SÉRGIO ANDRÉ
Foi o ajuste de contas que todos desejavam num ano histórico para as águias. O Benfica conquistava, com muito mérito, o acesso às meias-finais da Taça dos Campeões na temporada de 1961/62. E quem era o adversário? O Nuremberga. Efectivamente, os então comandados do húngaro Béla Guttman tinham perdido na Alemanha por 1-3. Poucos acreditavam na reviravolta, pois o Nuremberga era considerado na altura uma das melhores equipas do mundo. Eusébio, que não tinha participado no primeiro jogo devido a lesão, afina a pontaria, e... o resultado não poderia ser melhor: 6-0, com o "Pantera Negra" e José Augusto a bisarem. O Benfica, que viria a ser campeão europeu batendo, na final, o Real Madrid por 5-3, dava um passo de gigante na prova. "Em Lisboa, foi uma noite inesquecível, ninguém estava à espera. Aos 4', já estávamos a ganhar por 2-0", recorda agora Eusébio, antes do embarque em Bruxelas, onde presenciou a abertura da exposição sobre a vida do clube.
O triunfo frente ao emblema germânico deu alento aos encarnados, que aceleraram rumo à final de Amesterdão. "Realmente, foi um jogo fantástico, quase perfeito. Jogámos muito bem e ganhámos com naturalidade. O prémio desse jogo foi de oito contos, e a final valeu 40. Foi muito bom", explicou, a O JOGO, José Augusto, outro dos protagonistas da partida.
A viagem ao passado durou pouco. Eusébio quis também lançar o embate de hoje. "Seria bom que fosse uma noite inesquecível. Não tivemos a sorte de continuar na Champions, mas agora estamos na Taça UEFA. Não espero que a equipa ganhe por 6-0, mas por dois ou três a zero... [risos]. Espero que o Benfica vá longe e chegue à final."
O Nuremberga umas das melhores equipas do mundo nos anos 60??!!!
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