O meu herói da final da Liga dos Campeões, ganha pelo Manchester United ao Chelsea, ontem em Moscovo, não foi Cristiano Ronaldo, que reclama agora o título de melhor do Mundo, nem Ryan Giggs, que igualou o recorde de partidas europeias com a camisola vermelha de Sir Bobby Charlton, nem Edwin Van Der Sar, que defendeu o penálti decisivo – o meu herói chama-se John Terry.
O defesa central e capitão do Chelsea podia ter entrado para a imortalidade se tivesse marcado o penálti que dava a vitória inédita do clube londrino na “Champions”. Escorregou ao chutar e a bola saiu ao lado. Acabou lavado em lágrimas e confortado por companheiros e adversários.
Poucas imagens terão sido tão dramáticas. Fez-me lembrar Eusébio no Mundial de 66, em Inglaterra, depois de Portugal perder por 2-1 a meia final contra os ingleses, com o Pantera Negra a sair em lágrimas agarrado a Manuel da Luz Afonso – uma imagem que correu Mundo.
Fez-me lembrar Maxime Bossis, o defesa central francês, que no Mundial de 82, em Espanha, falhou o derradeiro penálti de uma dramática meia-final entre a França e a Alemanha, eliminando os “blues” de uma final a que nunca tinham chegado. Parece que estou a vê-lo, de joelhos, o olhar vazio e perdido, e atrás dele, de mãos na cabeça, toda a geração de ouro do futebol francês: Platini, Giresse, Tigana, Fernandez…
Fez-me lembrar Joahnn Cruyff, o mágico nº 14 da “laranja mecânica”, na final do Mundial de 74 na Alemanha, quando a Holanda mostrou o mais espectacular futebol alguma vez visto nos estádios, o célebre futebol total, e perdeu essa final para os “panzers” germânicos.
Fez-me lembrar Diego Armando Maradona, na final do Mundial de 90, na Itália, quando a Argentina que carregava às costas sofreu um penálti mentiroso a 5 minutos do fim, marcado por Andreas Brehme. Alemanha campeã mundial.
Tantos e tantos mitos do futebol mundial sofreram dramáticas e quase sempre injustas derrotas pessoais e colectivas. John Terry pode assim orgulhar-se, neste momento de solidão e sofrimento, de se juntar à galeria desses deuses: Eusébio, Maradona, Platini, Cruyff.
Não chegou à imortalidade pela glória de uma Taça dos Campeões ganha pela primeira vez, mas alcançou essa mesma imortalidade no coração dos adeptos do Chelsea, orgulhosos do seu capitão, desse jogador extraordinário chamado John Terry, que ainda pode mostrar como o futebol é paixão e amor à camisola de um clube. Não devia o futebol ser sempre assim?
O defesa central e capitão do Chelsea podia ter entrado para a imortalidade se tivesse marcado o penálti que dava a vitória inédita do clube londrino na “Champions”. Escorregou ao chutar e a bola saiu ao lado. Acabou lavado em lágrimas e confortado por companheiros e adversários.
Poucas imagens terão sido tão dramáticas. Fez-me lembrar Eusébio no Mundial de 66, em Inglaterra, depois de Portugal perder por 2-1 a meia final contra os ingleses, com o Pantera Negra a sair em lágrimas agarrado a Manuel da Luz Afonso – uma imagem que correu Mundo.
Fez-me lembrar Maxime Bossis, o defesa central francês, que no Mundial de 82, em Espanha, falhou o derradeiro penálti de uma dramática meia-final entre a França e a Alemanha, eliminando os “blues” de uma final a que nunca tinham chegado. Parece que estou a vê-lo, de joelhos, o olhar vazio e perdido, e atrás dele, de mãos na cabeça, toda a geração de ouro do futebol francês: Platini, Giresse, Tigana, Fernandez…
Fez-me lembrar Joahnn Cruyff, o mágico nº 14 da “laranja mecânica”, na final do Mundial de 74 na Alemanha, quando a Holanda mostrou o mais espectacular futebol alguma vez visto nos estádios, o célebre futebol total, e perdeu essa final para os “panzers” germânicos.
Fez-me lembrar Diego Armando Maradona, na final do Mundial de 90, na Itália, quando a Argentina que carregava às costas sofreu um penálti mentiroso a 5 minutos do fim, marcado por Andreas Brehme. Alemanha campeã mundial.
Tantos e tantos mitos do futebol mundial sofreram dramáticas e quase sempre injustas derrotas pessoais e colectivas. John Terry pode assim orgulhar-se, neste momento de solidão e sofrimento, de se juntar à galeria desses deuses: Eusébio, Maradona, Platini, Cruyff.
Não chegou à imortalidade pela glória de uma Taça dos Campeões ganha pela primeira vez, mas alcançou essa mesma imortalidade no coração dos adeptos do Chelsea, orgulhosos do seu capitão, desse jogador extraordinário chamado John Terry, que ainda pode mostrar como o futebol é paixão e amor à camisola de um clube. Não devia o futebol ser sempre assim?
Foto em www.thesun.co.uk
Esse mundial a que se refere do penalty falhado pela Argentina é o de 90 e não o de 94.
ResponderEliminarBom post, e o que tem a dizer de Quique Flores?
exactamente, 90, está corrigido. o de 94 foi nos Estados Unidos, um mundial miserável, com vitória do Brasil sobre a Itália nos penáltis - curiosamente, quem falhou o penálti italiano que deu o título ao escrete canarinho foi outro génio do futebol, Baggio. Obrigado pela atenção e desculpe o lapso
ResponderEliminarBelo post. Até no nosso Benfica a amarguez de falar um penalty decisivo caiu nos ombros de um dos maiores simbolos do nosso clube, na infeliz final contra o PSV. É isto o futebol.
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