Jorge Jesus tem de ser para os jogadores do Benfica como é para a sua família: generoso, próximo, caloroso e afectuoso. No fundo, tem de lhes dar amor e carinho. Tem de ser mais um confidente e menos um líder autoritário. Tem de ser mais humano e menos “profissional”. Tem de ser mais complacente e menos inflexível. Tem de ser mais compreensivo e menos “exterminador implacável”.
Jorge Jesus é um “bom chefe de família”; diz-se que é um bom filho, sempre presente, sempre disponível, sempre perto dos seus quando é preciso. Não lhe é pedido agora que “troque” a sua família pelo seu grupo de trabalho. Mas é-lhe pedido que há um tempo para palavras duras e medidas disciplinadoras, também há um tempo para a bonomia, a boa disposição, a descontracção.
Mais que os golos de Cardozo, foram os abraços entre os jogadores que mais me alegraram na tarde/noite de ontem, em Aveiro. E, em especial, o abraço de Jorge Jesus a David Luiz. Um abraço em que o treinador deve abarcar todo o plantel. Jesus também é humano e sabe dar a outra face. É tempo de paz e concórdia JJ.