A entrevista de Quique Flores ao jornal “A Bola”, este sábado, já está desactualizada. Um dia depois, para azar do jornal, o treinador espanhol toma uma medida radical e espectacular: impede Óscar Cardozo de treinar. As razões ficaram no foro interno do clube, mas sem dúvida que vão fornecer muita matéria especulativa até 5ª feira, quando o Benfica subir ao relvado do San Paolo, para defrontar o Nápoles, na primeira mão da Taça UEFA. Se fosse amanhã, a “A Bola” já podia trazer a “versão Quique”, assim vamos esperar por uma qualquer fuga de informação.
Do que se sabe, Quique não gostou do fraco empenhamento do paraguaio no treino e, por isso, impediu-o de treinar hoje. Estranha sanção: quando se quer castigar um “malandro”, não me parece normal impedi-lo de trabalhar. Se o queria castigar a sério era obrigá-lo a ficar mais tempo a treinar depois de terminada a sessão normal.
O que me parece é que Quique cometeu dois erros num só: castiga um dos maiores activos do Benfica e lança uma gratuita perturbação no seio do plantel a poucos dias de um jogo decisivo. Eu sei que muitos vão criticar esta minha opinião, dizendo que faz falta ao Benfica disciplina. Pois sim, a disciplina é essencial, eu defendo a disciplina, mas primeiro há que ter bom senso, saber conduzir um grupo de homens.
Além do mais, Cardozo tem atenuantes, muitas atenuantes. Acabou de regressar de longas viagens efectuadas ao serviço da selecção do Paraguai e, o que não é menos importante, ficou no banco dos suplentes no segundo jogo do Paraguai, contra a Venezuela, ele que é titularissimo. Pelo que alguma fadiga psicológica também é possível. Quique devia ter equacionado tudo isso, ele que, na tal entrevista a “A Bola”, disse que teve uma conversa dura com Katsouranis depois do jogo com o FC Porto, no qual o grego foi expulso e fez o penálti que deu o golo aos portistas.
Uma conversa dura não seria mais eficaz? Uma conversa dura a somar aos “trabalhos forçados”? Julgo que sim. Até porque, abre-se agora um precedente perigoso: qualquer falta de empenhamento (cuja avaliação é sempre subjectiva) terá como sanção o impedimento de treinar, o que, se calhar, pode fazer reflectir alguns jogadores.
Rui Costa tem aqui um papel decisivo a desempenhar. Não defendo que entre na esfera de competências do treinador, mas cabe agora ao director desportivo avaliar o diferendo e decidir em processo disciplinar interno.
Eu, no lugar do Rui Costa, tentava moderar este conflito, sob pena de se “perder” Óscar Cardozo, uma das “jóias” deste plantel, colocando água na fervura, e utilizando o bom senso de que o “maestro” sempre deu provas.
Mais do que as contratações que já conseguiu, Rui Costa tem aqui a sua prova de fogo. Da sua capacidade de diálogo e de persuasão depende muito do futuro do Benfica esta época: não retirar autoridade a Quique Flores, o que seria uma tragédia, e não deixar que Cardozo passe a ser uma carta fora do baralho (o que seria grave para o Benfica, desportiva e financeiramente). É este resultado que Rui Costa tem de ser capaz de alcançar, para bem do Benfica – o que não será fácil, depois de não ter conseguido “impor” Diamantino junto de Quique. A não ser que Quique precisasse de dar este sinal de autoridade e tivesse escolhido um jogador que não pode jogar em Nápoles…
Face a este acontecimento, fica para depois a minha opinião sobre a entrevista de Quique a “A Bola”: a liderança da equipa, o papel de Rui Costa, as contratações, a metodologia de trabalho, etc.
Post-Scriptum: Há coisas que, a serem verdade, custam a acreditar. Fernando Meira diz hoje, em entrevista ao “PÚBLICO”, que não foi para o Benfica porque o Estugarda pediu 5 milhões de euros pela sua transferência e que tal verba era, segundo Rui Costa, muito elevada para dar por um defesa. Ora bem, 5 milhões de euros foi quanto o Benfica deu por metade do passe de Sidnei, um defesa, para quem não saiba. Alguém tem de vir explicar isto…
Do que se sabe, Quique não gostou do fraco empenhamento do paraguaio no treino e, por isso, impediu-o de treinar hoje. Estranha sanção: quando se quer castigar um “malandro”, não me parece normal impedi-lo de trabalhar. Se o queria castigar a sério era obrigá-lo a ficar mais tempo a treinar depois de terminada a sessão normal.
