
Pedro Pinto estava em Atlanta, sede da CNN, a estação televisiva de Ted Turner, que inaugurou a era da globalização mediática. A estação de Peter Arnett e de Bobby Batista, que tive o prazer de conhecer pessoalmente.
Há dias, quando regressava desse país enorme em tudo, que é os Estados Unidos, dei com os olhos numa entrevista de Pedro Pinto, hoje a ocupar funções de coordenador de informação de desporto europeu da CNN, a partir de Londres.
Queixava-se da falta de oportunidades na Sport TV, onde foi pivot nos últimos 3 anos. Nunca lhe deram hipótese de formatar um programa próprio (o que não aconteceu, por exemplo, a Karen ex-Jardel). Não recebeu nenhum convite de nenhuma estação de televisão portuguesa. Nunca foi convidado para colunista de nenhum jornal.
Hoje, dia de sorteio da Liga dos Campeões, no Palácio Grimaldi, no Mónaco, Pedro Pinto é “vedeta”. Ao lado de Maldini, Seedorf, Kaká, Savicevic, Didier Deschamps, Platini, Petr Cech, Pedro Pinto “faz” de Billy Cristal, o habitual mestre de cerimónias da noite de entrega dos Óscares. O jornalista português, expressando-se num inglês de Oxford ou Cambridge, é o apresentador de uma das cerimónias mais mediatizadas da Europa. Parabéns a Pedro Pinto. Pobre e triste país!