sábado, 8 de março de 2008

Quatro pontos

1 – Boa notícia. A crer na “A Bola” de hoje, Léo vai renovar por mais um ano. As palavras de Rui Costa, na qualidade de amigo, de colega ou de futuro director desportivo, no final do jogo de Alvalade, foram premonitórias: “Léo disse que já não ficava? O Benfica ainda não o disse”, cito de cor. A frase certa, no momento oportuno. O Benfica tem sempre a última palavra.
A renovação de Léo é, por isso, um bom acto de gestão. E é também a prova de que a direcção do Benfica não negoceia sob pressão de ninguém, nem do jogador, nem do empresário, nem da comunicação social, nem de quem, na sombra, gosta de tentar interferir nestes processos para aumentar o valor da oferta.
É por isso que o “caso” Christian Rodriguez também se vai resolver, com tempo, com bom senso, com a racionalidade que estas coisas também necessitam. Já lá vai o tempo das gestões danosas e, por isso, Rodriguez vai perceber que se o Benfica precisa da sua qualidade de jogo e do seu profissionalismo, também ele precisa de consolidar a sua presença num clube de dimensão mundial, com as vantagens daí decorrentes para ambas as partes, depois de ter andado escondido em clubes de menor dimensão.

2 – Más notícias. Os casos de lesões, de castigos, de gestão de esforço, que obrigam o Benfica e o seu treinador, Camacho, a “inventar” uma equipa para defrontar a União de Leiria. Colocando-me no papel de treinador de bancada, lanço o meu onze, tendo em conta todas as ausências previsíveis: Quim, Luís Filipe, Zoro (que coloquei, lembram-se?, no onze para Alvalade e que fez uma magnífica exibição contra o Getafe), Edcarlos e Léo; Bynia, Rodriguez, Di Maria e Nuno Assis; Mantorras e Cardozo.

3 – Nem boa, nem má notícia. Com o “Apito Dourado” em banho-maria, ou não estivéssemos em Portugal, aparecem, de quando em vez, desgarrados, avulsos, disfarçados, alguns apontamentos sobre o que se passou no futebol português nos últimos 20 anos. Nenhuma indignação nos invade, nenhuma surpresa, nem sequer amargura, apenas indiferença, encolher de ombros, face à imoralidade, à impunidade, ao compadrio, à corrupção, que dominou o futebol português nas duas últimas décadas. E que, com a conivência de todos, de todos, dos poderes públicos e políticos, adulterou, falsificou, manipulou, os resultados dos jogos e das classificações do campeonato português. Vinte anos de aldrabices.
No entanto, aqui fica um excerto retirado do livro “One Night At The Palace – A referee´s story”, do ex-árbitro Alan Wilkie: “Nos jogos europeus éramos realmente bem tratados. (Em 1988, antes do FC Porto – PSV Eindhoven), Fomos recebidos no aeroporto do Porto por um ex-árbitro FIFA (António Garrido?), que nos acompanharia ao longo de três dias. Passámos pelo hotel e fomos para o centro do Porto para comer e tomar uma bebida em dois estabelecimentos que pertenciam ao clube (a Taberna do Infante?). Os nossos cicerones insistiam em colocar outro tipo de “hospitalidade” no menu, mas nós declinámos de forma cortês”. Não seria fruta?

4 – Boa notícia. Óscar Cardozo vai ser alvo de uma pequena multa por parte do Benfica. A sanção tem a ver com a expulsão do jogador paraguaio no jogo contra o Getafe, logo aos 9 minutos, e que condicionou todo o jogo do Benfica e influenciou o resultado final.
Faz bem o Benfica. Uma pequena multa é mais do que suficiente. Algo mais seria sublinhar a culpa de Cardozo. Ora, o jogador foi ingénuo e negligente, nunca culpado. Defender os jogadores, como fez todo o plantel com Cardozo, mostrando um balneário unido, e como o faz agora a SAD, é uma estratégia a cumprir sem hesitações e sem omissões. Para nos quererem mal já chegam os que estão lá fora.

1 comentário:

  1. Caro Companheiro
    è louvável o seu trabalho na busca da verdade. Mostra aqui mais uma vez a displicência que era tão natural que não se comediam perante estranhos

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