quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um jantar dejá vu!

Já se passaram alguns anos sobre o tempo em que se começou a formatar o podre sistema do futebol português. Escreveram-se livros e livros, artigos e reportagens, entrevistas, crónicas, comentários e, vejam só, até filmes.
Rios e rios de tinta, oceanos de papel e palavras, milhares e milhares de bobines. Quantas pilhas de gravadores se gastaram? Quantos presidentes já passaram por Benfica e Sporting? E pela Liga? E pela Federação?
Quanta gente foi comprada? Quanta conversa de bastidores? Quantos repastos gastronómicos? Quanto compadrio, tráfico de influências ou simples amiguismo? Os poucos que tiveram a coragem para responder a estas perguntas estão agora, talvez, arrependidos. Por medo? Não, por verem quão inútil se tornou a sua cruzada em nome da verdade e da transparência.
O facto é que pouco mudou no futebol português. E os que tentam ainda mudar alguma coisa – e não para tudo ficar na mesma – estão a ser criteriosamente empurrados ou para um silêncio táctico ou para longe dos lugares que ocupam (como é o caso do presidente da Liga, Hermínio Loureiro).
A história é verídica, os personagens são fictícios. Ainda só se tinha disputado uma jornada do campeonato, mas os senhores do futebol não brincam em serviço. Como estas coisas se resolvem à antiga portuguesa, ou seja à mesa, um ilustre papa do burgo, mais o seu sacristão com apelido de rei, resolveram cear em tasca de luxo nortenha. O repasto foi regado a Verde na companhia do Vítor dos “men in black” e todos saíram alegres e contentes.
Perdoai-lhes Senhor, que não sabem o que fazem!

2 comentários:

  1. O Senhor poderá perdoar-lhes; eu nunca!

    António Barreto

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  2. charada fácil de resolver: pinto da costa, antero henriques e vitor pereira. por aqui se vê a roubalhera obvia que é o futebol português e a naturalidade com que nós olhamos para ela. abraço. Afonsus

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