 - 1
Posse de bola 45% - 55%

Incidências:

2’ Flávio Meireles, depois de Pedro Proença ter assinalado falta, pontapeia já com o jogo interrompido Javi Garcia nas costas. Conduta anti-desportiva que deveria ter sido sancionada pelo árbitro
17’ Cruzamento de Shaffer para Cardozo que cabeceia para dentro da baliza adversária mas em situação de fora-de-jogo, correctamente assinalado
40’ Sereno atinge Di Maria no pescoço. Pedro Proença nada assinala
43’ Cruzamento de Andrezinho para a área encarnada, onde Douglas cai após choque com Luisão. Não existe qq falta.
60’ Flávio Meireles corta a bola ostensivamente com o braço esquerdo na sequência de um canto (expulso por acumulação de amarelos). Penalty bem assinalado a favor do Benfica
60’Na marcação da penalidade, Cardozo atira para defesa de Nilson (2º penalty seguido falhado por Cardozo na Liga). Nota: Até à presente temporada Cardozo com eficácia 100% na marcação de penalidades (9/9)
90+2’ Coentrão atira a bola para fora após falta de Shaffer. Nuno Assis reage quando o benfiquista se aproxima. Aceitam-se os amarelos mostrados aos dois jogadores, o segundo no caso de Assis

Curiosidades:
- Desde que foi campeão (2004/05) que o SLB não ganhava para a Liga no mês de Agosto
- Desde 1996 que Benfica não ganhava três vezes seguidas em Guimarães

24.08.2009
Liga Sagres – 2ª Jornada
Estádio do Dragão, no Porto
FC Porto 3 Nacional 0
Golos: Falcao 66’,gp,Rolando 71’, Cristian Rodriguez 86’
Cartões Amarelos: Raul Meireles 21’,Cléber 40’ e 63’,Patacas 63’,Clebão 63’ e 64’

Equipa arbitragem:
Arbitro: João Ferreira (Setúbal)
Auxiliares: Luís Ramos e Pais António
4ºÁrbitro: Bruno Esteves

Estatística:

Porto - Nacional
Pontapés de canto 9 - 3
Faltas cometidas 10 - 14
Remates 19 - 5
Eficácia remate/golo 16,66% - 0%
Remates Perigosos 12 - 2
Foras-de-jogo 2 - 2
Posse de bola 52% - 48%

Incidências:
20’ Mariano pressionado e tocado dentro da área do Nacional, mas sem qualquer falta
22’ Varela cai na área. Árbitro bem, nada assinalou
32’ Raul Meireles agarra Leandro Salino sem tentar sequer jogar a bola. Amarelo por mostrar, que seria o segundo
43’ Fora-de-jogo mal assinalado a Amuneke. Jogador em linha com penúltimo defesa do FC Porto
45´ Falcao cruza para a área com a bola a bater no braço de Felipe Lopes. O braço do defesa do Nacional estava junto ao corpo e não o mexeu. Bem o árbitro em nada assinalar
63’ Mariano remata na área, Cléber dá o corpo à bola, esta bate-lhe na perna e é desviada com o braço quando se encaminhava para a baliza. Penalidade bem assinalada.
Nota: o árbitro perto do lance assinalou canto, e corrigiu depois a decisão após indicação do seu fiscal de linha. Esta atitude enervou os jogadores do Nacional, dois jogadores levaram cartão por protestos (Patacas e Clebão). Cleber e Clebão já tinha amarelo, o Nacional ficou reduzido a nove jogadores
80’ Falcao entra na área nacionalista tenta o remate, mas pressionado por dois adversários é desarmado sem qualquer falta.

