Fernando Santos e Rui Costa deram o mote neste início de defeso. “Vamos ser campeões para o ano”, disse o treinador. “Quero acabar campeão”, disse o maestro, anunciando o fim da carreira.
Palavras de ambição, que são bem-vindas. É preciso, agora, passar das palavras aos actos. A tarefa mais dura cabe a Fernando Santos. A margem de manobra é curta e os erros do início da época passada não se podem repetir este ano.
Em 2 de Julho, disse querer o plantel fechado. Parece-me bem, até porque vem pouco depois uma pré-eliminatória de acesso à Liga dos Campeões. Deste meu lugar de observador e comentador, aconselho desde já várias coisas a Luís Filipe Vieira e a Fernando Santos: 1- Não deixar arrastar uma eventual novela em torno do sai/não sai de Simão. Este conselho também serve para Luís Filipe Vieira, em cujas mãos se concentra esta decisão. Decidir atempadamente pela continuação ou venda de Simão evita dois males que podem contaminar a época: intranquilidade do jogador e indefinição do plantel; 2 – Nomeação já (da responsabilidade de Luís Filipe Vieira) de um director-geral para o futebol. O Presidente não pode assumir uma presença quotidiana junto do plantel, nem a gestão corrente dos assuntos ligados ao futebol. As grandes contratações e as grandes vendas têm de passar por Vieira, mas questões como as dispensas, empréstimos, accionar opções de compra, rescisão definitiva de contratos, etc… têm de ficar sob a alçada de um director-geral, chame-se ele Veiga ou não. A indefinição em torno da reentrada, ou não, de Veiga não se pode prolongar, sob pena de ser outro eventual foco de instabilidade; 3 – Definição total do plantel até 2 de Julho, como pediu Santos. Os grandes “casos”, como Simão, Nuno Gomes, Miccoli, Luisão ou Mantorras têm de ser geridos directamente pelo Presidente. Os “casos” menores devem ser delegados no director-geral, insisto, a nomear já; 4 – Definir quanto antes da entrada ou não na Taça da Liga (na minha opinião, a presença do Benfica nesta prova menor não faz sentido por muitas razões), sob pena de prejudicar o planeamento de toda a época; 5 – Contratação imediata de um guarda-redes que faça a diferença, de preferência estrangeiro, de um lateral-direito (Marc Zoro, apesar de polivalente, não chega), de preferência português, de um médio criativo, ao nível de Rui Costa, só no mercado estrangeiro, de um extremo, se Simão sair, e de um ponta-de-lança estrangeiro (Zalayeta, de quem se fala, parece-me um bom nome), ou dois, se Nuno Gomes ou Mantorras sairem; 6 – Adopção, por parte de Santos, de um discurso uniforme e coerente, inteligível para os adeptos. Não se pode repetir esta época, em que começou por defender uma táctica, depois disse que a ia abandonar, mais tarde disse que os desenhos tácticos variariam em função do adversário. Pior que confundir os adeptos foi confundir os jogadores; 7 – Pode ser mera coreografia, mas era bom que Fernando Santos mostrasse mais energia e mais alegria no banco. Todos sabemos como isso é animicamente importante; 8 – Evitar recompor o plantel em Dezembro, na abertura de mercado, o que só é possível se, agora, se fizer bem o trabalho de casa; 9 – Integrar no plantel definitivo 2/3 ex-juniores. O plantel desta época era curto, como Santos confirmou (“mea culpa”, mister!), e o Benfica deve começar a apostar a sério na formação; 10 – “last but not least”, Atitude de ganhadores, desde o primeiro dia, seja nas conferências de imprensa, seja nas entrevistas, seja no relvado, tanto dos jogadores, como da equipa técnica, como dos dirigentes. É preciso dizer quem somos e ao que vimos. Porque somos Benfica!
Post-Scriptum – Esta época começou mal e acabou mal. É inadmissível o nível de desorganização da digressão aos Estados Unidos, independentemente de quem teve a culpa. Não basta a Luís Filipe Vieira virar costas e vir embora. Importa que não permita que volte a acontecer.
Palavras de ambição, que são bem-vindas. É preciso, agora, passar das palavras aos actos. A tarefa mais dura cabe a Fernando Santos. A margem de manobra é curta e os erros do início da época passada não se podem repetir este ano.
Em 2 de Julho, disse querer o plantel fechado. Parece-me bem, até porque vem pouco depois uma pré-eliminatória de acesso à Liga dos Campeões. Deste meu lugar de observador e comentador, aconselho desde já várias coisas a Luís Filipe Vieira e a Fernando Santos: 1- Não deixar arrastar uma eventual novela em torno do sai/não sai de Simão. Este conselho também serve para Luís Filipe Vieira, em cujas mãos se concentra esta decisão. Decidir atempadamente pela continuação ou venda de Simão evita dois males que podem contaminar a época: intranquilidade do jogador e indefinição do plantel; 2 – Nomeação já (da responsabilidade de Luís Filipe Vieira) de um director-geral para o futebol. O Presidente não pode assumir uma presença quotidiana junto do plantel, nem a gestão corrente dos assuntos ligados ao futebol. As grandes contratações e as grandes vendas têm de passar por Vieira, mas questões como as dispensas, empréstimos, accionar opções de compra, rescisão definitiva de contratos, etc… têm de ficar sob a alçada de um director-geral, chame-se ele Veiga ou não. A indefinição em torno da reentrada, ou não, de Veiga não se pode prolongar, sob pena de ser outro eventual foco de instabilidade; 3 – Definição total do plantel até 2 de Julho, como pediu Santos. Os grandes “casos”, como Simão, Nuno Gomes, Miccoli, Luisão ou Mantorras têm de ser geridos directamente pelo Presidente. Os “casos” menores devem ser delegados no director-geral, insisto, a nomear já; 4 – Definir quanto antes da entrada ou não na Taça da Liga (na minha opinião, a presença do Benfica nesta prova menor não faz sentido por muitas razões), sob pena de prejudicar o planeamento de toda a época; 5 – Contratação imediata de um guarda-redes que faça a diferença, de preferência estrangeiro, de um lateral-direito (Marc Zoro, apesar de polivalente, não chega), de preferência português, de um médio criativo, ao nível de Rui Costa, só no mercado estrangeiro, de um extremo, se Simão sair, e de um ponta-de-lança estrangeiro (Zalayeta, de quem se fala, parece-me um bom nome), ou dois, se Nuno Gomes ou Mantorras sairem; 6 – Adopção, por parte de Santos, de um discurso uniforme e coerente, inteligível para os adeptos. Não se pode repetir esta época, em que começou por defender uma táctica, depois disse que a ia abandonar, mais tarde disse que os desenhos tácticos variariam em função do adversário. Pior que confundir os adeptos foi confundir os jogadores; 7 – Pode ser mera coreografia, mas era bom que Fernando Santos mostrasse mais energia e mais alegria no banco. Todos sabemos como isso é animicamente importante; 8 – Evitar recompor o plantel em Dezembro, na abertura de mercado, o que só é possível se, agora, se fizer bem o trabalho de casa; 9 – Integrar no plantel definitivo 2/3 ex-juniores. O plantel desta época era curto, como Santos confirmou (“mea culpa”, mister!), e o Benfica deve começar a apostar a sério na formação; 10 – “last but not least”, Atitude de ganhadores, desde o primeiro dia, seja nas conferências de imprensa, seja nas entrevistas, seja no relvado, tanto dos jogadores, como da equipa técnica, como dos dirigentes. É preciso dizer quem somos e ao que vimos. Porque somos Benfica!
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