domingo, 6 de janeiro de 2008

Ainda o Bonfim

Como teria sido com os dois de início? Foto: Nacho Doce/Reuters
Pergunto: não é normal um jogador chamar a atenção de um colega de equipa por algo que não correu bem? Mais do que normal, o gesto de Luisão é sinal de que sente como poucos os desaires e de que para si não é indiferente ganhar, perder ou empatar.
Quantas vezes não vimos, em Portugal e em outras ligas, jogadores corrigindo colegas? Onde está o mal? Mal estaria na indiferença, no alheamento, no “estou-me a borrifar”.
Então os jogadores não devem dialogar em si, corrigindo-se uns aos outros, aumentando assim os níveis de concentração e mostrando aos adeptos que estão plenamente “dentro” do jogo?
Vejamos o lance, mais uma vez: Katsouranis faz um passe errado para trás, Luisão é obrigado a travar em falta o avançado sadino e recebe o amarelo. O central brasileiro chama a atenção de Katsouranis para o erro e vira-se em direcção à sua baliza. Há aqui alguma coisa de anormal?
Anormal foi o que se passou a seguir. Katsouranis avança, de cabeça perdida, em direcção a Luisão, em altos berros e com palavras nada simpáticas – isso depreende-se porque o gigante brasileiro vira-se, de repente, ao ser interpelado. Depois, a atitude do grego, no corpo a corpo, é bem mais ameaçadora do que a do brasileiro. Não contente com isto, Katso, ainda ergueu o dedo do meio na direcção de Luisão – um gesto aprendido na escola de Veiga.
Agiram mal os dois? Não há que ser salomónico como Camacho: Luisão tem muitas antenuantes. Além do mais, Katso já vinha de um comportamento muito pouco profissional, ao falhar o primeiro treino pós-final do ano.
Damos o benefício da dúvida ao treinador espanhol, que, como os árbitros, teve de decidir a quente. Agora, no processo que se vai seguir, há que pesar as culpas de um e de outro, o perfil de um e de outro, os bons serviços de um e de outro.
A Luís Filipe Vieira que, muito bem, chamou a si a resolução de todo este processo, só se pede que para além de colocar o balneário na ordem, afaste todas as ervas daninhas herdadas da gestão “veiguista”.

4 comentários:

  1. Caro Pedro,

    Concordo contigo na analíse do lance. Vi um resumo que mostra que Katsouranis perde a bola e vem a passo.

    Demorá 14 segundos a chegar ao local da falta!!! 14 segundos???

    O Katsouranis é suposto ser médio com preocupações defensivas... ora se ele não defende, defende quem?

    Luisão reage a quente... não sei o que disse, por isso prefiro não lhe dar razão.

    Camacho está longe e como nós, vê a cena estupefacto. E vê os 2 jogadores, nos minutos seguintes, preocupados com o que se passou e não com a vitória.

    Mais vale meter 2 jogadores frescos e com cabeça fria.

    A decisão foi em prol do grupo. E nada mais.

    Gostei da reacção imediata de LFV e Nuno Gomes, que no final foram logo ao balneário.

    Suspensão parece-me o melhor. Esfriam a cabeça e decide-se o que é melhor. E o grupo continua a trabalhar.

    Esperemos,

    V.

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  2. Ainda não percebeu que o tempo de Luis Filipe Vieira no Benfica já acabou? Esse é que é o problema. Só e apenas esse...

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  3. Pois eu acho o contrário. Não me interessa o facto do Luisão "sentir" o clube (isso aplica-se também a Léo), o FACTO é que ele não tem categoria para jogar no Benfica (e se calhar é por isso que nos faz crer que "sente" o clube) e SEMPRE corta os lances em falta. Katsouranis é MELHOR JOGADOR, seja em que posição for, que o Luisão. É um facto!!!

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  4. Isto é o blog da voz do dono?

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