Sorte de campeão

V. Guimarães – 0; Benfica – 1 (2ª jornada) – Homem do Jogo: Ramires. A sorte que não se teve com o Marítimo, teve-a hoje o Benfica com o Vitória de Guimarães. O jogo já se previa complicado, frente a uma equipa sempre difícil e num terreno tradicionalmente duro.
A equipa vinha também de uma jornada europeia, que, apesar de não ter implicado nenhuma viagem, corresponde sempre a um desgaste acrescido que pode fazer mossa. Jorge Jesus sabia que tinha um teste difícil pela frente.
E sabia mais: depois do empate frente ao Marítimo, uma eventual perda de pontos em Guimarães seria sempre um rombo psicológico na equipa e nos adeptos de consequências imprevisíveis.
O onze titular não trouxe surpresas, embora fosse de admitir que Fábio Coentrão pudesse entrar de início. De início entrou Ramires, plenamente integrado na equipa e recuperado da mazela que o impediu de jogar contra o Marítimo.
Os primeiros 45 minutos foram disputados com uma grande intensidade competitiva, mas a uma baixa velocidade, talvez explicada pelo muito calor que se fazia sentir. Isso permitiu ao Vitória de Guimarães travar os homens mais adiantados do Benfica, como Cardozo, Saviola, Di Maria.
Com Saviola completamente manietado, o Benfica via apenas Cardozo a lutar contra a defesa vitoriana. Pouco para sector tão compacto. No meio-campo a luta era tremenda. Não se saía disto, até que Aimar, depois de passe brilhante de Di Maria, teve nos pés uma grande oportunidade, que desperdiçou.
Lembrei-me, de imediato, do jogo da época passada no Restelo, em que Aimar falhou três grandes oportunidades. Temi que o resultado pudesse ser igual: 0-0. Mais preocupado fiquei quando Cardozo falhou, pela segunda vez, uma grande penalidade, após mão indiscutível de Flávio Meireles.
Tão indiscutível foi o penálti e a expulsão que Flávio Meireles, conhecido pela sua impetuosidade, nem discutiu, limitando-se a entregar a braçadeira e encaminhar-se para as cabinas.
Jesus tem de procurar solução para estes dois factores: os falhanços de Aimar na cara dos guarda-redes e os penáltis falhados de Cardozo. No que diz respeito à segunda situação, sou de opinião que o Tacuara deve continuar a ser o marcador dos penáltis. Quanto a Aimar, julgo que se deve a alguma ansiedade em marcar pelo Benfica, pelo que Jesus saberá tratar dessa questão, no âmbito psicológico.
A entrada de Fábio Coentrão, a saída de Saviola, em sub-rendimento, e de Aimar, procurando assim Jesus o jogo mais directo, vieram revolucionar a partida. Surpresa a entrada de Keirrisson, que passou ao lado do jogo, não sabemos se por ter levado logo um toque que o inferiorizou, se por não estar ainda integrado.
No final, a justiça de um golo magnífico marcado por Ramires, um excepcional jogador, após um livre magnificamente executado por Fábio Coentrão. Uma vitória na Hora H, que permite agora a Jorge Jesus uma adequada gestão do plantel para o jogo da 2ª mão, na Ucrânia, para a Liga Europa.

Foto: REUTERS/Miguel Vidal (PORTUGAL SPORT SOCCER)

Porquê PP?

O futebol português tarda em encontrar o trilho correcto. A verdade desportiva continua a ser uma miragem e ano após ano o "dejá vu" vai-se instalando, como que oferecendo réplicas do "sistema" aos adeptos.
A primeira jornada foi eloquente, como vimos. Não tardou uma semana e os do costume foram ao baú das tralhas que se julgavam já fora de moda recuperar o VHS. Mostraram, com os objectivos costumeiros, as faltas sofridas sobre o incrível - não as do jogo com o Paços de Ferreira, mas as de jogos de anteriores campeonatos devidamente seleccionadas.
Era como se o Benfica, por exemplo, fosse buscar todas as faltas sofridas, e não assinaladas, sobre o Cardozo. E havia material para horas e horas de filme. Nós sabemos o objectivo.
Como sabemos o objectivo de nomear Pedro Proença para o jogo de amanhã contra o Vitória de Guimarães. Lembram-se do brilhantina? Esse mesmo, o árbitro do fcp - Benfica do ano passado no dragão. O do penálti (?) sobre o Lisandro... E agora, acham que tudo isto é uma teoria da conspiração?

