Leixões - 0; Benfica - 4 (21ª Jornada da Liga). Palavras para quê? É um treinador português, com classe, talento e génio. Jorge Jesus é o grande arquitecto da vitória do Benfica, em Matosinhos. Di Maria foi o génio que saiu da lâmpada de Jorge “Aladino” Jesus. Mas, antes, já a capacidade do mestre da táctica foi a mais-valia decisiva para levar por vencida um Leixões, em cujo campo o fc porto tinha empatado 15 dias antes.
Era um jogo de risco máximo, como tinha antecipado o treinador do Benfica. Não só pela capacidade da equipa leixonense, que no estádio do Mar é sério opositor, mas porque o mau tempo ia colocar dificuldades acrescidas. Além de que o Benfica vinha de uma jornada europeia a meio da semana.
Mesmo com o general inverno numa força pouco antes vista, o Benfica gosta de desmentir os metereologistas da desgraça, que previam a “débacle” da equipa, quando os terrenos ficassem mais pesados.
O onze do Benfica apareceu com duas grandes surpresas: o extremo Éder Luis, brasileiro contratado no mercado de inverno; e Airton, na vez de Javi, também contratado no mercado de inverno.
Ora, Éder Luís abriu o marcador (é certo que já antes Di Maria tinha marcado, mas incrivelmente, o fiscal de linha assinalou fora-de-jogo, num erro grosseiro), e Airton, antes de ser substituído, fez quase esquecer Javi, o que só atesta a sua qualidade.
O Benfica tem, assim, um plantel à altura de todas as responsabilidades, e um treinador que o sabe gerir como ninguém. Agora, a 9 jornadas do fim, o tempo é de cerrar fileiras e apoiar sempre a equipa, como os milhares de benfiquistas do Norte mostraram, em força e número, ontem, no estádio do Mar, apesar de toda a intempérie. Foto: Paulo Duarte (AP Photo)