segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Cantam bem, mas não me alegram...

A estratégia é bem clara. No próximo ano, com apenas os dois primeiros classificados a serem apurados para a Liga dos Campeões, há, desde já, que garantir que estes dois lugares fiquem reservados para FC Porto e Sporting CP. É isto, e só isto, que está por detrás da actual gritaria à volta das questões de arbitragem.
O caldo de cultura está montado, com a criação de um cenário em que se passa a mensagem de que o grande beneficiado pelos erros de arbitragem é o Benfica. Já não me lembrava de tanta indignação. E o volume só não aumenta mais porque estamos a 8 pontos do primeiro.
Claro que a realidade é bem diferente. A saber: na primeira jornada, contra o Leixões, fomos escandalosamente espoliados de uma grande penalidade. Resultado, um empate, dois pontos perdidos.
Depois, o Sporting na Luz. O lance de Katsouranis só em Portugal é polémico. Porquê? Porque os árbitros são cobardes e estão condicionados. Ainda ninguém avançou a hipótese de Pedro Henriques ter interrompido o jogo para saber o que pretendia o fiscal de linha. O árbitro-major pode ter querido saber se o seu fiscal de linha tinha visto algo que lhe escapara, por exemplo, uma agressão. Quando percebeu o que o seu ajudante tinha assinalado, mandou-o, naturalmente, ganhar juízo.
O lance sobre Romagnoli pode ter sido penalty, como o foi o lance sobre Fredy Adu. Logo, ninguém saiu prejudicado. Fica o Benfica com dois pontos a menos, do erro cometido à primeira jornada.
Quanto ao resto, duas notas. A primeira para lamentar que o Sporting e Paulo Bento não tenham sido tão veementes após o jogo contra o FC Porto em que foram prejudicados pelo árbitro no lance do atraso ao guarda-redes.
A segunda nota para pedir que o Presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, ponha um travão nesta escalada verbal contra o Benfica e que afirme, preto no branco, que se alguém está a ser beneficiado não somos nós. Antes que seja tarde…

Foto: para quem esteja mal intencionado, desde já se esclarece que a foto não é do presidente da Comissão de Arbitragem, o ex-árbitro, sócio do Sporting, Vítor Pereira.

Obs: já passaram 48 horas e o major Pedro Henriques ainda não pediu desculpas ao futebol português.

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