Adesão europeia

Benfica - 4; Vorkla Poltava (Ucrânia) - 0 (Play-off Liga Europa). Uma entrada em grande estilo a do Benfica na Liga Europa. O adversário era um ilustre desconhecido, oriundo de uma escola de bom futebol, a ucraniana, mas que podia levantar problemas.

Isso mesmo alertou Jorge Jesus no lançamento do jogo. O treinador do Benfica sublinhou a confiança em aproveitar as oportunidades que se depararem, ao contrário do que aconteceu com o Marítimo.

E foi isso que aconteceu. O Vorska Poltava regressa á Ucrânia com uma goleada de 4-0 na bagagem, que bem poderiam ter sido mais, face a uma torrente, mais uma, de oportunidades perdidas.

Jesus tem razões para dizer que a expectativa é ir mais longe que no ano anterior com o Sporting de Braga, que chegou aos oitavos de final da UEFA. Os benfiquistas deram também uma cabal demonstração de que estão com a equipa.

Depois do semi-desaire de domingo, com o empate diante o Marítimo, a expectativa era de saber quantos iriam estar na Luz, depois das enchentes anterior com Atlético de Madrid, Milan e Marítimo.

Os quase 35 mil, a um dia de semana, não defraudaram as expectativa e, por exemplo, suplantaram os sportinguistas que ainda sem grandes jogos em Alvalade, não chegaram aos 30 mil para verem o empate diante a Fiorentina para o Play-off da Liga dos Campeões. Lá vamos encontrar o sporting na Liga Europa.

Regressando ao jogo de ontem à noite, podemos dizer que a primeira meia-hora foi um pouco aos soluços. Se Fábio Coentrão voltou a mostrar ser digno de um lugar de titular, Di Maria demorou a entrar no jogo.

O Voltava, como o Marítimo, é que não estava para destapar muito o seu reduto atrasado. Algumas dificuldades de penetração, justificadas pela pouca velocidade posta no jogo e por algum excessivo individualismo, nomeadamente de Di Maria, começaram a causar impaciência.

O público foi, no entanto e mais uma vez, um precioso 12º jogador, que nunca deixou de apoiar a equipa. O primeiro golo, nascido de um lançamento primoroso de Coentrão para Di Maria, fez com que o argentino explodisse para o jogo.

Com os dois extremos em grande plano, com Aimar, agora sim, a pautar o jogo, e com Saviola mais envolvido, o Benfica despertou para brilhantes e criativos movimentos de ataque, onde há a sublinhar o ressurgimento de Cardozo, depois de alguma falta de sorte contra o Marítimo.

O paraguaio vingou-se do penálti falhado na primeira jornada da Liga e, ontem, fez jus à confiança de Jorge Jesus e marcou o penálti como ele sabe, com um potente disparo que só parou no fundo da baliza ucraniana.

O resto foi um show de ataque do Benfica. Na retina o lance do terceiro golo, da autoria de Saviola, depois de um enorme trabalho na área de Cardozo. E, mais um golo do inevitável Weldon, que se está a tornar uma arma secreta e, quem diria, o novo Mantorras.

Do Voltava apenas a registar um assomo de ataque a poucos minutos do fim, quando já estava a perder por 4-0, como sucedeu com o Marítimo. É já um hábito as equipas na Luz sofrerem massacres humilhantes. Foto: AP Photo/Armando França

EXCLUSIVO - Os factos da 1ª Jornada

PARA ANALISAR E CONCLUIR QUE MAIS DO QUE JOGAR BEM, MAIS DO QUE TER UM GRANDE TREINADOR, UMA GRANDE DIRECÇÃO, UM GRANDE PLANTEL, O BENFICA TEM DE PERCEBER QUE O FUTEBOL PORTUGUÊS CONTINUA UM "PÂNTANO" E TEM DE SABER LUTAR CONTRA ISSO.

