sábado, 15 de março de 2008

Chalana merece respeito

Em risco ficará o Benfica, se se precipitar.

Ainda o “corpo” de Camacho está quente e já querem fazer a “folha” a Chalana. O teste, como lhe chamam, de amanhã com o Marítimo é visto como a prova dos nove do “pequeno genial” – perde, e avança uma nova equipa técnica, ganha e pode ficar até final da época.
Só o facto de se levantar esta hipótese, é de um absurdo total. Não quero acreditar que o Benfica se disponha a mais um erro grave de gestão desportiva. Fernando Chalana deve ficar até final da época, haja o que houver.
Na pior das hipóteses, o Benfica não segura o segundo lugar e é eliminado nas meias-finais da Taça de Portugal, em Alvalade. E quem é que diz que com outro treinador, enxertado nesta conjuntura, isso não seria até mais provável?
Deixemo-nos de brincadeiras. O Benfica não pode vogar ao sabor de impulsos do momento. Preparar a próxima época é uma prioridade máxima, e isso só pode ser feito com Chalana, o único que permitirá uma transição tranquila, sem rupturas, e que tem o conhecimento profundo do clube e da equipa para levar esta nau, por entre ondas encapeladas, incólume até terra.
Um corpo estranho, a poucas jornadas do fim, seria mais um elemento desestabilizador do que um garante da unidade e de planeamento eficaz para 2008/09. Chalana é a ponte para o que há-de vir. Uma ponte que não deve ser colocada sob “friendly fire” (fogo amigo), antes deve ser protegido como alguém que sabe de cor o mapa do tesouro e pode e deve servir de bússola para o próximo treinador principal.
Há dias, em entrevista, António Simões rompe o silêncio. Diz que não há cultura nem tradição no Benfica em relação aos treinadores portugueses. Simões prefere, por isso, um estrangeiro. Estou de acordo com a “velha glória”. O Benfica sempre foi um clube de assumida dimensão mundial e, por isso, os treinadores estrangeiros transmitiam essa imagem e esse perfil universalista: Janos Biri, Valdivieso, Riera, Guttmann, Hagan, Pavic, Mortimore, Eriksson, Baroti, Trapattoni, só para falar de alguns dos mais significativos, e esquecer Pal Csernai, Jupp Heyenckes, Graham Souness ou Koeman.
Mas a hora é de apostar num treinador português. Posso-me enganar, mas um nome nacional terá, nesta actual conjuntura, mais vantagens. Os nomes avançados pela comunicação social são muitos e quase que esgotam todas as opções. Mas, por favor, Jorge Jesus…???!!! Eu até gosto do estilo do homem – vibrante, galvanizador, empenhado, mas se for só por isso, porque não Jaime Pacheco?
Não, nem um nem outro servem para o Benfica. Dentro do perfil que apresentamos há dias, aqui neste blogue, só existe um nome. Mas esse apenas iremos falar nele depois do campeonato terminar, por total respeito a um senhor do futebol chamado Fernando Chalana.

1 comentário:

  1. Acharem que esta é a prova dos 9 de Chalana só dá vontade de rir.
    Ele fica até ao final, já está decidivo e ponto final.
    Senão irá tornar-se no quebra galhos, que se tornou o J.Cardoso no Vitória de SetúBal.
    Mas concordo que já esteja a ser escolhido um novo mister, as coisas terão de ser programadas a tempo e horas para a próxima época.
    Não acredito que Chalana pense que irá ficar como o mister principal.Não é que talvez tenha capacidades para isso, mas seria arrojado e arriscado demais para um clube que pretende ser mais do que é fora de portas.
    Pois só um português cabia bem na Luz....mas esse só de imbirração/teimosia/desafio própria aceitaria tal convite:
    JOSÉ MOURINHO.

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