O que me parece é que Quique cometeu dois erros num só: castiga um dos maiores activos do Benfica e lança uma gratuita perturbação no seio do plantel a poucos dias de um jogo decisivo. Eu sei que muitos vão criticar esta minha opinião, dizendo que faz falta ao Benfica disciplina. Pois sim, a disciplina é essencial, eu defendo a disciplina, mas primeiro há que ter bom senso, saber conduzir um grupo de homens.
Além do mais, Cardozo tem atenuantes, muitas atenuantes. Acabou de regressar de longas viagens efectuadas ao serviço da selecção do Paraguai e, o que não é menos importante, ficou no banco dos suplentes no segundo jogo do Paraguai, contra a Venezuela, ele que é titularissimo. Pelo que alguma fadiga psicológica também é possível. Quique devia ter equacionado tudo isso, ele que, na tal entrevista a “A Bola”, disse que teve uma conversa dura com Katsouranis depois do jogo com o FC Porto, no qual o grego foi expulso e fez o penálti que deu o golo aos portistas.
Uma conversa dura não seria mais eficaz? Uma conversa dura a somar aos “trabalhos forçados”? Julgo que sim. Até porque, abre-se agora um precedente perigoso: qualquer falta de empenhamento (cuja avaliação é sempre subjectiva) terá como sanção o impedimento de treinar, o que, se calhar, pode fazer reflectir alguns jogadores.
Rui Costa tem aqui um papel decisivo a desempenhar. Não defendo que entre na esfera de competências do treinador, mas cabe agora ao director desportivo avaliar o diferendo e decidir em processo disciplinar interno.
Eu, no lugar do Rui Costa, tentava moderar este conflito, sob pena de se “perder” Óscar Cardozo, uma das “jóias” deste plantel, colocando água na fervura, e utilizando o bom senso de que o “maestro” sempre deu provas.
Mais do que as contratações que já conseguiu, Rui Costa tem aqui a sua prova de fogo. Da sua capacidade de diálogo e de persuasão depende muito do futuro do Benfica esta época: não retirar autoridade a Quique Flores, o que seria uma tragédia, e não deixar que Cardozo passe a ser uma carta fora do baralho (o que seria grave para o Benfica, desportiva e financeiramente). É este resultado que Rui Costa tem de ser capaz de alcançar, para bem do Benfica – o que não será fácil, depois de não ter conseguido “impor” Diamantino junto de Quique. A não ser que Quique precisasse de dar este sinal de autoridade e tivesse escolhido um jogador que não pode jogar em Nápoles…
Face a este acontecimento, fica para depois a minha opinião sobre a entrevista de Quique a “A Bola”: a liderança da equipa, o papel de Rui Costa, as contratações, a metodologia de trabalho, etc.
Post-Scriptum: Há coisas que, a serem verdade, custam a acreditar. Fernando Meira diz hoje, em entrevista ao “PÚBLICO”, que não foi para o Benfica porque o Estugarda pediu 5 milhões de euros pela sua transferência e que tal verba era, segundo Rui Costa, muito elevada para dar por um defesa. Ora bem, 5 milhões de euros foi quanto o Benfica deu por metade do passe de Sidnei, um defesa, para quem não saiba. Alguém tem de vir explicar isto…
Acho que o problema com Cardozo é mais jornalistico que interno.
ResponderEliminarNada que os pasquins já não nos tenham habituado
saudações
.
Queres saber uma coisa?
ResponderEliminarNão penses tanto, não traces tantos cenários. Tens direito á tua opinião, como todos têm á sua... mas pensar tanto ás vezes retira objectividade.
A não ser que os teus considerandos tenham em vista mais do é possivel a nossa visão alcançar.
Ou julgas que o homem tomou a decisão de animo leve.
Esteja certo ou errado, cerra-se as alas e defende-se o castelo.
DISCIPLINA, foi assim que as tropas romanas conquistaram e mantiveram a sua supremacia centenas de anos.
Afinal não me parece necessário escreveres todos os dias... e não será o PS contra-informação? Quanto queria ele de ordenado e comissões?
Acho que falar do que não se sabe e especular, não serve de muito.
ResponderEliminarQuando se souber o que o Cardozo fez no treino (e aposto que o Quique não vai fugir a essas perguntas na próxima vez que falar à imprensa) logo veremos se a medida é a mais adequada ou não. Até la...