Época 2009/2010

15.08.2009

Liga Sagres – 1ª Jornada

Estádio da Madeira, na Choupana

Nacional 1 X Sporting 1

Golos: João Aurélio 27’;João Aurélio 76’(p.b.)

Cartões Amarelos: João Moutinho 24’,Ruben Micael 42’,Polga 64’

Equipa arbitragem:

Arbitro: Pedro Proença (Lisboa)

Auxiliares: Tiago Trigo e Ricardo Santos

4ºÁrbitro: Marco Ferreira

Estatística:
Nacional Sporting
Pontapés de canto 3 9
Faltas cometidas 12 12
Remates 7 18
Remates Perigosos 2 6
Foras-de-jogo 3 0
Posse de bola ? ?


Incidências:

36’ João Moutinho aparece nas costas de Leandro Salino e entra em falta à perna do brasileiro. Falta marcada, amarelo por mostrar.

O capitão do Sporting deveria ter sido punido com o segundo cartão amarelo e seria expulso do jogo, quando perdia por 1-0; ou seja, o Sporting teria de jogar os restantes 54 minutos do jogo com 10 jogadores.


16.08.2009

Liga Sagres – 1ª Jornada

Estádio da Mata Real, em Paços Ferreira

Paços Ferreira 1 X FC Porto 1

Golos: Ricardo 12’;Falcao 78’

Cartões Amarelos: Hulk 18’,Danielson 53’,William 57’,

Equipa arbitragem:

Arbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)

Auxiliares: Luis Marcelino e Celso Pereira

4ºÁrbitro: André Gralha

Estatística:
P.Ferreira FC Porto
Pontapés de canto 3 4
Faltas cometidas 18 18
Remates 9 10
Remates Perigosos 4 4
Foras-de-jogo 4 7
Posse de bola 44% 56%



Incidências:

18’ – Cartão amarelo a Hulk

23’ – Hulk dá chapada na cara a Anunciação. Falta assinalada, cartão amarelo - que daria expulsão mais cedo - por mostrar

38’ – Hulk isola-se, árbitro assistente (Luis Marcelino) marca fora-de-jogo inexistente. Avançado do FCP em linha com os defesas pacences

57’ - Hulk expulso – atira-se às pernas de Danielson, segundo amarelo

90+2’ – Carlitos isola-se de forma legal para o 2-1, mas Carlos Xistra interrompe, por indicação errónea do árbitro-assistente (Luis Marcelino).

Tempo extra: 5´ (2+3)



16.08.2009

Liga Sagres – 1ª Jornada

Estádio da Luz, em Lisboa

SLBenfica 1 X Marítimo 1

Golos: Alonso 25’ (g.p.); Weldon 86’

Cartões Amarelos: Alonso 26’, Kanu 33’, Olberdam 35’, David Luiz 56’, Baba 61’, Saviola 67’, Djalma 78’, Fábio Coentrão 81’, Peçanha 85’

Equipa arbitragem:

Arbitro: Artur Soares Dias (Porto)

Auxiliares: Rui Licinio e João Silva

4ºÁrbitro: Luís Reforço

Estatística:
SL Benfica Maritimo
Pontapés de canto 10 3
Faltas cometidas 15 17
Ataques 39 13
Remates 21 6
Remates Perigosos 7 1
Livres 12 4
Foras-de-jogo 1 2
Posse de bola 71% 29%


Incidências:

24’ - Penalty, mão de David Luiz – Na dúvida, o árbitro decidiu assinalar

36’ – Dentro da área do Marítimo, João Guilherme carrega David Luiz, penalty por assinalar

75’ – Penalty de Miguelito sobre Saviola- marcado por Cardozo que Peçanha defende – Miguelito e Fábio Coentrão estavam a cerca de três metros do marcador, deveriam estar a 9,15m. Ambos os infractores estão na mesma linha do árbitro. Penalidade deveria ter sido repetido

85’ – Amarelo a Peçanha que peca por tardio. Guarda-redes queimou tempo desde o inicio da partida

