O "caso" Luisão merece tratamento com pinças. Acho bem que o Presidente tome em mãos este assunto e, olhos nos olhos, com o jogador, resolva o problema. Porque de um problema se trata, que ninguém tenha dúvidas.
Não interessa para o caso se Luisão está a ser ingrato; se está a ser calculista; se está a ser mercenário; se está a ser arrogante. O que interessa é que estamos a 2 dias de um jogo importantissimo e transcendente. Alimentar o "caso" Luisão é, antes da época começar a sério, transformar o balneário num barril de pólvora. Porque, também é preciso dizê-lo, Luisão é o líder daquele balneário. Com a saída de Nuno Gomes, com o terminar da carreira de Mantorras, com as transferências de Coentrão e Moreira, o Benfica da actualidade não tem referências. Luisão era a última e também a mais importante da última década.
O que podemos então esperar? De um ponto de vista sentimental e de adepto, que o Luisão fique - obviamente. Mas, de um ponto de vista racional, sabemos que no futebol o amor à camisola acabou. Logo, o que se espera é que, a sair (e nada ainda indica que seja esse o desfecho), Luisão tem de sair pela porta grande. Como um grande líder, como um grande campeão e como um grande capitão.
A história de Nuno Gomes não se pode voltar a repetir. Vieira sabe que tem nas mãos um processo delicado. Os benfiquistas sabem que podem confiar no Presidente do Benfica para que este "caso" não contamine a época, seja qual for o seu resultado. O que é preciso é bom senso e diplomacia, de todos os lados.