quarta-feira, 2 de abril de 2008

Renovações "à la carte"

Léo e Rodriguez (aqui com Maxi Pereira), são imprescindíveis.

O tema das renovações de Christian Rodriguez e de Léo vai animar os próximos dias nos jornais desportivos. Ou não estivéssemos a falar do Benfica. Porque é que tudo o que se relaciona com o nosso clube tem de parecer uma telenovela? Eu escrevi “parecer”, leram bem?
Analisemos a situação. Léo é um lateral-esquerdo brasileiro, praticamente desconhecido na Europa, mas a quem chamavam o “maradoninha”, em terras de Vera Cruz. Mais do que pegar de estaca, como dizem os brasileiros, na equipa principal, veio colmatar uma lacuna que há muitos anos se fazia sentir na Luz, talvez desde o abandono de Álvaro.
Para além do excelente jogador que se revelou, Léo mostrou ser um profissional exemplar e um homem íntegro e correcto. Posto isto, deve o Benfica assinar em branco qualquer proposta que o empresário do brasileiro lhe apresente? Claro que não.
Os “timings” da condução dos processos de renovação são sempre do clube e o Benfica não se pode deixar pressionar por nada nem por ninguém. Léo tem tido também um comportamento exemplar nesta matéria, mas, valha a verdade, nos últimos dias parece começar a falar demais. Se calhar, e com razão, o jogador, já com idade acima dos 30 anos, começa a desesperar. Mas, como em tudo na vida, o desespero é mau conselheiro.
Christian Rodriguez não desespera mas tenta, por interposta pessoa, subir a fasquia do seu contrato. As suas últimas prestações e, principalmente, o seu alto rendimento durante toda a época, justificam que se olhe com atenção para as suas exigências. Mas só isso: olhar com atenção. Serve para Léo, serve para Rodriguez – quem define os “timings” das negociações é o Benfica.
Esteve bem Rui Costa, num misto de colega mais velho e mais experimentado e como futuro gestor desportivo, ao abordar a "questão" Léo e a "questão" Rodriguez, em público. Foram palavras sensatas as do ainda número 10 do Benfica. É esse o registo que deve ter no seu futuro papel: diplomata, conciliador, companheiro – para fora; duro negociador e intransigente na defesa dos superiores interesses do Benfica – para dentro.
É isto uma telenovela? E se fossem vasculhar os processos de negociação e de renovação do FC Porto e do Sporting CP, o que encontrariam? “Sitcoms”, com certeza…

1 comentário:

  1. Caro Pedro.
    O Leo e o Rodriguez são duas boas aquisições do Benfica. O Público gosta deles e nunca ouvi na Luz qualquer assobio ao seu comportamento. mereçem por isso o nosso aplauso e o nosso apoio. Não sabemos o que se passa como Rodriguez muito bem afirmou isso é coisa minha ou como Leo desabafou dormirei de consciência tranquila.
    Lamentável é a atitude de Rui Santos no Tempo extra quando os contratos estão em fase negocial vir dizer para este programa da SIC que os jogadores poderiam render mais em outro clube Português. È lamentável que tal aconteça, mas Leo, Rodriguez, Rui Costa e toda a restante nação Benfiquista saberá dar a resposta com a dignificade e honradez com que sempre os verdadeiros Benfiquistas se comportaram, ao longo da vida deste grandioso clube.

    Cumprimentos

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