90+3´- Passe de Weldon na área com o braço de Fernando no caminha da bola – penalidade por assinalar – dualidade de critérios do árbitro

Tempo extra: 7´ (2+5) – Muitas faltas; permanente anti-jogo do Marítimo; especialmente a queimar tempo com o qual o árbitro pactuou

Tempo útil jogo: 47min45seg (48,57%)

Tempo parado de jogo: 50min34seg (51,43%)

Ex:

- 47,41m – lesão Kanu (parado 1m38)

- 55,09m – lesão Baba (parado 1m02)

- 59,09m – lesão João Luis (parado 48s)

- 63,34m – lesão Miguelito (parado 1m06)

- 66,05m – lesão Peçanha (parado 1m45)

- 73,50m – penalty (1m)

- Substituições (2m30)

Em suma: na segunda parte o árbitro deveria ter dado pelo menos 10m de descontos

Um autocarro chamado sorte

Benfica – 1; Marítimo – 1 (1ª jornada). Homem do jogo: Fábio Coentrão.

O “autocarro” do Marítimo estacionou em frente à baliza de Peçanha e o Benfica não foi capaz de aproveitar as inúmeras oportunidades criadas.

Esta é a síntese possível do jogo da 1ª jornada da Liga, na Luz, que voltou a estar colorida de vermelho da cabeça aos pés.

Os resultados de FC Porto e Sporting, ambos empates a uma bola, mais euforia trouxeram aos benfiquistas.

A equipa entrou estranhamente adormecida e abúlica e Jorge Jesus depressa tirou a gravata vermelha e despiu o casaco.

Percebia-se que faltavam algo para entrar na muralha madeirense. Uma das lacunas da equipa era dejá vu: a falta de laterais que levem a bola à linha de fundo.

Por isso, defendi aqui, no post anterior, que Jesus devia ter utilizado César Peixoto na esquerda. Não o fez, mas penso que o vai fazer na quinta-feira, na Liga Europa, contra o Voltava.

Para além disso, algo estava diferente dos jogos da pré-época. Do que vi, o que estava diferente foi a ausência de circulação de bola ao primeiro toque, entre Aimar, Di Maria, Saviola e Cardozo. Esta falta travou o jogo de ataque da equipa.

Mesmo assim, Cardozo falhou um penálti e as oportunidades perdidas fizeram lembrar um célebre jogo com o Boavista, na Luz, no tempo de Fernando Santos. Apesar do empate, não é tempo para lançar dúvidas, mas para apoiar mais e mais. Há uns anos atrás, um famoso filme intitulava-se "um eléctrico chamado desejo". Na Luz, o filme intitulou-se "um autocarro chamado sorte".

Foto: REUTERS/Hugo Correia (PORTUGAL SPORT SOCCER)

Quem nas laterais contra o Marítimo?

A poucas horas do arranque do Benfica na Liga 2009/2010, é já um dado adquirido que a Luz vai esgotar. Avançamos assim com uma pergunta: quem vão ser os laterais que vão iniciar o desafio com o Marítimo na jornada inaugural? A nossa previsão é: David Luiz à direita e César Peixoto à esquerda. Esperamos mais opiniões, nas horas que restam...

A "versão Bettencourt" da falta de militância

José Eduardo Bettencourt quis mudar a filosofia de liderança do Sporting, encarnada na célebre frase de Soares Franco: “o sporting não tem militância”. O novo líder leonino quis ser mais populista, apareceu no relvado com os reforços, deu nome de baliza a antigo nº 1, lançou uma campanha de novos sócios.

Findo este curto ciclo, pensou-se que Bettencourt ia fazer um balanço entusiástico da sua liderança e proclamar aos quatro ventos que já existia militância em Alvalade. Afinal, o presidente do sporting teve, como Soares Franco, um assomo de realismo e pragmatismo.

Elogiou os milhares que enchem a Luz e reconheceu que o sporting não tem pedal para acompanhar a militância do Benfica. Corajoso, pediu desculpa por isso aos sportinguistas. Foi a “versão Bettencourt” da falta de militância no Sporting.