terça-feira, 28 de maio de 2013

JJ: prós & contras


Prós:
1 – Dedicação obsessiva ao trabalho;
2 – Capacidade para exponenciar as qualidades dos jogadores;
3 – Capacidade para valorizar os jogadores;
4 – Modelo de jogo atractivo.
Contras:
1 – Incapaz de emitir uma mensagem inteligível;
2 – Personalidade conflituosa;
3 – Incapaz de resistir à pressão dos momentos decisivos;
4 – Incapaz de planificar bem a época;
5 – Ausência de resultados;
6 – Discurso egocêntrico e arrogante.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Sujinho ou espectacular?


Por uma vez, estou de acordo com Vítor Pereira: este campeonato foi “sujinho, sujinho”. Em dois lances capitais, de dois jogos capitais, os árbitros erraram contra o Benfica: jogo do Estoril, na Luz, em fora-de-jogo; 1º golo do Porto, irregular, mais expulsão do jogador do Paços – melhor era impossível para facilitar a vida aos azuis.
Mas também o carácter de Vítor Pereira, tão endeusado por alguma comunicação social, em detrimento do de Jorge Jesus, fica posto em causa. O Vítor “Mr. Hyde” Pereira classificou o campeonato de “sujinho, sujinho”; já o Vítor “Dr. Jekyll” Pereira acha que este foi o “campeonato mais espectacular dos últimos anos”.
O treinador do Porto é um homem de múltiplas personalidades, está visto. No Benfica, o balanço será feito no domingo, após o final da Taça de Portugal. Mas já se podem adiantar alguns factos: 1 – uma final europeia ao fim de 23 anos; 2 – uma final da taça de Portugal ao fim de 8 anos; 3 – um campeonato perdido injustamente pela melhor equipa; 4 – uma equipa de tracção à frente que deu espectáculo na Europa e em Portugal; 5 – os adeptos fizeram renascer a mística benfiquista.
A partir destes factos, o futuro só pode ser cada vez mais risonho e ganhador. Mas, no Benfica, Luís Filipe Vieira ainda tem muito trabalho pela frente. É certo que a “estrutura” da Luz é hoje muito mais eficaz, muito mais organizada, muito mais capaz de actuar e reagir de imediato, quando as circunstâncias o exigem.
Mas, ela, a “estrutura”, ainda está muito dependente da voz de comando do Presidente. E esta é a “má notícia” para Luís Filipe Vieira. Onde o líder da Luz vê uma “estrutura” com autonomia para tomar as melhores decisões, os factos demonstram que os níveis de eficácia dependem da presença ou da ausência de Vieira.
Se o líder da Luz está presente, as coisas tendem a correr sobre rodas; na sua ausência, os lapsos às vezes tornam-se fatais. O “caso” do Estoril é um exemplo paradigmático disto, que apanhou mesmo Luís Filipe Vieira de surpresa.
Recusando fazer dos árbitros “bodes expiatórios” para o fatídico desenlace do campeonato, Luís Filipe Vieira vai, nos próximos tempos, virar-se para dentro para corrigir o que tem de ser corrigido. A sua voz de comando é fundamental para a conquista da Taça de Portugal.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Não há duas sem três...




Há dias, uma troca de piropos despropositada entre Diamantino e Jorge Jesus, levou-me a reflectir sobre o que esteve na base desta pequena altercação entre uma nossa antiga glória e o nosso actual treinador.
Para Diamantino, o passado deve ser respeitado e recordado; para Jorge Jesus, o presente é mais importante. Na verdade, um e outro têm razão. O passado do Benfica é de tal dimensão gloriosa que só pode ser respeitado e recordado. Mas no presente é importante ganhar para continuar a respeitar esse passado.
Aqui chegados, lembrei-me de dois episódios do passado, não muito distante, do Benfica. O primeiro mete ambulâncias, balneários imundos, jogadores a equiparem-se no corredor, árbitros a viajarem de comboio(?). E lembrei-me do protagonista deste episódio: César Brito.
O segundo episódio mete o estádio nacional, mais a federação, mais a taça de Portugal, mais o quintal do pinto da costa, mais o bóbi e o tareco. O protagonista deste segundo episódio foi: Carlos Manuel.
Os benfiquistas sabem bem de que jogos eu estou a falar. O 1º decidiu o campeonato nas antas, com uma vitória por 0-2, com golos de César Brito. O 2º deu-nos a Taça de Portugal, também nas antas, com um golo de Carlos Manuel.
Num caso como no outro, o fcp tudo tentou, tudo manobrou, tudo controlou para chamar a si a vitória nestes dois jogos. O Benfica apenas jogou dentro das 4 linhas e, sempre que isso só se resolve dentro das 4 linhas, o Benfica ganha, como ganhou. Contra tudo e contra todos…
Sábado, também será assim. Contra tudo e contra todos. Venham as ambulâncias e o cheiro nauseabundo; venham as manobras rasteiras e as ameaças veladas; venha o bóbi e o tareco. Depois de César Brito e de Carlos Manuel, o Benfica volta a decidir um título nas antas/dragão. E não há duas sem três!

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Levantado do chão


O Benfica está a um passo de conquistar a sua 3ª taça europeia. Com a final de Amesterdão, o Benfica é a 7ª equipa europeia com mais finais disputadas em toda a História. Estes resultados devem orgulhar não só os benfiquistas espalhados pelo Mundo, mas os portugueses.
O Benfica é verdadeiramente o maior símbolo de Portugal, um país pobre e sem grandes motivos de alegria. Não somos a Inglaterra, nem a Alemanha, nem a Itália, nem a Holanda, nem sequer a Espanha. Mas somos Benfica,  igual aos melhores da Europa.
Esta História centenária tem muitos nomes, muitos heróis. Seria fastidioso enumera-los. A história que hoje se escreve também tem muitos nomes e muitos heróis. Mas ninguém de boa fé pode ignorar que o que ontem aconteceu só foi possível porque o Benfica, na última década, foi levantado do chão, como o título do livro de José Saramago.
Isso mesmo, “Levantado do chão”. Ontem, os jogadores e a equipa técnica deram uma volta de honra ao Estádio da Luz. Mereceram. Mereceram os aplausos e o apoio de um público em delírio.
Mas lá em cima, na tribunal presidencial, sereno por fora mas em ebulição por dentro, estava um homem que finalmente vê chegada a hora de colocar a cereja em cima do bolo. O Presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, está no limiar da História.
Porque foi ele que levantou o Benfica do chão, quando entrou na Luz pela mão de Manuel Vilarinho. Porque teve a coragem de construir o novo estádio, contra ventos e marés, porque teve a visão estratégica de perceber que, naquela altura, a prioridade não era conquistar títulos mas recuperar as finanças e a credibilidade do clube.
Hoje, no limiar de uma época de sonho, verificamos que a visão estratégica de Luís Filipe Vieira estava correcta. E o seu lugar na História será ao lado de outros vultos, como Joaquim Ferreira Bogalho, Maurício Vieira de Brito ou Borges Coutinho.
Como as vitórias desportivas são a alma de um clube como o Benfica, quando esta época terminar, Luís Filipe Vieira tem tudo para ser consagrado como o melhor Presidente de sempre do Benfica. 
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