Quanto ao Meira: dar 5 milhões por um central de 30 anos?!? Mas tá tudo louco? Esse valor não se pratica em lado nenhum (a não ser por jogadores de top).
O Sidnei custou 5 milhões mas é um jovem que provavelmente trará retorno no futuro. Sim, em termos desportivos preferia o Meira ao Sidnei (que ainda não deu para ver se é bom ou não) mas em termos financeiros, acho que a vinda do Meira por esses valores era inviável.
Abraços
Uma coisa é dar 5 milhões por um jogador de 30 anos e outra é dar 10 milhões por um jogador de 20 (e que até agora, diga-se de passagem, deu sinais bem positivos).
ResponderEliminarhoje estou em completo desacordo com a sua opinião, em tudo.
ResponderEliminarComeça logo pela autoridade do treinador, inquestionável, ele é que lida com os jogadores diáriamente, é uma zona onde o Rui Costa não tem nem se deve imiscuir, seja o Cardozo, o Suazo ou outro qualquer, isso demonstra a verticalidade do treinador não olhando a nomes e ou estatutos.
Quanto ao Cardozo, lamento desiludi-lo, mas é para mim um jogador que não vale 10% do que pagaram por ele, 20 golos numa época não me dizem nada se em mais de 50 jogos.... quem me conhece e fala ou discute futebol comigo, sabe que desde que vejo jogar Cardozo o apelido de Rinoceronte, porque o jogador é imóvel, estático e, como diz Quique, sem ganas.... enerva-me vê-lo jogar, mais ainda deve enervar os próprios colegas, compare com o Lisandro Lopez do Porto, sem o cabedal nem o tal pé esquerdo do Rinoceronte, dá gozo vê-lo a tentar ganhar cada lance como se fosse o mais importante de todos... por isso o activo da SAD para mim foi um péssimo investimento, mas pode ser que ainda o consigam vender sem dar prejuizo como tantas dezenas que pelo SLB têm passado, mas para isso ele tem de trabalhar, dar o litro.
E que conversa é essa de cansaço fisico e psicológico caro amigo? é um puto que devia estar no auge da força, mas, e os outros que vieram das selecções?
deverá servir de exemplo a todos e ferrar-lhe forte e feio numa multa pesada que é a unica linguagem que estes senhores do pontapé na bola respeitam....
quanto ao Meira, nunca gostei dele como jogador, na Turquia está muito bem, a seu tempo se verá se a aposta em Sidney foi ou não correcta, mas prefiro arriscar num jovem jogador a contratar um rei das fifias e argoladas com 30 anos...
Saudações Benfiquistas
Gaspar Costa
A minha opinião é apenas, por muito bom jogador que seja, não está imune ás responsabilidades e deveres perante todo o grupo de trabalho. Logo se cometeu algum erro (parece que não se aplicou, por estar suspenso), deve responder pelo seu erro. Principalmente, este é um tema interno do clube, e deve se deixar quem de direito actuar.
ResponderEliminarBoas!
ResponderEliminarCaro Pedro,
Não acho que seja caso para tanto alarme.
Como já disseram, é dar crédito e eco a mais ao que os "pasquins" querem, e apoiá-los na sua faina diária de desestabilizar o Benfica.
Errou, é castigado. Mais nada. Seja quem for, em que altura for.
Quanto ao Meira, também não acho que mereça explicação. Idade, ordenado desejado, potencial futuro...
Cumprimentos,
Os blogs benfiquistas dão tanto ou maior enfase a estas noticias que os merdia... Quando é q aprendem q estas noticias são apenas pra desestabilizar, e desviar atençoes de temas como o Hulk, Stoiko, e Vuck? As pessoas q ja jogaram futebol sabem q isto pode acontecer e acontece em todos os clubes do mundo mas os avençados do costume fazem disto um escandalo e os blogs do benfica vao atras... Aprendam a n comentarem nem a fazerem artigos de opiniao sobre isto... Façam como os merdia fazem por exemplo no caso Hulk... Calam-se q nem ratos!! é isto q vocês têm de fazer...
ResponderEliminarAbsolutamente de acordo com PJSIMOES. Nao se sabe o que verdadeiramente sucedeu. Se Cardozo estava cansado das viagens, nada melhor que pôr a questao à Equipa Técnica, e ficar-se-ia pelo ginásio a recuperar ou faria treino específico.
ResponderEliminarQuique Flores muito bem. É assim mesmo.
A Disciplina faz um Exército a falta dela faz um bando.