
José Augusto sabe do que fala. Ele foi um dos elementos da mais poderosa linha avançada do futebol português de todos os tempos, e uma das linhas avançadas mais célebres do futebol mundial: Eusébio, Coluna, Simões, Torres e José Augusto. Foi protagonista de inúmeras noites europeias de glória. Bi-campeão europeu, o célebre extremo tem hoje na estrutura do Benfica um papel acrescido de importância junto das bases (isto é dos sócios e adeptos) pois foi recentemente eleito presidente da Associação das Casas do Benfica, pelo que as suas palavras merecem muita reflexão.
“Primus inter pares”, “Campeão entre campeões”, José Augusto exigiu mais ambição e dirigiu as suas palavras ao treinador espanhol. Horas depois, numa Luz vazia e fria, o Benfica escreveu uma das páginas mais negras da sua história ímpar.
Não vale a pena dizer que há que ser racional e pensar que era impossível atingir a marca de 8 – 0. José Augusto explicou que isso não é assim e em futebol tudo é possível. Mas pior é que ninguém vai apagar da história este resultado nem este desempenho, como não apagou os 7-0 de Vigo, nem as eliminações do FC Porto aos pés do Wrexham ou do Artmedia.
No final do jogo, Quique modificou o discurso. Ainda bem que o fez. A cultura de exigência, transmitida no discurso presidencial de Natal, ainda não foi totalmente absorvida, mas precisa de o ser rapidamente, antes que seja demasiado tarde.
Na tribuna, a cara de poucos amigos de Rui Costa dizia tudo. O director desportivo, depositário da alma benfiquista, que recebeu de Eusébio, José Augusto, Vítor Martins, João Alves, Diamantino e Chalana (para só falar daqueles que continuam presentes no dia-a-dia do Benfica) tem muito para falar com Quique Flores.
A poucos dias de um jogo de importância vital, contra o Nacional da Madeira, na Luz, é tempo de cerrar fileiras, de levantar a cabeça, mas também de reflectir muito. Ninguém espera outra coisa que não seja o título. Ambição nas palavras e nos actos, é o que os benfiquistas exigem. Para não ter de começar tudo de novo.
PS1 – Este texto ignora o resultado de ontem à noite na Luz. O futuro começa segunda-feira à noite, na Catedral.
Deixemo-nos de merdas.
ResponderEliminarO jogo de ontem servia para quê? Para Quique era um treino e serviu-se disso para ver jogar os jogadores menos utilizados.
Jogou com 5 jogadores com menos de 20 anos e deu-lhes minutos.
Muitos alimentam-se com ilusões idiotas. Sejamos é racionais.
O Benfica ontem nunca passaria. Se dependesse só dos 8-0 era uma coisa... mas dependia de 3ºs.
Quique precisa dos princípais jogadores para segunda e não arriscou por um sonho idiota. Fez MUITO BEM.
Quanto às declarações de QUIQUE... Paulo Bento diz o que quer e não vejo ninguém a criticar.
Jesualdo diz as baboseiras que quer, e ninguém critica.
Quique é realista, e cai o Carmo e a Trindade. É o que dá ser Cavalheiro, Elegante e treinador do melhor Clube do Mundo.
Sabe qual é na minha opinião a grande diferença d Porto para o Benfica? É a garra, a força, a vontade com que eles correm para vencer o jogo. este ano têm jogadores mais fracos que nós, alguns nem no banco do Benfica jogariam, mas a vontade de ganhar é tanta que ultrapassam isso e ganham. O benfica tem os melhores jogadores do campeonato, se estes correrem sempre mais que os adversários ganham 95% dos jogos.
ResponderEliminarvamos lá Benfica, este ano é para o título somos melhores.
Viva o benfica
Concordo na íntegra com aquilo quen li e disse o grande Augusto.
ResponderEliminarImportante sim é 2ª feira e o meu bilhete já está na carteira proninho para uma vitóri que acredito irá ser categórica.