segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Vieira como Bogalho

Um dia, há muitos, muitos anos, julgo que na década de 40, Félix, um defesa central do Benfica tido como um dos melhores da Europa (ainda hoje,quando se fazem as equipas do século na Luz, há quem se lembre de Félix), aceitou mal uma decisão técnica. Visivelmente insatisfeito, dado tratar-se de uma vedeta, primeira estrela da equipa, chegou ao balneário, tirou a camisola e atirou-a para o chão. O episódio chegou ao conhecimento de Joaquim Bogalho, então o Presidente do Benfica. Sem mais, o mítico e histórico líder da Luz despediu Félix, dizendo que a camisola do Benfica era um objecto sagrado e não havia falta mais grave que aquela. Félix, o grande Félix, acabou para o futebol.
Vem isto a propósito daquilo que Rui Santos, ontem no seu “Tempo Extra”, na SIC Notícias, falou sobre “cultura benfiquista”. Assertivamente, o comentador que o País inteiro consagrou, referiu princípios e valores perenes que obrigam quem veste a camisola do Benfica. Princípios de educação, rigor, trabalho, verticalidade, honradez, “fair play”. É claro que no Benfica da última década muitos destes valores se foram degradando. A entrada de muita gente, e não só jogadores, ou nem sequer principalmente jogadores, que entraram para a estrutura do Benfica na última década sem estarem devidamente imbuídos desta “cultura” foi erva daninha que medrou e que é preciso extirpar rapidamente. Julgo que Luís Filipe Vieira já começou a fazer essa “limpeza de balneário”. No “caso” Katsouranis/Luisão, que Vieira recorde Bogalho: que seja justo sim, mas também implacável. Como Joaquim Ferreira Bogalho...

1 comentário:

  1. Totalmente de acordo!

    Para muitos o mais importante são os 2 pontos perdidos.

    Mas o importante é fortalecer o grupo e criar regras de disciplina para os próximos anos.

    Abraço

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