sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Na idade dos "porquês"

E este senhor Camacho, também é um Benfica da década de 60?

Chamam-lhe a “idade dos porquês”. Situam-na na infância, quando se começa a andar, a olhar à volta, a perceber sons, ruídos, imagens, conversas. Porquê?, porquê?, porquê? A curiosidade cresce, as dúvidas acumulam-se, as respostas tardam, mas é preciso insistir.
É assim que os adeptos do Benfica estão. Na idade dos porquês. Olham e não percebem, ficam estupefactos, ouvem conversas, altercações, mensagens desencontradas, discursos básicos. Porquê?
E depois há a equipa, as tácticas, as substituições, as peripécias que nascem como cogumelos. Porquê? Em Nuremberga, mais episódios para esta saga. Porquê um avançado contra uma equipa menor da Europa, quando um golo “matava” a eliminatória? Porquê tanto tempo para mexer na equipa quando ela se afundava a olhos vistos? Porquê Maxi tanto tempo em jogo, quando toda a gente via que era menos um? Porquê dois trincos, mesmo a perder por 2-0? Porquê a ausência de flanqueadores, quando Makukula e Cardozo são “torres” que necessitam de jogo pelos flancos e centros para a área?
Não sei quem pode dar respostas correctas a estas perguntas. Mas é bom que se reflicta nisto. A eliminação ontem, que esteve prestes a acontecer seria uma catástrofe, financeira, desportiva, de imagem. Se tivesse acontecido, nem sei qual seria o aspecto do Estádio da Luz, domingo contra o SC Braga.
É preciso parar para pensar e verificar que este sistema de jogo não leva a lado nenhum. O Benfica tem de jogar com dois avançados e duas alas. E tem jogadores para isso. Ontem, no final do jogo contra o Nuremberga, resolvi ver a RTP Memória. Em má hora o fiz. Estavam a transmitir o Bayer Leverkusen – Benfica, de 1994, memorável jogo que acabou 4-4, com a passagem do Benfica.
Que jogo, que jogadores, que equipa, que exibição. O Lverkusen, com Schuster e Kirsten, foi positivamente massacrado em casa. O Benfica, com Neno, Abel Xavier, Hélder, William, Schwartz, Paneira, Rui Costa, Kulkov e João Pinto, Isaías e Iuran, marcou mais uma grande noite europeia.
Camacho disse que este não é o Benfica dos anos 60. Pois não senhor, não é. Infelizmente, nem é o Benfica dos anos 90.

1 comentário:

  1. o Camacho está-se a revelar um ignorante de todo o tamanho

    ele gosta é dos restaurantes em Lisboa está visto

    Isto é a desorientação total no Benfica com Camacho

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